segunda-feira, 17 de abril de 2017

É Mentira! Os Oito Momentos mais Insanos da Franquia Velozes e Furiosos


Recebido com entusiasmo pelo público, Velozes e Furiosos 8 (leia a nossa crítica) coloca a franquia como o representante mais rentável do lucrativo Cinema de ação. No seu final de semana de estreia, o longa dirigido por F. Gary Gray faturou estrondosos US$ 531,9 milhões nas bilheterias ao redor do mundo, a maior abertura da história recente do Cinema, comprovando que as mudança de tom defendida pelos produtores se tornaram decisivas para a retomada da saga. Na verdade, apesar do carisma dos personagens e da forte identificação criada com o público, a saga ganhou uma nova legião de fãs no momento em que decidiu abraçar o absurdo sem grande pudor, nos brindando com sequências insanas e estupidamente divertidas. Dito isso, nesta matéria especial iremos listar oito dos momentos mais "mentirosos" e positivamente exagerados da franquia Velozes e Furiosos. E olha que não são poucos...

Mentira Nº 1: Brian invade uma embarcação em Mais Velozes e Mais Furiosos (2003)


De longe o pior filme da franquia, Paul Walker teve que segurar a peteca sozinho numa continuação genérica e preguiçosa. Com a desistência de Vin Diesel, que, percebendo a falta de rumo da sequência, preferiu estrelar o blockbuster XXX (2001), coube ao saudoso ator a missão de protagonizar o segundo filme, uma obra que não se fez de rogado ao repetir a mesma fórmula do seu antecessor. Embora a presença do verborrágico Roman (Tyrese Gibson) eleve o nível da película, o talentoso diretor John Singleton (Os Donos da Rua) se viu preso a uma premissa rasa e desinteressante. Menos mal que, nas sequências de ação, o realizador mostrou o seu virtuosismo técnico, como na cena em que Brian, para não deixar o canastrão antagonista escapar num barco, resolve saltar com o seu carro e aterrizar dentro da embarcação. E isso sem que a lancha fosse sequer danificada. Engenhoso!

Mentira Nº 2: Dom e Brian testam os limites da física num apertado túnel em Velozes e Furiosos 4 (2009)



Responsável pela retomada da franquia Velozes e Furiosos, o quarto capítulo da série iniciou o flerte com o lado mais absurdo do Cinema de ação. Sob a batuta de Justin Lin, o longa elevou o nível da série ao se revelar uma obra mais adulta, um filme sobre vingança potencializado pela volta da dupla Paul Walker e Vin Diesel. Embora não traga grandes novidades quanto as cenas de perseguição, Lin é inventivo ao utilizar um escuro e claustrofóbico túnel como o palco para o seu clímax, nos brindando com manobras impossíveis e muita destruição.

Mentira Nº 3: A pista de voo que nunca termina em Velozes e Furiosos 6 (2013)



Ainda hoje o filme mais "mentiroso" da franquia, Velozes e Furiosos 6 abraçou o absurdo com afinco e dedicação. Dono de alguns das melhores cenas da saga, o longa dirigido por Justin Lin surpreendeu o público ao apresentar a mais pista de voo da história. Na ânsia de construir um clímax grandioso e empolgante, o realizador resolveu levar a ação para um cenário mais amplo, elevando o nível da brincadeira ao misturar carros, jipes e blindados com um avião de grande porte. O problema é que são quase quinze minutos de perseguição e muito tiro num espaço que, geralmente, deveria ter entre 3 e 5 quilômetros de extensão. Na verdade, segundo os cálculos da revista Empire, a pista de Velozes e Furiosos 6 deveria ter cerca de quarenta e cinco quilômetros para que a cena fosse possível. A critério de comparação, a maior pista do mundo, localizada nos EUA, tem "modestos" treze quilômetros de extensão. Uma "mentirinha" que, verdade seja dita, não fez mal a ninguém.

