quarta-feira, 30 de julho de 2014

Cinemaniac Indica (A Aventura de Kon-Tiki)


Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013, A Aventura de Kon-Tiki é a prova da grande versatilidade do cinema Europeu. Contando com um belíssimo trabalho de fotografia, os diretores Joachim Rønning e Espen Sandberg demonstram um grande respeito ao recontar a incrível jornada do explorador norueguês Thor Heyerdahl. Valorizando os simbolismos e as incertezas em torno do futuro dos personagens, o longa empolga ao reproduzir o aspecto sonhador em torno dos anseios dos seis aventureiros tripulantes.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Conheça Os Guardiões da Galáxia


Grande aposta dos estúdios Marvel, Os Guardiões da Galáxia chega aos cinemas neste final de semana já como um dos longas mais esperados de 2014. Apostando em personagens de menor proporção dentro do Universo Marvel, o longa dirigido por James Gunn promete investir pesado na essência dos filmes da Marvel: a diversão. Após o sucesso de Os Vingadores, e da chamada fase um do estúdio, os produtores enxergaram neste inusitado super-grupo uma alternativa viável para unir todo o gigantesco universo dos personagens dos quadrinhos. Diferente de Os Vingadores, no entanto, aqui os "novos" personagens não terão longas individuais e serão apresentados já como o grupo de super-heróis que atuam numa Terra alternativa do século XXXI. Na verdade, o caminho de Os Vingadores e Os Guardiões da Galáxia já se cruzaram algumas vezes, não só nas HQ's, como também já nos cinemas. Nem todo mundo percebeu, mas o vilão Thanos surge na cena pós-crédito dos Vingadores, e estará presente em Os Guardiões da Galáxia. 


Lançados em 1969, na edição nº 18 da revista Marvel Super-Heroes, Os Guardiões da Galáxia foram concebidos pelos escritores Arnold Drake e Gene Colan. Nesta primeira versão, o super-grupo era composto por Major Vance Astro, um astronauta do século 20, Martinex T'Naga, um humanoide cristalino de Plutão, Capitão Charlie-27, um soldado de Júpiter, e Yondu Udonta, um arqueiro de Beta Centauri IV. Juntos, eles lutavam contra as forças do mal na Terra-691, uma realidade paralela ao nosso planeta Terra. Os principais inimigos dos Guardiões eram a irmandade Badoon, uma raça réptil da Via Láctea, e o ciborgue Korvac. Com a ajuda de outros heróis Marvel, e dos novo integrantes Nikki e StarHawk, os Guardiões acabaram derrotando os seus inimigos. Em cima desta premissa, essa fase original não teve muito êxito, sendo aproveitada somente de forma esporádica. Após um grande limbo sem publicações, no entanto, a equipe foi reiniciada por Dan Abnett e Andy Lanning em Os Guardiões da Galáxia vol.2 (2008). Apostando em uma formação completamente nova, que será a utilizada pela versão cinematográfica, a HQ fez sucesso e deu destaque a esses personagens "underground" do universo Marvel. Vamos então conhecer os principais elementos desta HQ, que promete fazer muito sucesso em todo mundo. 

Senhor das Estrelas (Peter Quill)



Criado em 1976 por Steve Engleheart e Steve Gan, o Senhor Estrelas é o grande líder dos Guardiões da Galáxia. Nascido no planeta Terra, mas atraído pelas estrelas, Quill se tornou um aventureiro interestelar. Uma figura teimosa e carismática, que tem como grande poder a suas armas de alta tecnologia e sua armadura. As primeira imagens, no entanto, deixam em dúvida se o personagem usará sua armadura. Na versão cinematográfica, o Senhor das Estrelas será vivido por Chris Pratt, que recentemente emprestou sua voz para Emmet, o protagonista de Aventura Lego.

Drax, O Destruidor


Originário da HQ Homem de Ferro #55 de 1973, o personagem criado por Mike Friedrich e Jim Starlin, foi concebido para combater o poderoso Thanos. Com uma origem um tanto confusa, Drax é, ou foi, um humano chamado Arthur Douglas, que acabou se transformando em um ser verde e poderoso. Fortalecido com o poder dado por Kronos, Drax tem como único objetivo a vingança. Na verdade, o personagem quer derrotar Thanos para vingar a morte de sua família. Nas HQ's, Drax é quase tão poderoso quanto Hulk. Além de poder voar, ele tem uma super-força brutal e resistência incrível. Na versão cinematográfica, Drax será interpretado pelo não menos gigante e ex-lutador Dave Bautista (Riddick 3).

