terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Top 10 (Melhores Filmes 2014)


Em um ano no qual boa parte dos blockbusters não alcançou o sucesso esperado, em que o cinema independente e de baixo orçamento mostrou força e os longas animados voltaram a se destacar entre as grandes produções, chegou a hora de reunir dez dos melhores trabalhos de 2014. Seguindo o conceito básico do Cinemaniac, que sempre privilegia a capacidade do cinema em entreter e divertir através de boas histórias, neste Top 10 apostamos em uma lista com trabalhos de diversos gêneros, mostrando os destaques entre os longas que conseguimos assistir. Trazendo apenas os filmes lançados em solo brasileiro neste ano, vamos aos nossos prediletos. E começamos com...

Transformers - A Era de Extinção "sobra na turma" e termina 2014 com a maior bilheteria do ano


Apesar das críticas oscilantes, Transformers - A Era da Extinção foi o único longa em 2014 a ultrapassar a marca de 1 bilhão de dólares nas bilheterias internacionais. Em meio aos sucessos dos heróis Marvel e o surpreendente êxito comercial de Malévola, o longa dirigido por Michael Bay fechou o ano com US$ 1,087 bilhão em arrecadação, comprovando a força de Optimus Prime e sua turma. De acordo com os números divulgados pelo Box Office Mojo, boa parte do sucesso desta continuação se deveu ao ótimo desempenho do filme na China, onde faturou mais US$ 301 milhões. Vale destacar que o novo Transformers foi também rodado em solo chinês, o que potencializou a divulgação por lá. Enquanto os robôs de Bay monopolizaram a primeira colocação, Guardiões da Galáxia mostrou a força da Marvel Studios. Grande aposta para 2014, o supergrupo liderado pelo carismático Chris Pratt conseguiu faturar mais de US$ 772 milhões, deixando para trás o aguardado Capitão América - O Soldado Invernal, que ficou na quinta colocação com o equivalente US$ 714 milhões.


Grande surpresa do ano, Malévola fechou o Top 3 com um resultado realmente espetacular. Contando com a estrela de Angelina Jolie, expressiva como a emblemática vilã do clássico A Bela Adormecida, o longa da Disney faturou mais US$ 757 milhões em todo mundo. Resultado que, diga-se de passagem, superou blockbusters do peso de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, que conseguiu US$ 746 milhões, O Espetacular Homem Aranha 2, com US$ 709 milhões, e Interestelar, com US$ 641 milhões. A expectativa, aliás, é que esses números possam ainda ser alterados com o desempenho internacional do recente Jogos Vorazes - A Esperança: Parte 1. Com estreia prevista para fevereiro na China, o penúltimo da capítulo da saga estrelada por Jennifer Lawrence fechou 2014 na oitava colocação com importantes US$ 669 milhões. Confira abaixo as dez maiores bilheterias deste ano*.

1º Transformers: A Era da Extinção US$ 1,087,404,499
2º Guardiões da Galáxia US$ 772,349,244
3º Malévola US$ 757,752,378
4º X-Men: Dias de um Futuro Esquecido US$ 746,045,700
5º Capitão América: O Soldado Invernal US$ 714,083,572
6º O Espetacular Homem-Aranha 2 US$ 708,982,323
7º Planeta dos Macacos - O Confronto US$ 708,279,489
8º Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 US$ 669,719,406
9º Interestelar - US$ 641,387,217
10º Como Treinar o seu Dragão 2 US$ 618,909,935

¨*números computados até o dia 30 de dezembro. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Top 10 (Melhores Filmes do Segundo Semestre)

Após o nosso especial sobre as surpresas e decepções deste ano de 2014, chegou a hora de listarmos os dez melhores filmes deste segundo semestre. Seguindo o conceito básico do Cinemaniac, um espaço onde o Cinema é uma grande diversão, a nossa lista aposta na versatilidade e em longas que roubaram a cena durante as suas respectivas passagens pelos cinemas brasileiros. Entre os longas que conseguimos assistir, confira os que mais se destacaram neste Top 10 Cinemaniac.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Sony volta atrás e vai lançar A Entrevista nos EUA


O cancelamento da estreia da comédia A Entrevista durou muito pouco. Após a péssima repercussão em torno da polêmica decisão do estúdio, que acabou ecoando até mesmo na Casa Branca, a Sony decidiu voltar atrás e confirmou o lançamento da sátira estrelada por Seth Rogen e James Franco. Segundo a Variety, o longa chegará aos cinemas norte-americanos no próximo dia 25 de dezembro. Na trama, idealizada por Rogen e Evan Goldberg (SuperBad), dois atrapalhados jornalistas ganham a chance de fazer uma entrevista exclusiva com o ditador norte-coreano Kim Jong-Un. Os dois, no entanto, acabam se tornando alvo da CIA e pivôs de uma trama envolvendo o assassinato do atual líder da Coreia do Norte. Em solo brasileiro, A Entrevista tem estreia prevista para o dia 29 de janeiro. Sem dúvida alguma uma vitória do bom senso, já que o cancelamento poderia deixar uma péssima mensagem para àqueles que condenam a liberdade de ideias e de expressão. Como bem disse o presidente Barack Obama, "se alguém é capaz de intimidar o lançamento de uma comédia, imagine o que vão começar a fazer quando virem um documentário ou notícias de que não gostam”. No final das contas, porém, toda esta polêmica acabou se tornando uma publicidade gratuita para a nova comédia da Sony. 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Operação Big Hero 6

Visualmente empolgante, animação leva os heróis Marvel à Walt Disney Studios

Inspirado numa praticamente desconhecida franquia Marvel, mais voltada ao mercado asiático, Operação Big Hero 6 se destaca ao conseguir apresentar, numa mesma animação, elementos marcantes da Disney, da Pixar e da Marvel Studios. No vácuo do fenômeno de público e crítica Frozen - Uma Aventura Congelante, que já havia demonstrado o quão evoluída estava a parceria entre estes dois pilares da animação, o longa dirigido por Don Hall e Chris Williams empolga ao explorar com habilidade o humor infantil e o senso de aventura da Disney, o peso narrativo, a ousadia visual e os curtas-metragens de aberturas da Pixar, e o carisma sempre marcante dos personagens Marvel. Ainda que sob a chancela criativa da Disney, que nitidamente se sobressai em meio a divertida trama, o dedo do produtor executivo e midas da Pixar John Lasseter, aliado a sempre presente figura de Stan Lee, mostram que os méritos desta certeira produção merecem ser divididos. 


