sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Top 10 | Filmes de Máfia


Um dos filmes mais aguardados do ano estreou nesta semana na Netflix. O Irlandês (leia a minha crítica aqui) é uma espécie de Os Vingadores dos filmes de máfia. Uma das grandes legendas da história do cinema, o diretor Martin Scorsese usou o seu prestígio para reunir alguns dos seus principais colaboradores (e ícones da sua geração) numa obra gigantesca. Uma produção cada vez mais rara em Hollywood. Poucos subgêneros, aliás, me fascinam tanto quanto os populares “filmes de máfia”. A classe, a elegância, o senso cumplicidade, o particular código de ética. Igualmente “encantados” por este violento submundo, nomes como os de Francis Ford Coppola, Sergio Leone, Brian de Palma, Ridley Scott e claro o próprio Scorsese ajudaram a pavimentar uma estrada repleta de grandes longas. Títulos complexos, com personagens tridimensionais e conflitos estritamente humanos. Para celebrar a estreia de O Irlandês, neste Top 10 decidi pagar uma dívida comigo mesmo e preparar uma lista com os melhores filmes de máfia de todos os tempos. Uma missão dificílima. Espero não entrar para a lista negra de nenhum fã de cinema. Dito isso, começamos com...

10º Desafio no Bronx (1993)


Desafio no Bronx marcou o meu primeiro contato com os filmes de máfia. E que belo contato. Dirigido por Robert De Niro, que, àquela altura, já havia protagonizado alguns dos maiores filmes do subgênero da história, o longa estrelado por Chazz Palminteri invadiu este violento universo sob uma perspectiva afetiva ao narrar a jornada de um jovem que cresceu “protegido” pelo chefão do crime local. Com um olhar humano sobre o tema, De Niro desmistifica as coisas ao expor a realidade por trás do fascínio exercido pela máfia ítalo-americana. Embora Palminteri esbanje carisma na pele do mafioso Sonny, o longa enxerga a situação sob uma óptica mais ampla ao mostrar o perigo escondido naquilo tudo, ao revelar os dilemas morais, ao investigar o preconceito racial no submundo do crime organizado. Na pele de uma preocupada figura paterna, De Niro surge como um interessante contraponto, o choque de realidade que faz de Desafio no Bronx um filme de máfia singular.

9º Estrada para Perdição (2002)


De uma elegância sem tamanho, Estrada para Perdição é provavelmente o título mais subestimado desta lista. Sob a refinada batuta de Sam Mendes, o longa estrelado por Tom Hanks acompanha as desventuras de um silencioso assassino da máfia diante de uma abrupta mudança de comando. Com um elenco primoroso em mãos, Paul Newman, Jude Law, Daniel Craig estão igualmente soberbos em cena, Mendes se aproxima de elementos do cinema ‘noir’ ao desbravar a crise de uma “família” do crime organizado numa perspectiva sombria, vil e silenciosa. Impulsionado pela magnífica performance de Hanks, intenso ao dar vida a um homem acuado assombrado pelo seu passado, o cineasta é habilidoso ao renegar alguns elementos clássicos do gênero. Tudo é mais perverso aqui. O filme é movido por personagens nem sempre virtuosos. O código de ética da máfia aqui não tem muita vez. É cada um por si. Com algumas das mais vistosas sequências de ação da história recente do cinema, o tiroteio na chuva é digno de moldura, Estrada Para Perdição é um filme de máfia robusto, tenso e dramático. Uma obra sobre traição, legado e violência.

8º Cassino (1995)


O primeiro filme de Martin Scorsese desta lista, Cassino desembarca em Las Vegas para narrar a jornada de ascensão e decadência de um homem que transformou a sua vida numa grande aposta. Com Robert De Niro (olha ele de novo) na pele de Ace, um “Ás” da jogatina que logo cai nas graças de um chefão do crime organizado, o longa invade o submundo da jogatina ao levar para a tela grande uma trama baseada em fatos. Embora não traga nada de muito novo em relação ao gênero, Scorsese é habilidoso ao mostrar os dois lados deste universo. Os sonhos e os pesadelos. O luxo e o ostracismo. A segurança e a vulnerabilidade. Cassino renega a natureza classicista do subgênero ao enxergar a derrocada de um modelo. O fim de uma era. A deterioração dos ítalo-americanos. Com Joe Pesci, Sharon Stone e James Woods no elenco, Cassino escancara as sequelas causadas pela ambição desenfreada num filme sobre os dois lados de uma perigosa moeda. Uma hora a banca cobra a sua dívida.