Gamora


Criada por Jim Starlin, para Journay Into Mistery (1964), Gamora é uma alien da espécie Zen Whoberi que teve seu mundo destruído pelos Badoons. Encontrada e criada por Thanos como uma arma, ela acabou ganhando o titulo de "a mulher mais perigosa do universo." Cansada da vida de crimes, Gamora acaba se unindo aos Guardiões da Galáxia, e sua usando seu super-treinamento em prol das forças espaciais. Seus poderes básicos são a força, velocidade, agilidade e capacidade de cura além do normal. Como se não bastasse isso, ela é perita em armas brancas e também armas de fogo. No cinema, Gamora será interpretada por Zoe Saldana, que tem experiência em personagens do gênero. Vide a sua participação em Avatar.

Rocket Raccoon


Criado por Bill Mantlo e Keith Giffen, para Marvel Preview #7 de 1976, Rocket Raccoon surge como o personagem mais promissor e o grande símbolo desta nova empreitada do Estúdio Marvel. Rocket é um guaxinim, oriundo de um planeta chamado Halfworld, basicamente um colônia abandonada para doentes mentais. Nela, animais eram geneticamente modificados para ter inteligência em um nível humano e um corpo bípede. Com um humor extremamente particular, Rocket Raccon apresenta sintomas de desordem obsessiva compulsiva, mas compensa suas excentricidade com lealdade e trabalho em equipe. Rocket Raccoon se destaca como um ótimo piloto, uma atirador preciso com suas duas pistolas laser e por sua afinidade especial para armas pesadas, como o lançador de misseis que lhe da nome. Nas telonas, Rocket Raccoon será construído em CGI e terá a voz do astro Bradley Cooper (O Lado Bom da Vida). Grande parceiro de Groot.

Groot

Criado pelas lendas Stan lee, Jack Kirby e Dick Ayers, Groot tem a aparência de uma árvore. No entanto, ele vem do planeta X, que é povoado por plantas e sencientes. Com uma inteligência absurdamente grande, Groot é um personagem divertido e que se dá muito bem com Rocket Raccoon. O problema, é que a maioria dos seres do universo só entende “Eu sou Groot” quando ele fala qualquer coisa. Além da sua inteligência, Groot tem conhecimentos em engenharia, mas suas capacidades mais impressionante são as de absorver madeira, regeneração e a de mudar sua forma e sua força. Nos cinemas, Groot será interpretado por Vin Diesel, astro da franquia Velozes e Furiosos.

Outros personagens importantes

- Ronan: O Acusador


O grande vilão do longa, Ronan foi o Acusador Supremo do império kree - uma raça humanoide de extraterrestres que criou um vasto império intergalático - por muitos anos, levando sua justiça aos inimigos de sua raça. Criado por Jack Kirby, Stan Lee o personagem teve sua primeira aparição na HQ do Quarteto Fantástico (1967). Ronan será interpretado por Lee Pace, dos ótimos Dublê de Anjo e o Hobbit e vai trabalhar diretamente para Thanos. 

- Thanos 


Um dos vilões mais conhecidos da Marvel, Thanos apareceu pela primeira vez na HQ do Homem de Ferro (1973). Criado por Jim Starlin, o vilão foi concebido para ser um dos mais poderosos do universo Marvel. Filho de Mentor, governante da lua Titã, Thanos não puxou o lado pacífico de seu pai e correu pelo Universo na busca por poder. A procura do Cubo Mágico, e depois das gemas do Infinito, Thanos busca essa fonte de poder para conseguir destruir o Universo. Vale destacar, aliás, que na cena pós-crédito de Thor 2 as gemas do infinito são citadas, o que dá um indício que essa será uma das motivações de Thanos neste longa. Um dos mais fortes do Universo Marvel, Thanos é capaz de criar e projetar campos de força extremamente poderosos, capaz de impedir ataques de Hulk, Thor e até mesmo de Galactus. Além disso, sua genialidade pode superar a de personagens como Reed Richards, Tony Stark, Bruce Banner, Hank Pym e Adam Warlock. Existe um certo mistério envolvendo esse personagem, que será interpretado por Josh Brolin, mas o fato é que Thanos estará presente em Os Guardiões da Galaxia. A tendência, aliás, é que ele seja introduzido já visando futuras continuações dentro do estúdio. 