Baseado nos personagens do mangá criado por Steven T. Seagle e Duncan Rouleau, o supergrupo nipônico ganha uma aparência bem mais afável e original nas mãos da dupla de realizadores. Apostando num caprichado cenário futurista, inspirado em clássicos como Blade Runner, e na infantilização visual dos personagens, com destaque total para a impecável reconstrução do carismático Baymax, a equipe artística é inspirada ao atualizar as características dos personagens visando novos mercados. Por mais que os nomes e as referências sejam orientais, o roteiro assinado por Jordan Roberts, Daniel Gerson e Robert L. Baird nos apresenta à cidade futurista San Fransokyo, uma mistura de São Francisco com Tokyo localizada nos EUA. Nela mora o prodígio da robótica Hiro, um órfão que usa o seu talento para construir robôs de lutas. Após ser detido durante uma das batalhas, ele é convencido por Tadashi, seu genial irmão, a visitar o laboratório em que trabalhava. Encantado por este mundo de invenções, Hiro resolve tentar uma vaga nesta universidade. As coisas, no entanto, fogem do controle quando ele é surpreendido por uma tragédia familiar e pela perda da sua principal invenção. Deprimido, o jovem encontra amparo no carismático robô médico Baymax, uma das últimas criações de seu irmão. Contando com a ajuda deste inocente novo amigo, Hiro inicia uma busca para recuperar o seu invento, sem saber que ele foi parar nas mãos de um misterioso vilão. Disposto a impedir um mal maior, o jovem se une aos amigos geeks de Tadashi para tentar combater tecnologia com tecnologia.


Ainda que os coadjuvantes deste supergrupo não sejam tão bem aproveitados pela trama, mas extremamente funcionais como alicerce para as empolgantes sequências de ação, o argumento realmente impressiona ao traçar contornos emocionais em torno do jovem Hiro. Sem querer revelar muito da trama, o roteiro é impecável ao nos apresentar a instabilidade emocional do jovem em torno da perda, e como a relação dele com o bonachão robô se tornou um suporte para este momento difícil. Em meio ao eficiente humor infantil, que só não funciona melhor graças a problemática dublagem de alguns dos personagens secundários, a relação dos dois se torna o ponto alto tanto nas sequências mais divertidas, com o desastrado e impecavelmente texturizado Baymax se inflando e desinflando, como também nas mais aventureiras, com o robô e sua armadura voando na detalhista e multicolorida cidade de San Fransoskyo. Como se não bastasse isso, o roteiro demonstra um cuidado igual na apresentação e desenvolvimento do nada maniqueísta vilão Yokai. Embalado pelo look sombrio e pelos seus poderes "hi-tech", que rendem ótimas sequências graças ao precioso 3-D, o clima de mistério em torno do personagem é muito bem construído, motivando viradas inesperadas para um trabalho mais voltado à criançada. Opção que só contribui para o excelente ritmo da trama, que se equilibra com extrema habilidade entre a ação, a emoção e a comédia. 

Procurando agradar as crianças e também aos adultos, Operação Big Hero 6 mostra que a Disney está se aproveitando o máximo da integração da Pixar aos seus estúdios. Por mais que se concentre nas populares fórmulas do cinema mais infantil, com direito a gags físicas, as mensagens edificantes e um supergrupo de jovens nerds se divertindo na luta contra o mal, o longa não deixa de flertar com a sensibilidade narrativa popularizada pelos trabalhos de John Lasseter, trazendo profundidade e realismo aos dilemas de seus protagonistas. Elementos que aqui, diga-se de passagem, acabam potencializados pela nada descartável presença dos heróis Marvel, que muito bem atualizados pela Disney não fazem feio perante a qualquer filme da franquia Os Vingadores. Com direito a presença de Stan Lee, alguns bons easter-eggs e referências a clássicos da cultura pop como Homem Aranha, Homem de Ferro e os populares sentais japoneses. Ahh e sem contar a cena pós-crédito que esse que vos escreve não assistiu.
 

domingo, 21 de dezembro de 2014

Balanço de 2014 (Surpresas e decepções)


Com 2014 se aproximando do fim, chega aquele momento de analisarmos os pontos altos e baixos desta temporada cinematográfica. Num ano em que muitos blockbusters acabaram oscilando e que os filmes de baixo orçamento roubaram a cena, coube aos heróis Marvel, ao pioneirismo do diretor Richard Linklater e a ótima fase das animações computadorizadas a missão de dar uma cara diferenciada aos lançamentos que já saíram em solo brasileiro. Enquanto não divulgamos a lista com o dez melhores filmes do segundo semestre e do ano, neste especial do Cinemaniac vamos fazer um balanço sobre os pontos positivos e negativos dentro do que já assistimos em 2014.

Surpresas



- Após um 2013 pouco inspirado, o ano foi muito bom dentro da animação computadorizada. Ainda que Rio 2 tenha ficado um pouco abaixo do original, longas como Frozen, Festa no Céu, Como Treinar o Seu Dragão 2, Uma Aventura Lego, Operação Big Hero 6 e Os Boxtrolls fizeram um grande barulho, recebendo muitos elogios da crítica e conseguindo bons resultados também nas bilheterias. Prova disso é que das vinte maiores bilheterias do ano, até o momento, três são de longas animados: 9º Como Treinar o seu Dragão 2 (US$ 618 milhões), 12º Rio 2 (US$ 498 milhões) e 14º Uma Aventura Lego (US$ 468 milhões). Já Frozen, que foi lançado nos EUA em 2013, fez ainda melhor e liderou as bilheterias internacionais do ano passado com US$ 1,2 bilhão em arrecadação.


- Enquanto Transformers - A Era da Extinção fez um estrondoso sucesso de público, com US$ 1,08 bilhão nas bilheterias mundiais, mas decepcionou pelos excessos e pela trama clichê, a franquia Marvel tratou de elevar o patamar dentro do gênero. Preparando o terreno para o aguardado Os Vingadores 2, Capitão América - O Soldado Invernal e Guardiões da Galáxia empolgaram não só o público, mas também boa parte da crítica. Com boas atuações, interessantes tramas e efeitos digitais realmente espetaculares, os dois longas se tornaram os principais exemplos do cinema pipoca que deu certo em 2014. Resultados que  -logicamente - se refletiram nas bilheterias, com Guardiões da Galáxia faturando mais de US$ 770 milhões e Capitão América 2 mais de US$ 710 milhões.


- O ano de 2014 foi também muito bom para o cinema de ação. Apesar do problemas envolvendo o terceiro capítulo da franquia Os Mercenários, que caiu na internet em alta definição antes do lançamento, longas como Sem Escalas, Godzilla, Robocop, No Limite do Amanhã, De Volta ao Jogo, Lucy, The Rover - A Caçada, Planeta dos Macacos - O Confronto e Hércules mostraram não só qualidade, como também agradaram ao público, destacando a força do gênero. Dentro do gênero, aliás, o ano foi espetacular para Scarlett Johansson, que além de ter praticamente coestrelado o empolgante Soldado Invernal, surpreendeu a todos ao dar vida a heroína Lucy no mais novo longo de Luc Besson.


- Enquanto o cinema blockbuster nacional naufragou em 2014, esse assunto você lerá mais abaixo, os filmes mais autorais brasileiros conseguiram grande destaque durante esta temporada. Longas como O Lobo Atrás da Porta, Hoje eu Quero voltar Sozinho, Boa Sorte, Entre Nós, Praia do Futuro e Tatuagem mostraram um cinema nacional mais maduro, que infelizmente ainda parece não agradar o grande público. Por outro lado, como grande salvador do cinema pipoca em 2014, as cinebiografias mostraram a força do "cinemão" brasileiro, com destaque para Tim Maia, Getúlio, Irmã Dulce e Trinta.