7º Donnie Brasco (1997)


O que mais me fascina em Donnie Brasco é a sua natureza. Ao contrário da grande maioria dos filmes de máfia, geralmente narrados sob a perspectivas de homens fortes\poderosos\perigosos, o longa dirigido por Mike Newell reoxigenou o gênero ao invadir a intimidade de um mero peão. Lefty era um fiel escudeiro com pretensões. Um homem que, após anos de serviços prestados, esperava a sua grande chance. Queria crescer na família. Se aproximar do topo. Sua idade, porém, mostrava justamente o contrário. Com um olhar humano sobre o tema, o realizador invade a intimidade de um homem cansado de servir, de não confiar, de viver das sobras do poder. No embalo da extraordinária atuação de Al Pacino, muito mais contido e sereno do que de costume, Newell encontra em Donnie Brasco a oportunidade de falar sobre a decadência dentro de um contexto singular. Lefty baixa o escudo, se aproxima de quem não deveria, o policial vivido por Johnny Depp. Existe sinceridade na relação entre eles. Existe melancolia. Existe esperança. Sentimentos que na maioria das vezes não dão as caras em filmes sobre a máfia. O que só torna tudo mais dramático. No fim, Donnie Brasco é também uma obra sobre o ato de envelhecer e as idiossincrasias desta fase da vida.

6º Os Infiltrados (2006)


Um dos longas mais imprevisíveis da história recente da Sétima Arte, Os Infiltrados é uma obra nervosa. Remake do chinês Conflitos Internos (2002), o inquietante longa estrelado por Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson e Mark Wahlberg invade o submundo da máfia sob uma perspectiva tênue e insinuante. Quem é o vilão? Quem é o herói? Quem quer sobreviver? Quem quer prosperar? Extraindo o máximo do seu poderoso elenco, Scorsese atualiza a ordem das coisas ao trazer a desconfiança para o centro da trama. Ninguém confia em ninguém. Neste meio os inocentes são logo descartados. Com uma trilha sonora enérgica, o cineasta coloca o espectador numa montanha russa de emoções ao mostrar o jogo de gato e rato entre um policial infiltrado na máfia e um mafioso infiltrado na polícia. O resultado é uma obra implacável. Tal qual na vida real, um mísero passo em falso é punido com severidade. Esqueça código de ética. Esqueça a importância da “família”. A máfia aqui é regida pela violência, pela desconfiança e pela sede por poder. É a lei dos mais fortes. Ou talvez dos mais inteligentes. Um thriller poderoso.

5º Os Bons Companheiros (1990)


Daqui para frente é o ‘creme de la creme’ dos filmes de máfias. Qualquer um dos próximos quatro filmes poderia ser o líder desta lista. O que fica bem claro quando nos deparamos com o primoroso Os Bons Companheiros. Conduzido com peso e energia por Martin Scorsese, o longa estrelado por Ray Liotta escancara o rastro de sangue deixado pelo crime organizado ítalo-americano ao acompanhar a jornada de três homens “unidos” pela máfia. Mais uma vez temos um protagonista seduzido pelo poder. Henry queria ser gangster desde jovem. Era um instrumento de ascensão atrativo. Todos que habitavam aquele mundo eram temidos, ricos, respeitados. Existe uma grande diferença, porém, entre olhar de longa distância e habitar neste mundo. Algo que Scorsese faz questão de frisar aqui. Os Bons Companheiros pinta um retrato urbano sobre o tema. Por trás do ‘glamour’ existe ganância, violência, agressividade, ameaças. O diretor usa a máfia e figura de Henry (Liotta) para questionar a distorção do sonho americano. Scorsese estica a corda para mostrar até onde um homem está disposto a ir para conseguir aquilo que acreditava ter por direito. Uma rotina de sacrifícios, de vícios, de expectativas e frustrações. Com uma linguagem pop, Scorsese coloca em cheque alguns dos “valores” tradicionais dos filmes de máfia ao invadir um círculo vicioso. O poderoso de hoje é o amedrontado de amanhã. Figuras como o lúcido chefe vivido por Robert De Niro (mais uma vez aqui) e o instável “cão de guarda” interpretado por Joe Pesci só tornam a balança moral do protagonista mais desequilibrada. Repleto de diálogos memoráveis, Os Bons Companheiros é uma verdadeira crônica sobre o mundo do crime e o alto preço que alguns estão dispostos a pagar para alcançar o sucesso.