- Nebula 

Lançada na HQ dos Vingadores (1985), Nebula é uma maligna personagem que afirma ser a neta de Thanos. Outra das antagonistas do longa, Nebula é uma brutal pirata espacial, modificada ciberneticamente, que não para enquanto não alcança seus objetivos. Em Os Guardiões da Galáxia, Nebula será interpretada por Karen Gillan, conhecida por suas participações em Doctor Who. 

- O Colecionador


Presente na curiosa cena pós-crédito de Thor 2, o Colecionador é uma entidade cósmica de idade, de aparência humanóide e passado misterioso. Ele se dedica a procurar espécimes únicas ou em extinção, às quais aprisiona e estuda, acrescentando-as à sua coleção. Incluindo ai, logicamente, as tais Gemas do Infinito. Assim como na cena pós-crédito, o Colecionador será interpretado pelo ótimo Benicio del Toro. Sua função na trama, no entanto, ainda não foi divulgada.

- Korath, o Perseguidor


Um dos principais aliados de Ronan - O Acusador, Korath é agente extremamente habilidoso do Império Kree, desenvolvido através de um projeto para construir soldados cibernéticos. Além da perícia em lutas, Korath se destaca por sua inteligência e força acima do normal. Em Os Guardiões da Galaxia, Korath será interpretado pelo competente Djimon Hounsou.

- Rhomann Dey


Líder da Tropa Nova, que pertence à força militar do Planeta Xandar, o certinho Rhomann Dey sofre um desvio de conduta após conhecer Peter Quill. Nos quadrinhos, Dey sabe voar, tem super-força e resistência. Na versão cinematográfica, no entanto, o personagem interpretado por John C Reily não aparenta ter esses poderes. 

- Yondu 

Um dos quatros únicos sobreviventes dos mundos perdidos, Yondu é o líder dos Ravagers, um grupo de saqueadores que age em toda galáxia. Habilidoso arqueiro e mestre em armas, o personagem interpretado por Michael Rooker é o grande mentor do Senhor das Estrelas. Nos quadrinhos, no entanto, Yondu foi um dos integrantes originais dos Guardiões da Galáxia. 


Esses então os principais personagens de Os Guardiões da Galaxia, longa que estreia nesta quinta-feira. A expectativa é muito alta, até porque esse será o último lançamento antes de Os Vingadores 2. Não se surpreenda, inclusive, se personagens como o Homem de Ferro fizerem um ponta, principalmente na cena pós-crédito. Vamos aguardar. Enquanto isso, assista acima a o trailer completo de Os Guardiões da Galáxia. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Estrelado por Scarlett Johansson, Lucy estreia com bons números nos EUA


Ainda inédito no Brasil, o thriller de ação Lucy estreou muito bem em solo norte-americano. O longa dirigido por Luc Besson (O Profissional), e com Scarlett Johansson como protagonista, faturou US$ 44 milhões em seu primeiro fim de semana. Esses números já são suficientes para "pagar" o custo do longa, que teve orçamento de US$ 40 milhões. Na trama, Lucy é uma "mula" do tráfico de drogas que acaba intoxicada durante uma má sucedida missão. Surpreendentemente, no entanto, ela ganha poderes sobre-humanos, incluindo a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento instantaneamente. Com Morgam Freeman também no elenco, Lucy estreia no Brasil no dia 28 de agosto.


Seguindo o seu bom desempenho mundo a fora, Transformers - A Era da Extinção está muito perto de cruzar a barreira de 1 bilhão de dólares em bilheterias. Com grande desempenho em solo chinês, onde já faturou mais de US$ 300 milhões, o longa dirigido por Michael Bay fechou o final de semana com US$ 966 milhões em bilheterias. Demonstrando ainda grande fôlego, o novo Transformers vai despontando como a grande bilheteria de 2014. Principal estreia deste fim de semana em solo brasileiro, Planeta dos Macacos - O Confronto também vem conseguindo destaque. Muito próximo de entrar na lista das dez maiores bilheterias deste ano, o longa dirigido por Matt Reeves alcançou US$ 353 milhões após duas semanas e meia em cartaz. Confira abaixo a lista com os maiores sucessos de público em 2014. 