- Por falar no cinema independente, 2014 foi também realmente fantástico para esse segmento. Desde a última edição do Oscar, que já havia nos apresentados longas como Philomena, Clube de Compras Dallas, Nebraska, e Fruitvale Station - A Última Estação, esta temporada ficou marcada pelos bons lançamentos do gênero, com destaque para o "estranho" sci-fi Sob a Pele, o interessante vampiresco Amantes Eternos, o indie Mesmo se Nada der Certo e o brilhante Boyhood - Da Infância à Adolescência. E isso, logicamente, sem levar em conta que longas como Birdman, O Jogo da Imitação e A Teoria de Tudo ainda não estrearam por aqui.

Decepções

- Enquanto blockbusters como Guardiões da Galáxia, Malévola, X- Men Dias de Um Futuro Esquecido e Interestelar conseguiram um bom destaque junto ao público, boa parte dos filmes considerados pipoca acabou não tendo a mesma sorte. Da extensa lista de longas "questionáveis", Need for Speed, Trascendence, Frankenstein - Entre Anjos e demônios, O Doador de Memórias, A Lenda de Hércules, Sin City 2 e Os Mercenários 3 lutaram para ao menos pagar os seus custos. Um símbolo da oscilação do cinema pipoca em 2014.


- Se os grandes estúdios estão se esforçando para lançarem os blockbusters com o mínimo de atraso no Brasil, longas como O Hobbit 3, Guardiões da Galáxia e Jogos Vorazes - A Esperança (parte 1) chegaram a estrear antes em solo brasileiro, as pequenas produções seguem esbarrando na ineficiente distribuição em território nacional. Enquanto os blockbusters lotam a maioria das salas espalhadas pelo Brasil, longas mais autorais, ou de baixo orçamento, são lançados em pouquíssimas sessões no circuito nacional. Como se não bastasse isso, apesar do frenesi em torno de alguns filmes, os lançamentos considerados mais artísticos estão chegando com muito atraso aos cinemas brasileiros. Prova disso é que dos principais indicados ao Globo de Ouro, apenas Boyhood, O Grande Hotel Budapeste e Garota Exemplar já estrearam em circuito comercial. Uma pena, principalmente num ano em que o cinema considerado independente vem roubando a cena em todo mundo.


- Com exceção das expectativas em torno de Annabelle, que conseguiu destaque maior graças a ótima campanha promocional, o gênero Suspense\Terror teve um ano para se esquecer. Apesar do sucesso em torno de Garota Exemplar, talvez o único longa que teve realmente destaque dentro deste segmento, o longas de baixo orçamento fizeram bem menos barulho do que o esperado. Chama a atenção, no entanto, a ridícula distribuição de Uma Noite de Crime: Anarquia, longa que, apesar do expressivo desempenho em solo norte-americano, passou despercebido em solo brasileiro. Com modestos US$ 9 milhões de orçamento, o longa faturou mais de US$ 70 milhões nos EUA, um desempenho muito melhor do que Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal, que aqui teve uma larga distribuição, mas não correspondeu as expectativas.

- Como dito acima, o blockbuster nacional teve um ano realmente abaixo do esperado. Com exceção da comédia O Candidato Honesto, com mais de dois milhões de espectadores, o segmento não obteve números expressivos, levando pouco mais de 17 milhões de pessoas às salas brasileiras, o equivalente a 12,4% do total de público no Brasil. Pra se ter a noção exata, em 2013 os números do cinema nacional giraram em torno de 18% do público total, valores bem acima dos apresentados até dezembro deste ano.


- Por fim, entre as principais decepções individuais deste ano 2014, longas como Trash - A Esperança vem do Lixo, Homens, Mulheres e FilhosRio, Eu Te Amo e Caçadores de Obras Primas acabaram prometendo bem mais do que cumprindo. Longe de ser ruim, estes foram alguns exemplos dos longas que decepcionaram por terem criado grande expectativa antes dos seus respectivos lançamentos. 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos

Menos é mais


Antes de mais nada, quero deixar claro que fico realmente incomodado com esta opção caça-níquel dos estúdios hollywoodianos em estender ao máximo suas franquias. Apostando em finais semi-abertos, na divisão de longas e na necessidade de deixar ganchos para futuras sequências, os produtores estão cada vez mais se escorando nesta recorrente "estratégia" para encher os cofres ao redor do mundo. Dito isso, fica nítido ao final de A Batalha dos Cinco Exércitos que boa parte dos pequenos problemas desta sequência não se resumem a opção do diretor neozelandês Peter Jackson em adaptar O Hobbit em três longas. Apesar do enxuto livro de J.R.R Tolkien se mostrar insuficiente para uma trilogia, o maior pecado desta franquia fica pela forma como os roteiristas dividiram a jornada de Bilbo Bolseiro, evidenciando que nesta nova trilogia a rentabilidade levou a melhor sobre as preocupações narrativas. Ainda assim, mesmo com alguns altos e baixos, Jackson fecha esta nova franquia de forma extremamente digna, mostrando a sua reconhecida habilidade ao nos conduzir por uma divertida e empolgante última viagem pela Terra Média.


Na verdade, os principais problemas de A Batalha dos Cinco Exércitos se iniciam com o frustrante desfecho de A Desolação de Smaug, sem dúvidas, o longa que mais conseguiu se aproximar da imponência de O Senhor dos Anéis. Optando por deixar o máximo de questões em aberto para a última parte, o que talvez seja um indício da falta de enredo para o encerramento desta trilogia, os roteiristas Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro reduziram o impacto do desfecho em torno do temido dragão (Benedict Cumberbatch) ao deixa-lo para este capítulo final. Pra ser bem sincero, após a impecável batalha entre os anões e Smaug, o grandioso ataque à cidade dos homens merecia ter sido concluindo no segundo longa. Aqui, apesar da sequência ter representado um início em grande estilo, a impressão é que o espetacular dragão se torna um mero coadjuvante em meio a um embate ainda maior. 


