Um dos filmes mais lucrativos de
2018, Halloween é mais um triunfo da criativa Blumhouse. Com um modesto
orçamento de US$ 10 milhões, o longa dirigido por David Gordon Green chegou, em
poucas semanas, a marca dos US$ 200 milhões nas bilheterias ao redor do mundo,
comprovando a força desta inesgotável franquia. E impossível não associar este
expressivo sucesso, no entanto, a figura de John Carpenter. Responsável por
dirigir o clássico Halloween: A Noite do Terror (1978), o ‘slasher movie’
definitivo, o legendário realizador se tornou uma referência máxima no cinema
de Horror, em especial, nos anos 1970 e 1980, presenteando o público com
verdadeiras pérolas modernas do gênero. Por mais que, na transição para os anos
1990, Carpenter tenha começado a se levar a sério demais, culminando em obras
sisudas e um tanto quanto pretensiosas, é indiscutível a sua influência na
Sétima Arte, principalmente quando o assunto é a sua versatilidade. Na sua fase
“áurea”, John Carpenter transitou entre o Horror, o Suspense e a Ação com
enorme originalidade, enfileirando ‘hits’ cult ao lado de nomes como Kurt
Russell (leia mais sobre a parceria aqui), Jamie Lee Curtis e Jeff Bridges. Uma
pena, inclusive, que seja tão difícil o acesso (legal) a obras como Dark Star
(1974), O Assalto ao 13º Distrito (1976) e Alguém Me Vigia (1978), obras
elogiadas que o ajudaram a se tornar um dos grandes de Hollywood. Para celebrar
o triunfo do remodelado Halloween, no Cinemaniac uma lista com Cinco Filmes que
fizeram John Carpenter se tornar um realizador tão respeitado e influente.
- Halloween: A Noite do Terror
(1978)
E para começar nada mais justo do
que começar falando sobre o filme que originou esta lista: o clássico
Halloween: A Noite do Terror. A pedra fundamental dos ‘slasher movies’, o
enervante longa dirigido por John Carpenter ajudou a moldar este popular
subgênero, estabelecendo algumas das fórmulas ao narrar as desventuras de uma
jovem babá (Jamie Lee Curtis) que desperta a atenção de um implacável psicopata
no dia de Halloween. Com base nesta simples e instigante premissa, o diretor
esbanja originalidade ao construir um thriller de horror gradativo e
insinuante, testando as expectativas do público ao fugir dos sustos fáceis, ao
não se sentir seduzido pela violência gratuita. O primeiro grande trunfo de
Halloween, na verdade, está no ambiente em que Carpenter situa a trama, um
pacato bairro do subúrbio. Fazendo um brilhante uso deste cenário teoricamente
seguro, o diretor instiga ao se preocupar em criar uma mitologia para o vilão,
em torna-lo uma ameaça sorrateira e silenciosa. Com elegância e pulso
narrativo, Carpenter consegue estabelecer a sensação de perigo iminente,
consegue transformar Michael Myers num antagonista presente, à espreita de uma
vacilada das protagonistas. Uma atmosfera de suspense valorizada pelo esmero do
realizador em, sutilmente, marcar a presença do vilão, que surge ora atrás de
um arbusto, ora estático do outro lado da rua, ora olhando pela janela. Não
demora muito para percebemos o quão vulneráveis estão as adolescentes, uma
sensação desconfortável que cresce até a noite de Halloween.
