quarta-feira, 24 de julho de 2019

Estrela de Blade Runner e A Morte Pede Carona, Rutger Hauer morre aos 75 anos


"Eu vi coisas em que as pessoas não acreditariam. Todos esses momentos serão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer." Dono de um dos monólogos mais icônicos da história do cinema, o ator holandês Rutger Hauer faleceu hoje, aos 75 anos, vitima de uma doença repentina não divulgada. A informação é da Variety. Na pele do complexão vilão Roy Batty, um dos inúmeros trunfos do clássico da ficção-científica Blade Runner (1982), o ator ficou reconhecido mundialmente pelo poético improviso que abre este texto, ganhando um status de ícone pop à medida que o então fracassado longa foi redescoberto nos anos seguintes. Reduzir a carreira de Hauer ao sucesso de O Caçador de Androides, no entanto, é um erro. Com uma presença em cena sempre marcante, o versátil ator entregou outras expressivas performances em títulos como Falcões da Noite (1981), O Feitiço de Áquila (1985), A Morte Pede Carona (1986), onde viveu um ameaçador assassino, Fúria Cega (1989) e Buffy: A Caça Vampiros (1992). Algumas verdadeiras pérolas cult dos anos 1980. 


Por mais que, na transição dos anos 1990, Hutger Hauer tenha perdido prestígio dentro da indústria, colecionando alguns fracassos de crítica e pequenas produções, ele seguiu se destacando em títulos do porte de Sin City: A Cidade do Pecado (2005), Batman Begins (2005), O Ritual (2011) e Valerian: A Cidade dos Mil Planetas (2017). Recentemente, aliás, graças ao seu status dentro da cultura pop e a sua imagética presença, Hauer ganhou a chance de conquistar um novo público na popular série vampiresca True Blood. Entre os seus últimos trabalhos estão o thriller de ação Um Dia para Viver (2017), o detonado épico Sansão (2018) e o elogiado faroeste Os Irmãos Sisters (2018). Ao longo da sua vida, Hauer colaborou também com algumas importantes causas sociais, sendo um patrocinados ativo do Greenpeace e fundador da Starfish Association, uma ONG voltada para a conscientização sobre a AIDS. RIP. 

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