Mentira Nº 4: Carros x Submarino em Velozes e Furiosos 8 (2017)



Disposto a entregar o clímax mais impactante da saga, o diretor F. Gary Gray cumpriu a sua missão com louvor ao colocar a trupe Velozes contra um submarino russo em Velozes e Furiosos 8. Num clímax empolgante, mirabolante e indiscutivelmente mentiroso, o realizador leva a ação para o gélido solo russo ao colocar Hobbs (Dwayne Johnson) e a sua turma como a última linha de defesa da Terra diante de uma ameaça nuclear. Com quase vinte minutos de duração, a sequência utiliza o melhor da fase recente da franquia, culminando numa cena elaborada composta por uma série de pequenos e divertidíssimos absurdos. Um clímax indiscutivelmente grandioso.

Mentira Nº 5: Brian e Dom fogem com um pesado cofre em Velozes e Furiosos 5 (2011)


Na minha opinião o segundo melhor filme da franquia, Velozes e Furiosos 5: Operação Rio abraçou de vez o Cinema de Ação. Com o reforço do carismático Dwayne Johnson, o longa dirigido por Justin Lin trouxe as perseguições para um cenário urbano, testando os limites da física ao construir uma destruidora perseguição envolvendo Dom, Brian e um gigantesco cofre roubado. Como se não bastasse os exageros em torno da perseguição em si, afinal de contas os carros estavam preso a uma pesada estrutura de metal, é interessante ver o "cuidado" dos condutores ao realizar uma série de peripécias automobilísticas sem ferir ninguém. Isso que eu chamo de direção segura. Pra piorar, reparem nos carrões da policia do RJ, talvez a grande mentira desta cena.

Mentira Nº 6: A chuva de carros "zumbis" em Velozes e Furiosos 8 (2017)


Fazendo um criativo uso do ciberterrorismo, F. Gary Gray eleva o nível da destruição ao compor a megalomaníaca sequência de Nova Iorque em Velozes e Furiosos 8. Usando e abusando do CGI, o realizador brinca com as leis da física ao 'hackear' os sistemas de GPS dos carros na região, criando uma espécie de exército de carros pilotados à longa distância. O resultado é uma explosiva perseguição, culminando numa improvável chuva de carros. Detalhe: nesta cena o Gray optou por usar também recursos práticos, tornando a experiência bem original aos olhos do público. Vide o as cenas de bastidores divulgadas pela MTV

Mentira Nº 7: Dom "voa" entre os prédios em Velozes e Furiosos 7 (2015)



Na cena mais insana da franquia, Dominic Toretto mostra todo o seu ar 'bad-ass' ao realizar o roubo mais espetacular da saga. Numa cena que demorou quase oito meses para ser completamente finalizada, James Wan equilibrou efeitos práticos e CGI ao colocar o protagonista para "voar" numa fuga entre os arranhas-céu de Dubai. Na verdade, enquanto os takes aéreos foram completamente produzidos digitalmente, as cenas internas foram rodadas num grande set de filmagens, atestando o virtuosismo do diretor na realização destes grandes momentos. Digo mais, o "voo" de Dom em Velozes 7 está entre as sequências mais impressionantes da história recente do gênero.

Mentira Nº 8: Trupe salta de paraquedas de um gigantesco avião em Velozes e Furiosos 7 (2015)


Produzida em sua maioria com efeitos práticos, a sequência do avião de Velozes e Furiosos 7 sintetiza a transformação da franquia. Numa mistura de galhofa com adrenalina, o diretor James Wan equilibra ação e humor com extrema perícia ao apresentar a incrível incursão aérea da trupe liderada por Dominic Toretto. Sim meus amigos, eles saltam com os seus respectivos carros de um avião e tudo foi realmente produzido.  Na verdade, a produção usou um avião Hercules C-130 e "derrubou" dois carros por vez. Para capturar as cenas da queda, Wan utilizou cinegrafistas paraquedistas, helicópteros e equipamentos portáteis, como a multiuso GoPro. Obviamente que a cena do pouso na pista foi regravada num segundo momento, evitando assim a utilização de CGI no aspecto macro da sequência. Um cuidado ímpar que se reflete na composição deste incrível momento.

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