E quando ela chega John Carpenter
mostra porque se tornou um dos mestres do cinema de Horror. Sem apelar para o
elemento ‘gore’, que viria a se tornar mais recorrente na sua filmografia
alguns anos depois, o realizador enerva o espectador ao investir num ‘mise en
scene’ brilhantemente concebido, realçando a face mais fria e implacável de Myers
ao colocá-lo no caminho de um grupo de adolescentes com os hormônios em
ebulição. O que, como todo fã do gênero sabe, é decisivo para o destino dos
personagens. Uma fórmula curiosa (e com um forte subtexto moralista) que viria
a tomar conta dos ‘slasher movies’, sendo reverenciada com mestria anos mais
tarde no ‘hit’ noventista Pânico (1996). O grande trunfo de Halloween: A Noite
do Terror, no entanto, não está propriamente na habilidade de Carpenter em
extrair o medo por trás do seu antagonista. Nem tão pouco na sua contundência
em capturar a agressividade de Myers. O charme reside na personalidade do
longa. Na sagacidade de Carpenter em valorizar o elemento pop e o senso de
entretenimento da obra. A começar pela centrada e resiliente protagonista, a
zelosa Laurie. Impulsionado pela marcante performance de Jamie Lee Curtis,
catapultada ao estrelato graças ao êxito da película, Carpenter cria uma
protagonista surpreendente, uma jovem capaz de reagir ao maníaco antagonista em
condição de igualdade. Outro ponto que agrada, e muito, é o senso de humor do
realizador em atenuar a tensão em momentos chaves da obra. Fazendo um esperto
uso dos alívios cômicos, vide o carismático médico vivido por Donald Pleasence,
Carprenter surpreende ao tirar da sua cartola algumas cenas genuinamente
engraçadas, flertando pontualmente com o escapismo numa estrutura que viria a
se tornar extremamente popular no subgênero. A cereja no bolo de A Noite do
Terror, entretanto, está na sua minimalista trilha sonora. Composta pelo
próprio Carpenter, os ‘riffs’ de piano e de sintetizadores embala a jornada de
Laurie com enorme originalidade, causando um enorme frisson no espectador a
cada repentina aparição de Michael Myers. Indiscutivelmente, uma das trilhas
mais icônicas e complementares da história da Sétima Arte. Enfim, o ‘slasher
movie’ definitivo, Halloween é o tipo de obra influente que ajudou a redefinir
os paradigmas do cinema de horror, mostrando que menos pode ser mais quando
estamos diante de um realizador capaz extrair a tensão dos detalhes.
- A Bruma Assassina (1980)
Só mesmo um mestre do suspense\horror
poderia tirar do papel uma obra como A Bruma Assassina (1980). Numa aula de
construção de atmosfera, John Carpenter rompe com alguns dos elementos mais
básicos do gênero ao extrair a tensão basicamente do "nada". E o
"nada" nunca foi tão engenhoso. Contrariando a maior parte dos
títulos do segmento dos anos 1970 e 1980, Carpenter não investe aqui em
criaturas assustadoras. Ou numa ameaça implacável. Os
"monstros", quando aparecem, surgem sempre nas sombras, só vemos as
suas silhuetas. O terror está na construção do medo, na maneira genial com que
Carpenter usa a nevoa na concepção do seu "antagonista". Com uma
montagem magnífica, logo na sequência de abertura o realizador traz o
desconforto para o centro da trama ao mostrar o perigo que cerca os
personagens. Um senhor conta uma velha e horripilante lenda para um grupo de
crianças. Alarmes de carros começam a disparar aleatoriamente. Tremores
derrubam objetos. A escuridão parece invadir a luz. Com um impressionante pulso
narrativo, em menos de quinze minutos Carpenter estabelece não só a
silenciosa\iminente ameaça que cerca uma pequena cidade, mas também a
identidade dos seus protagonistas, oferecendo o bastante para que possamos
torcer por eles. Indo além da gradativa construção da atmosfera de horror,
Carpenter é igualmente habilidoso ao estabelecer os mistérios por trás do
"evento".
Sem nunca deixar o clima soturno
se esvair, John Carpenter tira do papel uma história de injustiça e vingança,
tornando tudo bem fundamentado aos olhos do público. Nas entrelinhas,
inclusive, o longa é incisivo ao criticar a figura da Igreja Católica,
refletindo sobre um passado de opressão e violência com ferocidade. O que fica
bem claro, em especial, na sequência final. Outro ponto que agrada, e muito, é
a maneira com que Carpenter explora a figura da radialista\observadora.