1º Transformers: A Era da Extinção US$ 966,352,000 
2º X-Men: Dias de um Futuro Esquecido US$ 739,478,000
3º Malévola US$ 715,019,000
4º Capitão América: O Soldado Invernal US$ 713,029,272 
5º O Espetacular Homem-Aranha 2 US$ 706,342,322 
6º Godzilla (2014) US$ 498,317,206  
7º Rio 2 US$ 492,997,724 
8º Uma Aventura Lego US$ 467.009,556
9º Como Treinar o seu Dragão 2 US$ 424,129,000 
10º Noé US$ 359.200,000

sábado, 26 de julho de 2014

Top 10 (Os mais icônicos macacos do Cinema)


Neste final de semana chegou aos cinemas Planeta dos Macacos - O Confronto, continuação do elogiado reboot da clássica franquia dos primatas. Dirigido por Matt Reves, o longa trás novamente o ator Andy Serkis dando vida, através dos recursos digitais, ao impressionante macaco César. Desde o clássico primeiro longa, no entanto, essa franquia já popularizou outros incríveis macacos, incluindo ai a Dr. Zira (Kim Hunter), o Dr. Zaius (Maurice Evans) e Cornellius (Roddy McDowall). Deixando de fora essa franquia, neste Top 10 Cinemaniac resolvemos reunir os dez macacos mais icônicos do Cinema. Confira no vídeo abaixo. 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Planeta dos Macacos - O Confronto

Somos todos irracionais?

Continuação do elogiado reboot do clássico de 1968, Planeta dos Macacos - O Confronto é um daqueles elaborados trabalhos que se fantasiam de blockbuster. Apresentando uma série de contextualizadas reflexões sobre a natureza humana, o longa dirigido por Matt Reeves (Cloverfield - O Monstro) alia primor técnico e narrativo ao conduzir uma eletrizante trama, daquelas que mais parecem um barril de pólvora prestes a explodir. Ainda que o humanizado macaco César, numa recriação digital extremamente realista, seja novamente um dos pontos altos, a grande surpresa fica pelo impressionante Koba. Sem medo de errar, um dos vilões mais impactantes da última década. 

Seguindo os episódios acontecidos em Planeta dos Macacos - A Origem, o roteiro assinado pelo trio Rick Jaffa, Amanda Silver e Mark Bomback se passa dez anos após a grande rebelião primata. Devastados por um vírus mortal, que foi desenvolvido a partir de testes laboratoriais com os próprios macacos, os humanos foram praticamente dizimados da face da Terra. Liderados por Dreyfus (Gary Oldman), os sobreviventes tentam encontrar uma fonte de energia para suprir o alojamento do grupo. Entre eles está Malcolm (Jason Clarke), braço direito de Dreyfus, e um dos homens fortes junto aos resistentes. Disposto a reativar uma usina próxima, Malcolm e o seu filho Alexander (Kodi Smit-McPhee) decidem estudar as condições desta represa. 


Lá, eles descobrem que o território está habitado por César (Andy Serkis) e pelo grupo de evoluídos macacos que fugiram de San Francisco. Mais maduro a frente desta sociedade primata, César parece disposto a esquecer dos traumas do passado, permitindo que os humanos possam utilizar a área. Essa atitude, no entanto, gera a desconfiança de Koba (Toby Kebbell), o seu braço direito, e de muitos macacos que seguiam desconfiando dos humanos. Temendo uma grande guerra, César decide dar um voto de confiança a Malcolm, mesmo sabendo que qualquer pequena crise poderia ser o estopim para reativar a velha rixa entre macacos e humanos. Afinal de contas, as feridas do passado ainda não estavam tão cicatrizadas.


Com uma grande premissa em mãos, Matt Reeves mostra grande habilidade na reconstrução desta rivalidade. De um lado temos os humanos ávidos por sobrevivência. Do outro, os cada vez mais fortalecidos macacos. E no meio de tudo isso César, um primata que conheceu o melhor e o pior dessas duas realidades. Trabalhando muito bem a complexidade deste argumento, o roteiro levanta precisas e recorrentes reflexões envolvendo a sociedade atual. Sob o prisma dos macacos, que construíram uma sociedade extremamente humanizada, questões sociais e politicas são muito bem abordadas, funcionando como um elo para toda a trama. Se aproveitando com brilhantismo das consequências do primeiro longa, toda a visão preconceituosa dos primatas em relação aos humanos é desenvolvida com destreza, contrastando de forma impecável com o nítido lado humano de César. Esse embate ideológico, aliás, ganha enormes proporções dentro do roteiro, expondo todas as falhas do nosso modo de vida social.