Utilizando este ataque para preparar o terreno para a tão aguardada batalha por Erebor, o argumento não perde muito tempo ao mostrar a retomada da montanha por Thorin (Richard Armitage) e a sua trupe de anões. Cada vez mais obcecado pelo tesouro, o rei resolve se virar contra os humanos e o elfos, temendo que eles pudessem roubar o seu ouro. Apesar das tentativas de negócio apresentadas por Bilbo (Martin Freeman), Thorin se mostra irredutível às ofertas de Bard (Luke Evans) e Thranduil (Lee Pace) por um pacto de paz e divisão das riquezas. Consumido pelo poder, Thorin resolve então declarar guerra a estes dois povos, sem saber que a verdadeira ameaça estava mais próxima do que ele poderia esperar. Enquanto Gandalf (Ian McKellen) e Galadriel (Cate Blanchett) tentam colocar um ponto final em um mal ainda maior, Bard, Thranduil e Thorin terão que colocar as suas diferenças de lado para enfrentar o destruidor exército de Orcs liderados por Azog, o Profano (Manu Bennett).
Tentando dar o mesmo peso narrativo de O Senhor dos Anéis ao inocente O HobbitPeter Jackson se esforça para trazer um senso de urgência a este terceiro longa. O problema é que na ânsia de dar mais densidade ao roteiro, o realizador neozelandês opta por adicionar novas situações à trama, errando feio ao insistir no pedante e irritante Alfrid (Ryan Gage). Em meio as sempre impecáveis batalhas, a tentativa de tornar o assistente do prefeito uma espécie de alívio cômico se torna o principal equívoco desta película, evidenciando os problemas envolvendo o tom do capítulo final. Por outro lado, Jackson mostra extrema perícia ao abrir espaço para várias figuras importantes dentro da trama, se apoiando na estupenda edição para dar um interessante senso de simultaneidade ao longa. Procurando fazer uma série de ganchos com a trilogia O Senhor dos Anéis, o que é uma das inteligentes sacadas desta nova franquia, o argumento permite que os principais personagens tenham o seu momento de brilho. Com destaque para a impecável presença de Cate Blanchett, responsável por uma das sequências mais surpreendentes, e para o comovente desfecho envolvendo a bad-ass Tauriel (Evangeline Lilly) e o complexo Thranduil. 


Por falar no elenco, as atuações seguem sendo um dos diferenciais desta franquia. Liderado por mais um carismático desempenho de Martin Freeman, muito bem tanto nos momentos mais densos, como também nos funcionais alívios cômicos, o longa conta com a impecável presença de Richard Armitage. Colocando de vez o seu nome em Hollywood, o ator britânico explora como poucos as nuances de seu personagem, indo do insano ao afável com grande sensibilidade. Corrigindo, até mesmo, a falta de naturalidade do roteiro ao desenvolver essa transição do personagem. Assim como Armitage, quem também se destaca é o competente Lee Pace. Apesar da aura superior de seu personagem, extremamente convincente nas mãos do ator, Pace dá a Thranduil uma surpreendente humanidade, culminando com um dos momentos mais singelos dentro do extenso clímax. Uma sequência que, diga-se de passagem, até justifica o descartável relacionamento entre Tauriel e Kili (Aidan Turner), que funciona graças ao maior espaço dado a competente Evangeline Lilly. Por fim, o verdadeiro ladrão de cenas - mais uma vez - acaba sendo Luke Evans. Novamente impecável como o destemido e zeloso pai de família Bard, Evans se torna uma presença mais frequente neste último capítulo, tendo as suas motivações mais aprofundadas pelo roteiro. 


Como se não bastasse as inspiradas atuações, a jornada pela Terra Média chega ao fim encontrando novamente o seu grande destaque na perícia técnica de Peter Jackson. Dando contornos épicos a esta batalha, o realizador constrói sequências de ação realmente bem coreografadas, filmando com nitidez o fluído embate entre anões, elfos, orcs e humanos. Tentando se distanciar das imponentes guerras de O Senhor dos Anéis, o neozelandês opta por se concentrar em confrontos mais específicos, os desenvolvendo de forma original e bem detalhada, mas sem o mesmo impacto dos antecessores. Sem querer cair no erro de comparar as duas trilogias, o que considero injusto pela complexidade em torno de O Senhor dos Anéis, A Batalha dos Cinco Exércitos é um desfecho digno para uma competente trilogia. Lógico que o resultado final poderia ser ainda melhor, mas Jackson e os produtores parecem ter padecido da mesma "febre do ouro" que assolou Thorin, pecando pelo excesso ao adaptar este prelúdio evolvendo as inocentes aventuras de Bilbo Bolseiro. Nada que uma simples batida na porta, e um reencontro inesperado já não seja o suficiente para nos instigar a revisitar o espetacular mundo da Terra Média.


Hoje eu Quero Voltar Sozinho está fora da disputa do Oscar


Representante brasileiro na corrida pelo Oscar, Hoje eu Quero Voltar Sozinho está fora da disputa pela estatueta de Melhor Filme Estrangeiro. Na tarde desta sexta-feira, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou a pré-lista de indicados ao prêmio e o filme dirigido por Daniel Ribeiro não conseguiu uma vaga entre os nove semifinalistas. Entre os trabalhos que seguiram vivos na disputa, o polonês Ida, o argentino Relatos Selvagens, o russo Leviatã e o sueco Força Maior despontam como os favoritos a uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Inspirado no curta Hoje eu Não Quero Voltar Sozinho, do próprio realizador, o romance adolescente narra a história de Leonardo (Guilherme Lobo), um garoto deficiente visual que tenta fugir da superproteção dos pais e lidar com as descobertas da juventude.


Assim como Hoje eu Quero Voltar Sozinho, os elogiados Mommy e Dois Dias, Uma Noite também ficaram de fora da disputa. Dirigido pelo jovem canadense Xavier Dollan, de apenas 25 anos, Mommy entrou na disputa impulsionado pelos muitos elogios recebidos durante o Festival de Cannes 2014, dividindo, inclusive, o prêmio do júri com aclamado cineasta Jean-Luc Godard. Já Dois Dias, Uma Noite trazia no currículo não só a sempre elogiada direção dos irmãos Dardenne, como também o prestígio da já oscarizada atriz Marion Cotillard (Piaf). Os longas brasileiro, canadense e belga, no entanto, parecem não ter agradado tanto assim os votantes da academia. Confira abaixo os nove filmes ainda na disputa por uma vaga ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. 

Argentina - "Relatos selvagens" - Damián Szifrón

Estônia - "Tangerines" - Zaza Urushadze

Georgia - "A ilha dos milharais" - George Ovashvili

Mauritânia - "Timbuktu" - Abderrahmane Sissako

Holanda - "Accused" - Paula van der Oest

Polônia - "Ida" - Paweł Pawlikowski

Rússia - "Leviathan" - Andrey Zvyagintsev

Suécia - "Force Majeure" - Ruben Östlund

Venezuela - "Libertador" - Alberto Arvelo

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Em meio a ameaças, Sony decide cancelar a estreia de A Entrevista


Temendo represálias e ataques às salas de cinema, a Sony decidiu cancelar a estreia nova-iorquina de A Entrevista, polêmica comédia estrelada pela dupla Seth Rogen e James Franco. Em meio ao incessante ataque hacker do grupo autointitulado Guardiões da Paz, que não só divulgou informações sigilosas do estúdio, como também ameaçou os distribuidores, a Sony se viu encurralada pela decisão das maiores redes de cinema e desistiu de lançar esta sátira que traz como pano de fundo o governo do ditador norte-coreano Kim Jong Un. Com medo de ataques durante a exibição do longa, já que muitas das ameaças chegaram a citar os trágicos episódios do 11\09, as principais redes norte-americanas resolveram cancelar as sessões, obrigando o estúdio a tomar esta decisão. Apesar desta decisão, no entanto, o Departamento Nacional de Segurança dos EUA afirma que não há "informações críveis que indiquem um esquema ativo contra as salas de cinema", mas que os responsáveis seguem analisando as mensagens deste grupo.