Interpretada pela convincente Adrienne Barbeau, a personagem enche a película
de ritmo ao se tornar o elemento humano mais cativante da obra, uma figura
altruísta transformada numa grande interlocutora da trama. O grande trunfo de A
Bruma Assassina, porém, está no virtuosismo técnico de John Carpenter. Fazendo
um brilhante uso das cores azul, vermelho e verde, o diretor brilha ao
potencializar o duelo entre a luz e a escuridão, fazendo da névoa uma ameaça
genuinamente assustadora em enquadramentos inesperadamente belos. Na verdade,
Carpenter usa a fumaça como um poderoso\invasivo elemento cênico, valorizando o
aspecto sombrio\sorrateiro do "vilão" sem exibi-los mais do que o
necessário. Um erro bem comum dentro do cinema de horror atual. Por mais que,
narrativamente, o filme tenha as suas falhas, nomes como Janet Leigh e Jamie
Lee Curtis são praticamente esnobadas no terço final, A Bruma Assassina é um
filme de horror a moda antiga. Uma obra envolvente que prefere a atmosfera de
tensão ao susto fácil. Uma hora e vinte de puro entretenimento com a assinatura
visual e principalmente musical de um mestre do quilate de John Carpenter.
- O Enigma De Outro Mundo (1982)
O terceiro trabalho da parceria John
Carpenter\Kurt Russell, O Enigma de Outro Mundo é um clássico do cinema de
Terror\Sci-Fi. Tenso e extremamente ousado, Carpenter equilibra o melhor do
suspense psicológico e do cine trash ao entregar uma película ainda hoje
singular. Com um ritmo crescente e uma direção imersiva, O Enigma de Outro
Mundo narra as desventuras de um grupo de cientistas isolados por uma perigosa
ameaça espacial. Já na instigante sequência de abertura, uma perseguição num
gélido cenário envolvendo um cão em fuga e um helicóptero, o realizador fisga a
atenção do público com enorme naturalidade, realçando o aspecto mais misterioso
em torno da figura do antagonista. Fazendo um primoroso uso dos recursos
práticos, o aspecto mutante do alienígena é realmente nojento, Carpenter é igualmente
habilidoso ao esclarecer os enigmas em torno desta figura. Impulsionado pelos
desconfortáveis acordes do mestre Ennio Morricone, o diretor abraça o elemento
'gore' ao construir as sequências mais violentas, surpreendendo o público com
momentos angustiantes e incômodos. A sequência da cela, por exemplo, é
impactante, assim como a tão comentada cena da massagem cardíaca. O Enigma de
Outro Mundo, porém, ganha contornos bem mais atuais no momento em que invade o
terreno do suspense psicológico.
Inspirado por títulos como Os
Vampiros de Alma (1956) e Invasores de Corpos (1978), John Carpenter brilha ao
trazer a paranoia para o centro da trama, elevando o nível de nervosismo ao
acompanhar a desconfiança entre os isolados cientistas. Com diálogos ágeis e arquétipos
bem construídos, o realizador é categórico ao realçar o clima de mistério, a
crescente instabilidade emocional dentro da instalação. Capitaneado pelo jovem
Kurt Russell, impecável na pele de um piloto inteligente disposto a tomar as
decisões mais complicadas, o diversificado elenco potencializa a crescente
atmosfera de tensão ao traduzir a deterioração emocional imposta por esta
criatura, tornando os conflitos interpessoais totalmente críveis aos olhos do
público. O grande diferencial de O Enigma, entretanto, reside no virtuosismo
técnico de Carpenter. Como se não bastasse os predicados em torno do asqueroso
visual da "coisa", o realizador investe em estilosos enquadramentos,
vide a sequência do bisturi, extraindo o máximo do suspense ao se concentrar
nos detalhes, na expressão dos atores e no aspecto mais onipresente do
antagonista. Contando ainda com a extraordinária fotografia gélida de Dean
Cundey (Jurassic Park, De Volta para o Futuro), O Enigma de Outro Mundo é mais
um 'hit' cult da filmografia de Kurt Russell, um filme intenso e autêntico que
colocou este carismático ator no caminho das grandes produções.