Utilizando com prerícia esse contextualizado roteiro, Reeves permite que todas as subtramas coincidam num impactante clímax, digno dos melhores filmes da franquia. Apresentando uma intensa narrativa, com poucos momentos mais afetuosos, ainda que a trama se concentre nos primatas, os personagens humanos são realmente bem aproveitados. Sem se aprofundar no passado de cada um deles, a trama revela somente o necessário para entendermos o motivo de suas ações. Ainda que as precisas atuações de Gary Oldman, Jason Clarke e Keri Russel sejam destacáveis, o lado humano da história não tem o mesmo peso em relação ao antecessor, o que, na verdade, se revela um dos grandes acertos do longa. Se concentrando muito mais no ponto de vista primata, potencializado pelo impressionante trabalho visual na construção dos macacos, as atuações digitais de Andy Serkis (César), Toby Kebbell (Koba), Judy Greer (Cornélia) e Karin Konoval (Maurice) levantam - novamente - o debate sobre o futuro deste recurso no cinema.


Apesar dos méritos narrativos, Planeta dos Macacos - O Confronto é um filme melhor em função do pioneiro trabalho visual. Assim como no expressivo primeiro longa, toda a verossimilhança na construção dos primatas é impecável. Mesmo sabendo da utilização dos recursos digitais, a todo momento nos perguntamos se aqueles macacos são realmente reais. O bebê macaco então nem se fala. Como se não bastasse toda essa realística concepção, com destaque para a textura dos pelos, as cicatrizes e a movimentação, a expressividade de cada um deles é o grande destaque do longa. Por mais de uma vez, Reeves faz questão de se concentrar no olhar de cada um deles, permitindo que eles falem mais do que mil palavras. Uma grande sacada, diga-se de passagem, já que eles se comunicam muito mais com os olhos, do que por palavras ou gestos. Méritos para o impressionante desempenho de Andy Serkis, que depois do Smeagol de O Senhor dos Anéis e do King Kong de Peter Jackson, apresenta aqui o seu melhor trabalho junto à técnica de captura de movimentos. 


Enquanto César parece ainda mais forte e evoluído do que no original, Koba é um antagonista à altura do líder primata. Dissimulado, corajoso e violento, o visual dark deste macaco rouba a cena em muitos momentos. E não paramos por ai. Toda a construção visual da devastada San Francisco chama a atenção, assim como as empolgantes cenas de ação. Ver macacos, com metralhadoras, em cima de cavalos é realmente uma experiência ímpar. Por outro lado, o único deslize fica pelo pouco explorado 3-D, que até funciona em momentos pontuais, mas se mostra aquém ao já apresentado nos grandes blockbusters. Se visualmente o trabalho é impecável, no aspecto sonoro o longa também chama a atenção. Além da empolgante trilha assinada por Michael Giacchino (UP - Altas Aventuras), que remete a um estilo mais clássico, a captura de som se mostra irrepreensível, fazendo com que o espectador se sinta no meio desta rivalidade entre macacos e humanos. 


Ainda que se apoie em algumas concessões típicas do "Cinema Pipoca", Planeta dos Macacos - O Confronto empolga não só pelo apuro técnico, mas - principalmente - pelo impacto e a tensão de sua trama. Visualmente significante, esta continuação comprova que um blockbuster pode sim ser contextualizado. Isso porque ao colocar primatas e humanos em lados opostos, o longa evidencia a irracionalidade e a intolerância cada vez mais presente dentro da nossa sociedade. Sejamos evoluídos, ou não. 


terça-feira, 22 de julho de 2014

Cinemaniac Indica (Caminho para Liberdade)


Inspirado em uma impressionante história real, Caminho para a Liberdade mostra que o experiente diretor Peter Weir segue sendo um dos realizadores mais diferenciados da atualidade. Nos apresentando uma incrível história de sobrevivência, no mais pleno sentido da palavra, o diretor desfila o seu talento ao narrar a jornada de sete prisioneiros soviéticos e a luta deles para recuperarem as suas vidas. Ainda que alguns contestem a veracidade desses fatos, Weir opta por acreditar 100% nos relatos, explorando todas as nuances e traumas de cada um dos envolvidos. Tudo isso, embalado por expressivas atuações, uma impecável fotografia e um grande trabalho de maquiagem.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Segundo a Forbes, Robert Downey Jr segue sendo o ator mais bem pago de Hollywood