Atualizado

Via nota oficial, a Sony revelou também o cancelamento da estreia em circuito comercial no dia 25 de dezembro. À luz da decisão da maioria dos nossos exibidores de não mostrar o filme 'A Entrevista', nós decidimos não avançar com o lançamento nos cinemas no dia 25 de dezembro. Nós respeitamos e compreendemos a decisão dos nossos parceiros e, é claro, compartilhamos completamente o interesse primordial de segurança dos funcionários e frequentadores dos cinemas", afirmou a Sony em comunicado.


Revoltados com este decisão da Sony, algumas celebridades hollywoodianas se mostraram completamente contrárias ao cancelamento da estreia de A Entrevista. Diretor de comédias como Ligeiramente Grávidos e O Virgem de Quarenta Anos, Judd Apattow questionou o poder que esta atitude pode dar a estes grupos extremistas. "É terrível que os cinemas tenham decidido não exibir 'A entrevista'. Vão agora tirar de cartaz todos os filmes que receberem ameaças anônimas?", questionou o realizador. Seguindo este mesma linha de raciocínio, o apresentador Jimmy Kimmel se mostrou preocupado com as consequências desta atitude. "É um ato de covardia não americano que valida atos terroristas e abre um precedente terrível.", admitiu o apresentador.

Atualizado 

Quem também se posicionou contra a decisão da Sony foi o presidente norte-americano Barack Obama. Em um anúncio oficial, o presidente confirmou que o estúdio cometeu um erro. "Entendo a preocupação do estúdio, que sofreu significantes perdas, mas acho que cometeram um erro. Não podemos ter uma sociedade em que algum ditador,  em algum lugar, começa a impor censura aqui nos Estados Unidos. Eu gostaria que eles tivessem falado comigo antes, porque teria dito para não se intimidarem com esses ataques criminoso". Obama lembrou também que essa postura pode abrir um precedente perigoso, não só no cinema, como também na televisão e nas noticias. "Porque se alguém é capaz de intimidar o lançamento de uma comédia, imagine o que vão começar a fazer quando virem um documentário ou notícias de que não gostam” completou Barack Obama. Logo após esse pronunciamento, a Sony veio a público para confirmar que não partiu dela o cancelamento, mas sim das distribuidoras, que temeram ataques às salas que exibissem o filme.

A expectativa agora fica pelo lançamento em circuito internacional do longa, já que segundo a Variety o estúdio já analisa a possibilidade de lançar o longa através de serviços On Demand, como o Netflix e a Amazon Video. Já em solo brasileiro, segundo a assessoria de imprensa do estúdio, o lançamento está suspenso "até segunda ordem". 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Cinemaniac Indica (Ligados pelo Amor)

Antes de brilhar à frente da elogiada adaptação do romance teen A Culpa é das Estrelas, o diretor Josh Boone já havia mostrado boa parte do seu talento no agradável drama Ligados pelo Amor. Tendo em mãos um elenco realmente talentoso, capitaneado por nomes como Greg Kinnear (Pequena Miss Sunshine), Jennifer Connely (Uma Mente Brilhante), Lily Collins (Espelho, Espelho Meu) e Logan Lerman (Noé), Boone traça um relato expressivo sobre as imperfeições do amor. Apresentando personagens com personalidades completamente opostas, exploradas na medida certa pelo argumento, o longa conquista não só pela inspirada trama, como também pela forma quase poética com que ressalta as falhas de cada um dos membros da família Borgens.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ainda inédito nos EUA, novo Hobbit já ultrapassa a marca dos US$ 120 milhões nas bilheterias internacionais


A última viagem pela Terra Média promete ser uma das mais rentáveis para os estúdios Warner. Ainda inédito nos EUA, o longa só estreia por lá no próximo fim de semana, O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos ultrapassou em apenas cinco dias a marca dos US$ 122 milhões nas bilheterias internacionais. Impulsionado pelos bons desempenhos em alguns países da Europa, com destaque para os US$ 19 milhões conseguidos na Alemanha, o capítulo final da nova trilogia dirigida por Peter Jackson também teve uma promissora estreia em solo brasileiro. Lançado em mais mil salas, O Hobbit 3 somou em sua estreia R$ 16.9 milhões, desbancando Jogos Vorazes - A Esperança (Parte 1) e se tornando a maior bilheteria deste final de semana. A expectativa agora é que o longa possa superar os US$1,17 bilhão conseguidos por O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, primeiro capítulo da saga do carismático Bilbo Bolseiro (Ian Holm\Martin Freeman). 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Birdman lidera a lista de indicações ao Critics Choice Awards


A comédia dramática Birdman liderou as indicações ao Critics Choice Awards, prêmio dado pelos críticos representantes da Broadcast Film Critics Association. Dirigido por Alejandro González Iñárritu, o longa estrelado por Michael Keaton recebeu 13 indicações, incluindo Melhor Filme, Direção, Ator e Elenco, deixando para trás O Grande Hotel Budapeste, que manteve o fôlego com 11 indicações, e Boyhood - Da Infância à Juventude, com oito indicações. Considerada uma das principais prévias para o Oscar, ao lado do Globo de Ouro e do SAG Awards, o vencedores do Critics Choice Awards serão divulgados no dia 15 de janeiro. Confira abaixo a lista completa. 

Melhor Filme

"Birdman"
"Boyhood - Da Infância à Juventude"
"Garota Exemplar"
"O Grande Hotel Budapeste"
"O Jogo da Imitação"
"O Abutre"
"Selma"
"A Teoria de Tudo"
"Invencível"
"Whiplash"

Melhor Diretor

Wes Anderson – "O Grande Hotel Budapeste"
Ava DuVernay – "Selma"
David Fincher – "Garota Exemplar"
Alejandro González Iñárritu – "Birdman"
Angelina Jolie – "Invencível"
Richard Linklater – "Boyhood - Da Infância à Juventude"

Melhor Ator

Benedict Cumberbatch – "O Jogo da Imitação"
Ralph Fiennes – "O Grande Hotel Budapeste"
Jake Gyllenhaal – "O Abutre"
Michael Keaton – "Birdman"
David Oyelowo – "Selma"
Eddie Redmayne – "A Teoria de Tudo"

Melhor Atriz
Jennifer Aniston – Cake
Marion Cotillard – Dois Dias, Uma Noite
Felicity Jones – A Teoria de Tudo
Julianne Moore – Still Alice
Rosamund Pike – Garota Exemplar
Reese Witherspoon – Livre

Melhor Ator Coadjuvante

Josh Brolin – Vício Inerente
Robert Duvall – O Juiz
Ethan Hawke – Boyhood - Da Infância à Juventude
Edward Norton – Birdman
Mark Ruffalo – Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo
J.K. Simmons – Whiplash: Em Busca da Perfeição

Melhor Atriz Coadjuvante

Patricia Arquette – Boyhood - Da Infância à Juventude
Jessica Chastain – A Most Violent Year
Keira Knightley – O Jogo da Imitação
Emma Stone – Birdman
Meryl Streep – Caminhos da Floresta
Tilda Swinton – Expresso do Amanhã