Em 1977, a nave Voyager 1 levou
para o espaço um disco selecionado pela NASA contendo músicas, imagens e palavras
de saudação em mais de 55 línguas diferentes para o espaço, na tentativa (quem
sabe) de se fazer ouvir. E se uma raça extraterrestre tivesse conseguido captar
essa mensagem e mandasse um emissário em busca de mais informações sobre o
planeta Terra¿ Essa é a premissa do intrigante Starman: O Homem das Estrelas,
uma das obras mais ecléticas e envolventes da galeria de John Carpenter.
Influenciado por títulos como Contatos Imediatos do 3º Grau (1977) e E.T: O
Extraterrestre (1981), o mestre do cinema de Ação\Horror surpreendeu ao
entregar uma obra doce e sensível, um filme capaz de transitar por gêneros tão
contrastantes com fluidez e inteligência. Fazendo jus ao ‘background’ Sci-Fi,
Carpenter tira o máximo proveito do viés desconhecido ao narrar a jornada de
Jenny (a sempre carismática Karen Allen), uma viúva em processo de luto que,
após uma grande explosão, vê uma luminosa forma alienígena (Jeff Bridges) tomar
a forma do seu saudoso marido bem na sua frente. Apavorada, ela é “obrigada”
pelo errático alien a partir numa viagem pelo coração da América, precisando
correr contra ao tempo (e lutar contra dolorosas lembranças) para leva-lo ao
lugar em que ele seria resgatado pela sua raça. Transitando entre o Drama, a
Ação, a Comédia, o Romance e a Ficção-Científica com enorme espontaneidade,
Carpenter é cuidadoso ao, a partir da cativante relação entre uma acuada humana
e um E.T em busca de aprendizado, refletir sobre o melhor e o pior da raça
humana. Embora por vezes o filme soe um tanto quanto derivativo, é legal ver a
sagacidade do realizador em reciclar algumas soluções já exploradas pelo
gênero, estreitando gradativamente o elo entre os dois durante um revelador
‘road movie’.
Fascinado pela possibilidade em
projetar qual seria a reação de um extraterrestre diante dos seres humanos,
John Carpenter cria um alien inocente e magnânimo, um personagem puro que
constantemente é surpreendido pela complexidade humana. Indo além do
divertidíssimo processo de aprendizagem do ET, o argumento é sutil ao expor os
contrastes, ao realçar tanto a nossa face mais agressiva e involuída, quanto o
nosso lado mais amistoso e inteligente, encontrando ai o coração da sua obra. O
que fica bem claro, em especial, na arrepiante sequência em que a criatura
define os motivos da sua admiração pela raça humana, uma cena singela e de rara
beleza que casa perfeitamente com a humana visão de mundo proposta por
Carpenter. Somado a isso, Jeff Bridges dá um verdadeiro show na pele de um
“homem” tomado por uma criatura alienígena. Numa performance extremamente
física, ele cria algo realmente único, um tipo com expressões limitadas, uma
movimentação “travada” e reações adoravelmente disfuncionais. Com um olhar
vidrado e ações que simulam “roboticamente” gestos das pessoas que cruzam o seu
caminho, Bridges cria uma figura que realmente parece “oca”, vazia de conteúdo,
algo com pressa em aprender a viver na nossa sociedade. O mais incrível nisso
tudo, entretanto, é que o ator consegue externalizar com maestria os
sentimentos do seu personagem. À medida que passa a conviver com os demais
seres humanos, o alien passa a se emocionar como nós, a entender o que é
empatia, amizade, amor. Uma característica que, por sinal, só reforça o arco
romântico entre ele e Jenny, uma relação potencializada não só pela incrível
química entre os dois, mas também pela capacidade do roteiro em tocar em temas
mais densos envolvendo o luto e a solidão. No embalo da magistral trilha sonora
sintetizada de Jack Nitzsche, inspirada ao usar “riffs futuristas” com
delicadeza e emoção, Starman é o tipo de entretenimento completo. Uma obra
capaz de empolgar (o grandioso clímax é digno de nota), enternecer, divertir e
comover com a assinatura de um diretor com completo domínio sobre a sua
revigorante obra. John Carpenter em sua face mais otimista e calorosa.