Pelo segundo ano consecutivo, Robert Downey Jr figura no topo da revista Forbes como o ator mais bem pago de Hollywood. Levando em consideração os trabalhos de junho de 2013 à junho de 2014, Downey Jr arrecadou mais US$ 75 milhões de dólares em salários. Aos 49 anos, o ator alcançou esses números expressivos graças ao seus trabalhos com a Marvel Studios, incluindo ai Homem de Ferro 3 e Os Vingadores 2. Mais de vinte milhões atrás, o segundo colocado da lista ficou para o astro de ação Dwayne "The Rock" Johnson. Protagonista dos longas Sem Dor, Sem Ganho, Velozes e Furiosos 6 e 7, e a nova versão do herói Hércules, The Rock faturou US$ 52 milhões em salários. Nada mal. 


Logo atrás, com US$ 46 milhões, Bradley Cooper comprova que é a grande estrela em ascensão de Hollywood. Cooper, aliás, estará no elenco da mais nova estreia da Marvel, o aguardado Os Guardiões da Galáxia. Já a surpresa da lista ficou pelo "sessentão" Liam Neeson. Com US$ 36 milhões recebidos, a estrela do surpreendente Sem Escalas ficou na frente de nomes como Christian Bale, Mark Wahlberg, Ben Aflleck e Will Smith. Por outro lado, de fora da lista, o astro Johnny Depp parece colher os frutos dos seus questionáveis últimos trabalhos. Estrela dos criticados Transcendence - A Revolução e O Cavaleiro Solitário, o líder da lista em 2010 promete voltar a briga com os seus próximos trabalhos, que incluem o musical Into the Woods e o longa de máfia Black Mass. Confira abaixo a lista completa. 

1. Robert Downey Jr. - US$75 milhões
2. Dwayne Johnson - US$52 milhões
3. Bradley Cooper - US$46 milhões
4. Leonardo DiCaprio - US$39 milhões
5. Chris Hemsworth - US$37 milhões
6. Liam Neeson - US$36 milhões
7. Ben Affleck - US$35 milhões
8. Christian Bale - US$35 milhões
9. Will Smith - US$32 milhões
10. Mark Wahlberg - US$32 milhões

Sem um grande rival de peso, novo Transformers ultrapassa a barreira dos US$ 800 milhões em bilheterias


Apesar das críticas negativas, Transformers - A Era da Extinção segue a passos largos rumo a US$ 1 bilhão em bilheterias. Com US$ 886,257,000 arrecadados em todo mundo, o novo longa dirigido por Michael Bay já é a segunda maior bilheteria da franquia, ficando somente atrás do estrondoso O Lado Escuro da Lua, que conseguiu pouco mais de US$ 1,1 bilhão. Contando com um expressivo desempenho na China, onde faturou mais de US$ 285 milhões, o longa estreou no último fim de semana no Brasil conseguindo US$ 16,5 milhões.


Seguindo o ótimo desempenho do novo Transformers, Como Treinar o Seu Dragão 2 entrou pela primeira vez na lista das dez maiores bilheterias de 2014. Com US$ 384.6 milhões nas bilheterias mundiais, a elogiada animação deixou para 300 - A Ascensão do Império e No Limite do Amanhã. Apesar do bom desempenho, os números ainda estão aquém em relação ao longa original, que faturou pouco mais de US$ 494 milhões em todo mundo. Ainda inédito no Brasil, Planeta dos Macacos - O Confronto vem tendo também um convincente desempenho nas bilheterias internacionais. Com dez dias de lançamento nos EUA, o longa já faturou mais de US$ 240 milhões em todo mundo. Confira abaixo a relação parcial com as dez maiores bilheterias de 2014. 