Melhor Ator ou Atriz Novato(a)

Ellar Coltrane – Boyhood - Da Infância à Juventude
Ansel Elgort – A Culpa é das Estrelas
Mackenzie Foy – Interestelar
Jaeden Lieberher – Um Santo Vizinho
Tony Revolori – O Grande Hotel Budapeste
Quvenzhane Wallis – Annie
Noah Wiseman – The Babadook

Melhor Elenco

Birdman
Boyhood - Da Infância à Juventude
O Grande Hotel Budapeste
O Jogo da Imitação
Caminhos da Floresta
Selma

Melhor Diretor

Wes Anderson – O Grande Hotel Budapeste
Ava DuVernay – Selma
David Fincher – Garota Exemplar
Alejandro González Iñárritu – Birdman
Angelina Jolie – Invencível
Richard Linklater – Boyhood - Da Infância à Juventude

Melhor Roteiro Original

Birdman – Alejandro G. Inarritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris, Jr., Armando Bo
Boyhood - Da Infância à Juventude – Richard Linklater
O Grande Hotel Budapeste – Wes Anderson, Hugo Guinness
O Abutre – Dan Gilroy
Whiplash: Em Busca da Perfeição – Damien Chazelle

Melhor Roteiro Adaptado

Garota Exemplar – Gillian Flynn
O Jogo da Imitação – Graham Moore
Vício Inerente – Paul Thomas Anderson
A Teoria de Tudo – Anthony McCarten
Invencível – Joel Coen & Ethan Coen, Richard LaGravenese, William Nicholson
Livre – Nick Hornby

Melhor Fotografia

Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Interestelar
Sr. Turner
Invencível

Melhor Direção de Arte


Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Vício Inerente
Interestelar
Caminhos da Floresta
Expresso do Amanhã

Melhor Edição

Birdman
Boyhood - Da Infância à Juventude
Garota Exemplar
Interestelar
Whiplash: Em Busca da Perfeição

Melhor Figurino

O Grande Hotel Budapeste
Vício Inerente
Caminhos da Floresta
Malévola
Sr. Turner

Melhor Maquiagem e Cabelo

Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo
Guardiões da Galáxia
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
Caminhos da Floresta
Malévola

Melhores Efeitos Visuais

Planeta dos Macacos: O Confronto
No Limite do Amanhã
Guardiões da Galáxia
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
Interestelar

Melhor Longa de Animação

Operação Big Hero
Festa no Céu
Os Boxtrolls
Como Treinar o Seu Dragão 2
Uma Aventura LEGO

Melhor Filme de Ação

Um Sniper Americano
Capitão América 2: O Soldado Invernal
No Limite do Amanhã
Corações de Ferro
Guardiões da Galáxia

Melhor Ator em um Filme de Ação

Bradley Cooper – Um Sniper Americano
Tom Cruise – No Limite do Amanhã
Chris Evans – Capitão América 2: O Soldado Invernal
Brad Pitt – Corações de Ferro
Chris Pratt – Guardiões da Galáxia

Melhor Atriz em um Filme de Ação

Emily Blunt – No Limite do Amanhã
Scarlett Johansson – Lucy
Jennifer Lawrence – Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
Zoe Saldana – Guardiões da Galáxia
Shailene Woodley – Divergente

Melhor Comédia

Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Um Santo Vizinho
Top Five
Anjos da Lei 2

Melhor Ator em Comédia

Jon Favreau – Chef
Ralph Fiennes – O Grande Hotel Budapeste
Michael Keaton – Birdman
Bill Murray – Um Santo Vizinho
Chris Rock – Top Five
Channing Tatum – Anjos da Lei 2

Melhor Atriz em Comédia
Rose Byrne – Vizinhos
Rosario Dawson – Top Five
Melissa McCarthy – Um Santo Vizinho
Jenny Slate – Obvious Child
Kristen Wiig – The Skeleton Twins

Melhor Filme de Terror ou Ficção Científica

The Babadook
Planeta dos Macacos: O Confronto
Interestelar
Expresso do Amanhã
Sob a Pele

Melhor Filme Estrangeiro

Força Maior
Ida
Leviatã
Dois Dias, Uma Noite
Wild Tales

Melhor Documentário

Citizenfour
Glen Campbell: I’ll Be Me
Jodorowsky’s Dune
Last Days in Vietnam
Life Itself
The Overnighters

Melhor Música

“Big Eyes” – Lana Del Rey – Grandes Olhos
“Everything Is Awesome” – Jo Li and the Lonely Island – Uma Aventura LEGO
“Glory” – Common/John Legend – Selma
“Lost Stars” – Keira Knightley – Mesmo Se Nada Der Certo
“Yellow Flicker Beat” – Lorde – Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1

Melhor Trilha Sonora

Alexandre Desplat – O Jogo da Imitação
Johann Johannsson – A Teoria de Tudo
Trent Reznor & Atticus Ross – Garota Exemplar
Antonio Sanchez – Birdman
Hans Zimmer – Interestelar

domingo, 14 de dezembro de 2014

Top 10 (Mundos Fantásticos do Cinema)


E neste final de semana chegou aos cinemas O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, capítulo final da segunda trilogia envolvendo o clássico literário de J.R.R Tolkien. Mais uma vez dirigido por Peter Jackson, o longa nos conduzirá por uma última viagem pela Terra Média e os seus orcs, anões, elfos, dragões e, logicamente, hobbits. A Terra Média, no entanto, não foi o único mundo completamente fantástico que o cinema nos apresentou. Aproveitando o sucesso da franquia que nos apresentou personagens como Frodo (Elijah Wood), Smigol (Andy Serkis), Gandalf (Ian McKellen), Aragorn (Viggo Mortensen), Gimli (John Rhys-Davies), Legolas (Orlando Bloom), Bilbo (Martin Freeman), Thorin (Richard Armitage), Bard (Luke Evans) e Smaug (Benedict Cumberbatch), confira dez dos mais espetaculares mundos fantásticos que o cinema nos proporcionou. 

10º Mundo dos Mortos - Festa no Céu (2014)




Uma das melhores animações deste ano, Festa No Céu nos surpreendeu ao apresentar o colorido Mundo dos Mortos da cultura mexicana. Produzido por Guillermo Del Toro (Círculo de Fogo), o longa impressiona ao explorar a vasta cultura do país, que trata o dia de finados de maneira completamente distinta. Na trama, dirigida por Jorge R. Gutierrez, acompanhamos a jornada do jovem Manolo, um toureiro apaixonado que terá de ir ao Mundo dos Mortos para resgatar o seu primeiro amor. Apostando nos principais símbolos da cultura local, o ultra colorido, detalhista e exótico Mundo dos Mortos é um dos pontos altos deste impecável longa. 