Influenciado por títulos como
Invasores de Corpos e A Colheita Maldita, A Cidade dos Amaldiçoados marcou, a
meu ver, um retorno às origens de John Carpenter após uma série de sisudos
trabalhos. Num dos projetos mais subestimados da sua filmografia, o diretor volta
ao terreno do Sci-Fi ao narrar a desventurada história dos moradores de uma
pequena cidade do interior diante de um “surto” de gravidez causada por uma
ameaça alienígena. Embora seja um dos filmes mais falhos visualmente da
carreira de Carpenter, algumas soluções se revelam risíveis, narrativamente o
longa se sustenta, principalmente pela astúcia do diretor em conferir uma
identidade própria ao projeta. Na verdade, para os fãs de uma obra mais tensa e
assustadora, A Cidade dos Amaldiçoados pode se revelar uma experiência
frustrante. Por mais que o filme tenha uma natural aura ‘creep’ e algumas
sequências violentas, Carpenter investe numa abordagem mais sutil, densa, um
filme que não parece interessado em provocar medo ou causar sustos fáceis. O
desconforto, aqui, é a alma do negócio. O que fica bem claro, em especial,
quando o assunto é a identidade dos antagonistas, um grupo de belas e
aparentemente inofensivas crianças. Reconhecido pela capacidade de construir a
sensação de paranoia, Carpenter é astuto ao explorar a face mais sinistra dos
protagonistas infantis, ao valorizar os contrastes enquanto mostra o quão
ameaçadores eles podem ser. Com efeitos visuais criativos e uma ótima direção
do elenco infantil, o longa é inteligente ao valorizar as particularidades da
trama, ao se concentrar no efeito das “crianças” junto aos desconfiados
moradores, revigorando este subgênero ao trata-las como seres realmente
diferentes. Eles não estão interessados em se “camuflar”, em fazer parte desta
estrutura social, mas em se impor como seres superiores, como criaturas com
anseios próprios.
O grande diferencial de A Cidade
dos Amaldiçoados, entretanto, está na perspicácia de John Carpenter em trazer
novamente a questão da humanidade para o centro da história. Através da figura
do pequeno David (Thomas Dekker), o realizador mostra delicadeza ao capturar a
sensação de vazio do pequeno ‘alien’, a sua reação de empatia para com os seres
humanos. O desequilíbrio, aqui, é tratado como algo humano, imperfeito, vivo.
Por não se sentir “completo”, David surge como o elo fraco, relutante, aquele
capaz de se comover. Outro ponto que agrada é a maneira com que o roteiro
explora o instinto de maternidade\paternidade. Mesmo diante das evidências,
Carpenter mostra sensibilidade ao capturar o misto de emoções de pais e mães ao
se depararem com o bizarro, um arco que poderia ser ainda melhor explorado se o
argumento tivesse um quê mais dramático. Impulsionado pelas competentes performances
dos carismáticos Christopher Reeve, Kirstie
Alley e Mark Hamill, A Cidade dos Amaldiçoados é um Sci-Fi com toques de
Suspense e Horror com algumas ideias realmente originais e outras nem tanto
assim. Um filme com uma peculiar atmosfera de tensão que, graças a
inventividade de Carpenter, consegue transformar a criançada em figuras
genuinamente assustadoras.
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