4º O Irlandês (2019)


De volta ao subgênero que o consagrou após treze anos, seu último trabalho neste universo foi o implacável Os Infiltrados (2006), Martin Scorsese decide revisitar os filmes de máfia (e a história dos EUA por tabela) sob um ponto de vista calejado e melancólico em O Irlandês. Seu novo filme passeia pelo passado com dor, com dramaticidade, com pesar. Como se só agora, do alto dos seus 77 anos, tal qual o seu complexo protagonista, ele tivesse finalmente enxergado o todo. Não existe espaço para o sentimentalismo aqui. O silêncio nunca foi tão devastador. Um retrato revisionista sobre o destino daqueles que fizeram da morte a sua profissão. No auge da sua maturidade, Scorsese troca o ritmo frenético de Os Bons Companheiros (1990) por um sereno ar melancólico, desbravando o turbilhão de emoções de um grupo de homens reprimidos pela natureza bruta do mundo em que habitam. Por trás dos enquadramentos dignos de moldura, dos planos criativos que parecem cansados de "pintar a tela de vermelho", dos espantosos efeitos digitais de rejuvenescimento facial, da elegante fotografia em tons frios\amadeirados de Rodrigo Prieto (Argo) e do primoroso trabalho da equipe de direção de arte reside talvez a obra mais franca de Scorsese desde a sua fase inicial. Um filme gigante em seu aspecto artístico, mas pessoal em sua proposta. Sem medo de errar, o mais profundo título do subgênero desde O Poderoso Chefão 2.

3º Scarface (1981)


Os Bons Companheiros só não é o melhor filme de máfia “moderno” porque Scarface foi lançado alguns anos antes. Com Al Pacino na pele do icônico gangster Tony Montana, Brian de Palma mostrou a ascensão dos latinos ao poder do crime organizado numa epopeia movida pela ambição, pela violência e por quilos de cocaína. Reconhecido pela sua enérgica assinatura, o cultuado realizador se distanciou da visão clássica do subgênero ao renegar o conceito de família. Scarface trata o crime organizado como - infelizmente – uma das poucas formas de ascensão social para um imigrante. Consciente disso, De Palma é habilidoso ao ir além da violência pela violência ao preencher a trama com sentimentos como raiva, indignação, amargura. Após anos convivendo com nada, Tony quer tudo. A sua ambição cresce proporcionalmente com o seu poder. De Palma trata a jornada do gangster sob uma perspectiva individualizada. As suas ações afastam aqueles que se fortaleceram ao seu lado. Mais do que um grande filme de máfia, Scarface surge como um dos retratos mais verossímeis sobre o efeito da ganância na rotina de um homem disposto a viver o sonho americano na base da força.

2º O Poderoso Chefão 2 (1974)


Imagine você a responsabilidade de um diretor em tirar do papel a sequência para um filme do nível de O Poderoso Chefão. Gigantesca. O que Francis Ford Coppola fez, entretanto, foi entregar bem mais do que qualquer esperava. O Poderoso Chefão 2 é um triunfo do cinema. Uma continuação exemplar. Ao invés de se aprofundar na história de Michael Corleone (Al Pacino) agora como o grande líder do seu clã, o realizador foi além ao retornar ao passado para revelar como Don Corleone (Marlon Brando) chegou ao poder. Mais do que simplesmente expugnar a raiz da família Corleone, Coppola tornou tudo mais complexo ao criar um rico paralelo entre pai e filho. Com Robert De Niro (mais uma vez aqui) na pele do jovem Vitto Corleone, o cineasta espelhou os arcos dos dois personagens com a intenção de estudar os seus pecados e virtudes. O que Michael e Vitto estão dispostos a sacrificar. Até onde eles estão dispostos a ir para conquistar o respeito, o poder, o território. Em um único filme, Coppola consegue entender o passado, investigar o presente e sugerir o futuro de Michael, realçando as diferenças entre pai e filho nas suas respectivas cavalgadas rumo ao topo. O que, de fato, diminui o impacto de O Poderoso Chefão 3, que, no que diz respeito a jornada de Michael, se torna bem mais previsível devido ao senso de completude desta segunda parte.