9º Desenholândia - Uma Cilada para Roger Rabbit (1988)




Dirigido por Robert Zemeckis, Uma Cilada para Roger Rabbit é um daqueles filmes à frente do seu tempo. Se aproveitando do estopim tecnológico do final da década de 1980, o pai da franquia De Volta para o Futuro nos apresentou a Desenholândia, um mundo onde humanos e desenhos pareciam coexistir da melhor forma possível. Apesar da verossimilhança com uma cidade comum, a presença de desenhos animados deu a este longa uma atmosfera realmente inesquecível. Uma mistura inusitada de violência e desenhos animados, nos apresentado pelo surtado Roger Rabbit e pelo detetive vivido pelo saudoso Bob Hoskins. 

8º Tão, Tão Distante - Shrek (2001)




Subvertendo os tradicionais contos de fadas, a DreamWorks Pictures resolveu apostar as suas fichas na irônica e despretensiosa animação Shrek. Colocando um ogro como o grande herói, um burro falante como o seu fiel escudeiro, uma fada madrinha como a vilã e o príncipe encantado como um tipo extremamente afetado, o longa dirigido Andrew Adamson e Vicky Jenson nos apresentou ao exótico reino do Tão, Tão Distante. Tentando se manter verossímil com relação a elementos da vida real, principalmente ao fazer piadas com o universo de Hollywood, o longa criou um fantástico mundo aonde celebres personagens das histórias conviviam de uma forma completamente alternativa. Um mundo tão fantástico, tão carismático, que acabou rendendo mais quatro continuações, se tornando assim um dos grandes expoentes da animação neste novo século. 

7º Submundo - O Labirinto do Fauno (2006)




Olha o Guillermo Del Toro de volta a esta lista. Responsável pela direção de O Labirinto do Fauno, longa indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Del Toro mostrou o seu verdadeiro talento para Hollywood ao conceber esta sensível fábula social. Narrado durante o final da Segunda Grande Guerra, na derrocada do fascismo espanhol, o longa acompanha as desventuras da jovem Ophelia (Ivana Baquero), uma menina sonhadora que se muda com a mãe para um acampamento militar comandado pelo autoritário e violento padastro (Sergi Lopez). Lá, em meio a problemática gravidez de sua mãe, Ophelia descobre que é a reencarnação de uma princesa do submundo, um local mágico e misterioso onde fadas, faunos e a bondade imperava. Disposta a reencontrar o seu pai, rei deste mundo fantástico, Ophelia terá que realizar três missões para finalmente voltar ao lugar de onde não deveria ter saído. Sem dúvida um trabalho espetacular de Del Toro, que verdadeiramente impressiona ao apresentar um relato fantástico sobre um dos períodos mais hostis e violentos da história espanhola. 

6º Nárnia - As Crônicas de Nárnia (2004)




Em meio aos fenômenos de O Senhor dos Anéis e Harry Potter, As Crônicas de Nárnia conseguiu fazer o seu barulho em 2004. Diferente de muitas outras franquias inspiradas em obras literárias, que acabaram naufragando diante do sucesso destas duas grandiosas franquias, a adaptação dos livros de C.S Lewis conseguiu encontrar o seu espaço junto aos fãs das grandes aventuras cinematográficas. Apresentando a jornada de quatro jovens que, durante a Segunda Guerra Mundial, acabam sendo transportados para o mágico reino de Nárnia, o longa impressionou pelo cuidado ao recriar este universo fantástico da obra de Lewis, com direito a animais falantes, reino de gelo e o onipresente leão Aslan (Liam Neeson). O sucesso do primeiro longa foi tão satisfatório, que outras duas partes da obra chegaram aos Cinemas. 

5º Pandora - Avatar (2009)



Maior bilheteria da história do cinema, Avatar é um daqueles trabalhos que pode ser considerado um divisor de águas cinematográfico. Dirigido por James Cameron, que já havia concebido o arrasa quarteirões chamado Titanic (1997), o longa impressionou não só pelo seu pioneirismo técnico, mas também por nos apresentar a um mundo completamente fantástico chamado Pandora. Na trama, após os recursos naturais da terra se esgotarem, forças militares chegam a este planeta com a intenção de dominar os Na'vi, povo local. Um militar cadeirante, no entanto, se encanta pela exótica realidade deste planeta, se opondo a investida do exército neste território. Apostando numa engajada mensagem em defesa da natureza, Cameron é primoroso ao conceber este mundo, repleto de criaturas fantásticas, gigantescas plantações e muitas cores. Uma construção tão rica em expressivos detalhes que só deu mais peso a esta espécie de Romeu e Julieta Sci-Fi. 

4º Terra do Nunca - Hook - A Volta do Capitão Gancho (1991)




Um dos mundos fantásticos mais reconhecidos da cultura pop, a Terra do Nunca já passou pelo teatro, pelos livros, pelo cinema e também pelas séries de TV. Criado por J.M Barrie para uma peça teatral, Peter Pan, Wendy e a espetacular Terra do Nunca ganharam versões realmente elogiadas, como a animação da Disney de 1953, o drama Em Busca da Terra do Nunca, de 2004, e logicamente Hook - A Volta do Capitão Gancho. Dirigido por Steven Spielberg, o longa tratou de explorar o universo mágico de Neverland, contando com a inspirada atuação do saudoso Robin Williams. Um mundo colorido, leve, e descontraído, aonde as crianças imperavam e relutavam em crescer. 

3º País das Maravilhas - Alice no País das Maravilhas (1951)



Um dos maiores clássicos da literatura infantil, Alice no País das Maravilhas nos apresentou ao fantástico mundo criado pelo escritor Lewis Carroll. Apostando no nonsense e em criaturas inusitadas, o escritor teve a sua obra adaptada das mais inúmeras formas, com destaque para as versão animada da Disney em 1953 e para o live-action do diretor Tim Burton em 2010. Apresentando as desventuras da jovem Alice no misterioso Wonderland, as duas versões capturaram com habilidade toda a excentricidade da criação de Carrol, com seus personagens insanos, rainhas tiranas e criaturas absurdas, com destaque para o Chapeleiro Maluco, A Rainha de Copas e o neurótico Coelho Branco. 

2º Mundo dos Bruxos - Harry Potter (2001-2011)




Baseada na aclamada franquia literária de J.K Rowling, Harry Potter conduziu a infância e a adolescência de uma geração de fãs deste fantástico universo bruxo. Apesar de não ter um nome específico, este território criado por Rowling, simbolizado principalmente pela escola Hogwarts, é de uma vastidão realmente impressionante, sendo muito bem explorado ao longo dos oito filmes lançados. Repleto de criaturas mágicas, o misterioso Mundo dos Bruxos existia paralelamente ao Mundo dos Trouxas, se inspirando nas paisagens tipicamente inglesas, com direito a becos estreitos, lojas envelhecidas e toda grandiosidade do Castelo de Hogwarts. Um espetáculo visual muito bem capturado pelos realizadores, transformando a franquia Harry Potter num dos maiores fenômenos da última década. 