1º O Poderoso Chefão (1972)


E o primeiro lugar desta lista não poderia ser de outro. O Poderoso Chefão ditou as regras do que viria a se tornar o subgênero filme de máfia. Um filme literalmente sobre família, sobre elos de irmandade, sobre o corrosivo efeito do poder na identidade de um homem. Com base no primoroso texto de Mario Puzzo, Francis Ford Coppola invadiu a intimidade da família Corleone numa obra robusta. Um universo de ricos personagens, tramas complexas, homens e mulheres de naturezas distintas. Ao longo de quase quatro horas, o diretor narra a jornada de um homem comum, idealista, obrigado a entrar num mundo que não era seu. Coppola brilha ao explorar o ar fatídico do texto de Puzzo. Ao realçar a fragilidade de um ambiente de aparente glamour e poder. Tudo é muito efêmero. As palavras ganham um novo significado. Os gestos um novo sentido. Um aperto de mão vale mais do que um contrato assinado. Um sorriso pode ser mais ameaçador do que um xingamento. O Poderoso Chefão é uma obra ao mesmo tempo profunda e delicada, gigante e detalhista. Um filme para se ver, rever, assistir diversas vezes sempre que quisermos conferir o que de melhor o cinema moderno tem a oferecer.

Menções (Muito) Honrosas

- O Gangster (2007)


Esse por bem pouco não esteve no Top 10. Assim como Scarface, O Gangster encontrou no subgênero dos filmes de máfia a oportunidade de tecer comentários mais profundos sobre desigualdade, conflitos raciais e injustiça social. Inspirado em fatos, o longa dirigido por Ridley Scott encontrou na figura de Denzel Washington a complexidade para propor um estudo de personagem intenso, com uma sólida carga dramática e uma perspicaz dicotomia entre os estilos de vida daquele que fere a lei e daquele que a protege. Com a brilhante performance de Ruby Dee, majestosa como a imponente matriarca, O Gangster sugere um olhar humano sobre um mundo em que só os fortes são capazes de prosperar. 

- Senhores do Crime (2012)


O filme de máfia de David Croenenberg só poderia ser sobre uma família russa. Pesado, visceral, mas também humano, Senhores do Crime é uma obra sensível sobre um mundo áspero. Esqueça o virtuosismo. Esqueça o glamour. Esqueça o código moral. Estamos diante de uma obra essencialmente suja, com personagens perversos, um meio vil. Diante de tudo isso, porém, Croenenberg enxerga a virtude na figura de um assassino profissional disposto a morder a mão daquele que o alimentava. Viggo Mortensen encara um anti-herói com motivações justas, um homem em busca de respostas. O diretor acerta enxergar a humanidade além da violência, ao investir na tridimensionalidade, na construção de personagens complexos. O que faz de Senhores do Crime um título indispensável.

- Os Intocáveis (1987)


Desta vez sob a perspectiva dos mocinhos, Brian de Palma retorna aos anos 1950 ao narrar a cruzada de Eliott Ness contra o poderoso chefão Al Capone. Com Kevin Costner e Robert De Niro (o que eu disse?) como protagonistas, o realizador extrai a tensão do tênue jogo de gato e rato entre policiais e mafiosos, mostrando a vulnerável posição dos homens da lei perante a presença da Cosa nostra. Recheado de sequências icônicas, vide a reverente cena da escadaria, Os Intocáveis dá contornos épicos a um corajoso grupo de homens que resolveu desafiar o crime organizado, a opinião pública (que ajudou a criar o mito em torno da máfia) e homens acima da lei.


- Bugsy (1991)


Outra interessante história real sobre os bastidores da máfia, Bugsy narra a desaventurada história do homem que enxergou o futuro antes da maioria. Com Warren Beatty na pele do personagem título, o mafioso que ajudou a “criar” Las Vegas, o longa dirigido por Barry Levinson se encanta pela trajetória de um pioneiro que usou as suas “armas” para construir algo. É legal ver como, assim como muitos outros filmes da lista, o diretor tratar o poder como algo efêmero. O desgaste de Bugsy diante tamanha empreitada não é só físico. Algo que, aos olhos de Levinson, ganha uma conotação bastante dramática. Até mafiosos podem sonhar. E quando um sonho não se concretiza é sempre triste. 

- O Pagamento Final (1993)


O Poderoso Chefão 3 está longe de ser a bomba que muitos pintam. É um filme que amarra com brilhantismo a jornada de Michael Corleone. Com direito a momentos memoráveis. No melhor deles, após um doloroso golpe no seu planejamento, o protagonista clama desesperadamente lamentando o fato. “Quando penso que estou fora eles me puxam de volta”. Uma sequência poderosa que tem muito a dizer sobre O Pagamento Final. Também estrelado por Al Pacino, o longa dirigido por Brian de Palma provoca um misto de sensações ao acompanhar a jornada de um ex-mafioso em busca de redenção. Ele quer esquecer o seu passado. Ele quer colocar uma pedra. Mas existe uma “força” que parece impedi-lo de seguir a sua vida pelo caminho da lei. Com mais uma grande atuação de Pacino, De Palma trata a trajetória do seu protagonista como um drama natural, principalmente pela impotência dele perante o meio em que se acostumou a viver.

3 comentários:

Neuzza Pinheiro disse...

Que maravilha. Os filmes sobre máfia são os que mais me comovem. Uma lista grandiosa, a sua. Estrada para a Perdição...tem uma aura que me arrepia e dá um nó na garganta. Sempre. Tem um amargor, baita amor contido, dor profunda, silêncio e silêncio exato. O filho...Uma grande história, condução magistral de Sam Mendes; e a luz e a música e cenas memoráveis...Uau...
Vi todos, duas, três vezes. E com a sua lista, vou ver tudo de novo. Como se fosse a primeira vez. Ah...só não vi, nunca vi, Bugsy.
Vale sempre. Obrigada pelos comentários tão sensíveis.
Sim, sim, Senhores do Crime, O Gangster...

Neuzza Pinheiro disse...

Que maravilha. Os filmes sobre máfia são os que mais me comovem. Uma lista grandiosa, a sua. Estrada para a Perdição...tem uma aura que me arrepia e dá um nó na garganta. Sempre. Tem um amargor, baita amor contido, dor profunda, silêncio e silêncio exato. O filho...Uma grande história, condução magistral de Sam Mendes; e a luz e a música e cenas memoráveis...Uau...
Vi todos, duas, três vezes. E com a sua lista, vou ver tudo de novo. Como se fosse a primeira vez. Ah...só não vi, nunca vi, Bugsy.
Vale sempre. Obrigada pelos comentários tão sensíveis.
Sim, sim, Senhores do Crime, O Gangster...

ANDREAS NIGG. BANCHIERE DI J SAFRA SARASIN ZURICH. BANCHIERE ANTI MAFIA E NAZISMO ASSASSINO DI SILVIO BERLUSCONI E SUA GANG PEDOFILICA E KILLER! disse...

#CRISTINAROSSELLO: UN AVVOCATO ASSASSINO!

CRISTINA ROSSELLO: UN AVVOCATO ASSASSINO!

È AVVOCATO ASSASSINO: CRISTINA ROSSELLO! È POLITICCHIO BERLUSCONICCHIO ASSASSINO: #CRISTINAROSSELLO DI MASSONERIA CRIMINALE NEO PIDUISTA, DI FORZA ITALIA MAFIOSA #FORZAITALIA MAFIOSA E COMUNIONE E LIBERAZIONE #COMUNIONELIBERAZIONE #COMUNIONEELIBERAZIONE (DOVE MAFIA CON EX AGENTE DI CAMBIO, DA SEMPRE CRIMINALE, GIOVANNI RAIMONDI #GIOVANNIRAIMONDI DI MATER OLBIA SPA #MATEROLBIA SPA, EX POLICLINICO GEMELLI #POLICLINICOGEMELLI, EX RICICLATORE DI CASH MAFIOSO, VIA FAMIGLIA MALAVITOSA LIGRESTI #LIGRESTI, COSA SEMPRE FATTA PURE, DA SUPER DELINQUENTE ED ASSASSINA CRISTINA ROSSELLO #CRISTINAROSSELLO STESSA) ! È POLITICO BERLU$CORROTTO E KILLER: CRISTINA ROSSELLO #CRISTINAROSSELLO! PER CONTO DI PEDOFILI STRAGISTI MASSIMO DORIS #MASSIMODORIS DI CRIMINALISSIMA #MEDIOLANUM MEDIOLANUM, SILVIO BERLUSCONI #SILVIOBERLUSCONI, MARINA BERLUSCONI #MARINABERLUSCONI, PIERSILVIO BERLUSCONI #PIERSILVIOBERLUSCONI E FEDELE CONFALONIERI #FEDELECONFALONIERI, TRAMA A MORTE EROI ANTI MAFIA E NAZISMO DI SOCIETÀ DI COSA NOSTRA: #FININVEST, FININVEST, #MEDIASET MEDIASET, #MFE #MEDIAFOREUROPE MFE MEDIA FOR EUROPE E #MONDADORI MONDADORI!