1º Oz - O Mágico de Oz (1939)




O grande percursor destes mundos cinematográficos, no entanto, é logicamente o espetacular trabalho apresentado em O Mágico de Oz (1939). Numa época em que os efeitos digitais não sonhavam em existir, e que os grandes cenários realmente eram construídos, O Mágico de Oz se tornou um dos símbolos da magnitude do cinema Hollywoodiano. Numa das produções mais complexas deste período, que já foi bem detalhada no nosso especial sobre este longa, o diretor Victor Fleming deu cores e movimentos ao clássico literário de L. Frank Baum. Durante as aventuras de Dorothy na terra Mágica de Oz, conhecemos não só a icônica Estrada dos Tijolos Amarelos e o Castelo das Esmeraldas, como também as bruxas Malvada do Oeste e do Leste, a bondosa Glinda e os inesquecíveis Leão, Espantalho e Homem de Lata. Um universo tão vasto, colorido e detalhado, que acabou se tornando o grande símbolo do advento das cores em Hollywood.

Menções Honrosas

- Labirinto do Rei Duende - Labirinto: A Magia do Tempo (1986)


Como se não bastassem os espetaculares cenários e os muppets duendes, David Bowie e Jennifer Connelly dão um charme todo especial a este cenário.

- Terra de Fantasia - História sem Fim (1984)


Harry Potter nem sonhava em fazer sucesso quando Bastian nos apresentou a Terra da Fantasia em História sem Fim.

- Terabítia - Pontes para Terabítia (2007)


Seguindo a onda dos mundos fantásticos imaginário, Terabitia merece destaque nesta lista principalmente por se tratar de um subestimado longa.

- Cidade do Halloween - O Estranho Mundo de Jack (1993)


Nada melhor do que fechar este Top 10 com uma das mais carismáticas animações já concebidas. Uma viagem espetacular conduzida por Henry Sellick e Tim Burton. 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Birdman e Boyhood lideram a lista de indicados ao Globo de Ouro 2015


Foram divulgados agora a pouco os indicados ao Globo de Ouro, prêmio concedido pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood aos melhores longas de 2014. Em cerimônia conduzida pelos atores Kate Beckinsale, Peter Krause, Paula Patton e Jeremy Piven, Birdman, com 7 indicações, Boyhood - Da Infância à Juventude e O Jogo da Imitação, com 5 indicações cada, e A Teoria de Tudo, com 4 indicações, lideraram a lista de favoritos ao prêmio que é uma das principais prévias do Oscar 2015. Uma verdadeira prova da força do cinema independente, que parece ter se aproveitado do morno mercado dos blockbusters deste ano para roubar a cena nas grandes premiações. Pra se ter a noção exata, enquanto Birdman custou modestos US$ 18 milhões e Boyhood irrisórios US$ 4 milhões, o "esquecido" Sci-Fi Interestelar, que ficou completamente fora da lista, teve um orçamento de exorbitantes US$ 165 milhões.


As grandes novidades do anúncio, no entanto, ficaram pelas quatro indicações dadas a O Grande Hotel Budapeste, incluindo Melhor Comédia\Musical e Melhor Ator, para Ralph Fiennes, e também para Garota Exemplar, com destaque para David Fincher e a sua nomeação ao prêmio de Melhor Diretor. Ainda no terreno das surpresas, Jennifer Aniston foi novamente lembrada na categoria Melhor Atriz por seu desempenho no drama Cake. Por mais que mutos críticos duvidassem desta possibilidade, a atriz deixou momentaneamente as comédias de lado para brilhar dando vida a uma mulher abatida e completamente distante dos seus mais corriqueiros trabalhos. Voltando as surpresas, a jovem Quvenzahné Wallis (Indomável Sonhadora) chamou novamente a atenção ao receber uma indicação como Melhor Atriz de Comédia ou Musical e a animação Festa No Céu desbancou alguns favoritos e figurou na lista final entre os melhores longas do gênero. Confira abaixo a lista de indicados ao Globo de Ouro 2015, cerimônia que será realizada no próximo dia 11 de janeiro. 

MELHOR FILME DRAMÁTICO

"O Jogo da Imitação"

"Boyhood - Da Infância à Juventude"

"A Teoria de Tudo"

"Selma"

"Foxcatcher - A História que Chocou o Mundo"

MELHOR FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL

"Caminhos da Floresta"

"Birdman"

"O Grande Hotel Budapeste"

"Pride"

"Um Santo de Vizinho"

MELHOR ATOR EM FILME DRAMÁTICO

Benedict Cumberbatch - "O Jogo da Imitação"

Eddie Redmayne - "A Teoria de Tudo"

Steve Carell - "Foxcatcher - A História que Chocou o Mundo"

David Oyelowo - "Selma"

Jake Gyllenhaal - "O Abutre"

MELHOR ATRIZ EM FILME DRAMÁTICO

Julianne Moore - "Para Sempre Alice"

Reese Witherspoon - "Livre"

Rosamund Pike - "Garota Exemplar"

Felicity Jones - "A Teoria de Tudo"

Jennifer Aniston - "Cake"

MELHOR ATOR EM FILME OU COMÉDIA MUSICAL

Michael Keaton - "Birdman"

Ralph Fiennes - "O Grande Hotel Budapeste"

Bill Murray - "Um Santo de Vizinho"

Joaquin Phoenix - "Vício Inerente"

Christoph Waltz - "Grandes Olhos"

 
MELHOR ATRIZ EM FILME OU COMÉDIA MUSICAL

Emily Blunt - "Caminhos da Floresta"

Amy Adams - "Grandes Olhos"

Julianne Moore - "Mapa para as Estrelas"

Helen Mirren - "A 100 Passos de um Sonho"

Quvenzahné Wallis - "Annie"

MELHOR ATOR COADJUVANTE

J.K. Simmons - "Whiplash: Em Busca da Perfeição"

Edward Norton - "Birdman"

Mark Ruffalo - "Foxcatcher - A História que Chocou o Mundo"

Ethan Hawke - "Boyhood - Da Infância à Juventude"

Robert Duvall - "O Juiz"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Patricia Arquette - "Boyhood - Da Infância à Juventude"

Meryl Streep - "Caminhos da Floresta"

Emma Stone - "Birdman"

Keira Knightley - "O Jogo da Imitação"

Jessica Chastain - "A Most Violent Year"

MELHOR DIRETOR

Alejandro González Iñárritu - "Birdman"

Richard Linklater - "Boyhood - Da Infância à Juventude"

David Fincher - "Garota Exemplar"

Ava DuVernay - "Selma"

Wes Anderson - "O Grande Hotel Budapeste"

MELHOR ROTEIRO

"Birdman"

"Boyhood - Da Infância à Juventude"

"O Jogo da Imitação"

"Garota Exemplar"

"O Grande Hotel Budapeste"

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

"Uma Aventura Lego"

"Como Treinar o seu Dragão 2"

"Operação Big Hero 6"

"Os Boxtrolls"

"Festa no Céu"

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

"Ida"

"Força Maior"

"Leviathan"

"Gett"

"Tangerine Mangerine"

MELHOR TRILHA SONORA

"A Teoria de Tudo"

"Interstelar"

"O Jogo da Imitação"

"Garota Exemplar"

"Birdman"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

"Glory" - "Selma"

"Mercy is" - "Noé"

"Yellow Flicker Beat" - "Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1"

"Big Eyes" - Grandes Olhos

"Opportunity" - Annie