L'AVVOCATO PEDOFILO, LESBICONE, MASSO^NAZI卐FASCISTA, CORROTTO, LADRO & OMICIDA CRISTINA ROSSELLO DI MAFIOSA E HITLERIANA #FORZAITALIA FORZA ITALIA E DELINQUENZIALI TIPI DI MASSONERIA NEO P2ISTA ASSASSINA, ROTARY #ROTARY ASSASSINO, #LIONSCLUBS LIONS CLUBS ASSASSINI, KIWANIS #KIWANIS ASSASSINI, CLUB DIPLOMATIA #CLUBDIPLOMATIA ASSASSINO, CLUB CANOVA #CLUBCANOVA ASSASSINO, RICICLA TANTI SOLDI MAFIOSI, VIA SUO CRIMINALISSIMO #ROSSELLOFAMILYOFFICE ROSSELLO FAMILY OFFICE DI LONDRA
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LA LECCA FIGA DI RAGAZZINE 11/13 ENNI, LA SCHIFOSA PEDOFILA E KILLER #CRISTINAROSSELLO UNITA AL PEDOFILO ASSASSINO FEDELE CONFALONIERI #FEDELECONFALONIERI DI #MEDIASET MEDIASET ALIAS MAFIASET O #MFE ALIAS MAFIA FOR EUROPE, COMPLOTTANO A MORTE, EROI ANTI MAFIA E NAZISMO DI SILVIO BERLUSCONI #SILVIOBERLUSCONI, #BERLUSCONI, NEL MONDO INTERO!

LA LECCA FIGA DI RAGAZZINE 11/13 ENNI, LA PEDOFILA ED OMICIDA CRISTINA ROSSELLO PROTEGGE PURE SOLDI STRAGISTI E LATITANZE DI MAFIOSI N1 AL MONDO: #MATTEOMESSINADENARO MATTEO MESSINA DENARO E #GIUSEPPEMOTISI GIUSEPPE MOTISI (COPERTA DA NAZI卐LEGHISTA BERLUSCONICCHIO PEDERASTA ED OMICIDA PAOLO BARRAI A DUBAI... FA PURE RIMA... CRIMINALE EFFERATO #PAOLOBARRAI, IMBOSCANTESI A #DUBAI, PER NON FINIRE IN CARCERE A MILANO). LA KILLER SATANICA #CRISTINAROSSELLO, DA TANTI ANNI, ORGANIZZA PURE TANTI OMICIDI MASSO^MAFIOSI DA FAR PASSARE PER FALSI SUICIDI, MALORI ED INCIDENTI. LA TRUFFATRICE LECCA VAGINE DI ADOLESCENTI CRISTINA ROSSELLO, LA PEDOFILA #CRISTINAROSSELLO FU ARTEFICE DEI FALLIMENTI DI #FONSAI E #VENETOBANCA! NON SI SCHIFA "IL MASSONE MAXIMO" #ALBERTONAGEL ALBERTO NAGEL DI #MEDIOBANCA MEDIOBANCA A TENERE IN #SPAFID SPAFID UNA CRIMINALE KILLER, HITLERIANA E MAFIOSA COME CRISTINA ROSSELLO #CRISTINAROSSELLO?

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ED A PROPOSITO DI PEDOFILO ASSASSINO #SILVIOBERLUSCONI SILVIO BERLUSCONI..

#SILVIOBERLUSCONI SILVIO BERLUSCONI É UN SATANISTA PEDOFILO NAZISTA, MAFIOSO E GENOCIDA! SI, É PROPRIO COSÍ! É UN ASSASSINO PEDOFILO, FIGLIO, MARITO, PADRE E MEGA PAGATORE DI PUTTANE: IL SATANISTA NAZISTA, IL SATA卐NAZISTA SBAVA MINORENNI, MAFIOSO, CAMORRISTA, NDRANGHETISTA, STRAGISTA: SILVIO BERLUSCONI DI CRIMINALISSIMA #FORZAITALIA MAFIOSA FORZA ITALIA MAFIOSA, CRIMINALISSIMA #MONDADORI MONDADORI, CRIMINALISSIMA #FININVEST FININVEST, CRIMINALISSIMA #MFE MAFIA FOR EUROPE MFE MAFIA FOR EUROPE, CRIMINALISSIMA #MEDIASET MEDIASET, CRIMINALISSIMA #MEDIASETESPANA MEDIASET ESPANA, CRIMINALISSIMO #ACMONZA AC MONZA, CRIMINALISSIMO #ACMILAN AC MILAN,
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