Transformers: A Era da Extinção US$ 886,257,000
2º X-Men: Dias de um Futuro Esquecido US$ 736,306,000
4º O Espetacular Homem-Aranha 2 US$ 705,717,432
 Malévola US$ 697,167,000
6º Godzilla (2014) US$ 490,504,792
7º Rio 2 US$ 487.000,000
8º Uma Aventura Lego US$ 467.200,000
Como Treinar o seu Dragão 2 US$ 384.600,00
10º Noé US$ 359.200,000

domingo, 20 de julho de 2014

Morre James Garner


Luto! Aos 86 anos, faleceu na noite deste sábado o ator James Garner. Segundo o site TMZ, ele foi encontrado morto em sua casa, por volta das oito da noite. Garner já vinha sofrendo com a saúde frágil, mas a causa da morte ainda não foi divulgada. Protagonista das clássicas séries Maverick e Arquivo Confidencial, o ator também teve grande carreira no cinema. Indicado ao Oscar por O Romance de Murphy, entre os seus principais trabalhos estão Meus Queridos Presidentes, Cowboys do Espaço, Gran Prix, Obsessão Cega, Victor\Victória e Fugindo do Inferno. Seu último papel de grande destaque foi no romance dramático Diário de uma Paixão, em que interpretava um idoso apaixonado por uma mulher com Alzheimer. Longe das telas desde 2008, quando sofreu um AVC, Garner deixa esposa e dois filhos. 

sábado, 19 de julho de 2014

Cinco filmes... (Robôs)


Nesse fim de semana, finalmente, chegou aos cinemas a quarta continuação de Transformers. Intitulado A Era da Extinção, a sequência novamente dirigida por Michael Bay, e agora estrelada por Mark Wahlberg, já desponta como uma das grandes bilheterias de 2014. Aproveitando o frenesi em torno dos robôs Optimus Prime, Bumblebee e a sua turma, confira cinco filmes que você precisa conhecer evolvendo a interação entre robôs e humanos. 

- O Incrível Robô (1986)


Grande sucesso nas sessões vespertinas da década de 1990, O Incrível Robô é um daqueles longas que não merece cair no esquecimento. Estrelado por nomes de destaque na década de 1980, como Steven Guttenberg (Loucademia de Policia) e Ally Sheedy (Clube dos Cinco), a comédia acabou nos apresentando o carismático Johnny 5. Na trama, após fugir do exército americano, essa invenção acaba caindo nas mãos de uma jovem que acredita na possibilidade dele ter vindo do espaço. Aprendendo tudo sobre a cultura pop, Johnny não esperava que o exército norte-americano estivesse ávido atrás do seu paradeiro. Dirigido por John Badham (Os Embalos de Sábado a Noite), o Incrível Robô ganhou uma igualmente divertida sequência chamada Um Robô em Curto Circuito. 

- O Gigante de Ferro (1999)


Dirigido pelo então novato Brad Bird (Os Incríveis, Ratatouile, Missão Impossível 5), O Gigante de Ferro conseguiu uma repercussão maior junto aos fãs dos longas animados. Ainda em 2-D, essa cativante história nos apresentou o pequeno Hogarth, um acelerado jovem que acaba encontrando um gigantesco robô. Encantado pela descoberta, Hogarth desenvolve uma grande relação de amizade com a máquina. Entre brincadeiras e surpresas, o jovem passa a ficar preocupado quando um curioso agente inicia uma investigação envolvendo estranhos episódios na região. Sem saber do iminente perigo, Hogarth tenta esconder os robôs das autoridades, o que desencadeia uma série de consequências de grandes proporções. Emocionando e empolgando de forma intensa, O Gigante de Ferro é presença certa na minha lista de melhores animações. 

- O Guia do Mochileiro das Galáxias (2005)


Considerada a obra definitiva sobre o universo nerd, O Guia do Mochileiro das Galáxias ganhou uma versão cinematográfica que agradou a maioria dos fãs do livro assinado por Douglas Adams. Estrelada por Martin Freeman (O Hobbit), o longa nos apresenta o carismático robô Marvin (Warwick Davis). Na trama, após um dia extremamente ruim, Arthur (Freeman) acaba descobrindo que o planeta Terra está prestes a ser destruído. Ao lado do seu amigo (Mos Def), que ele descobre ser um alienígena infiltrado na Terra, Arthur decide embarcar em uma viagem pelo universo. Divertido e empolgante, o Guia do Mochileiro das Galáxias é considerado pelos fãs do Sci-Fi um dos trabalhos mais icônicos dentro do gênero. 

- Gigantes de Aço (2011)


Estrelada por Hugh Jackman, Gigantes de Aço se tornou um dos mais surpreendentes blockbusters de 2011. Embalado pelo carisma de Dakota Goyo, o longa nos apresentou o carismático Atom, um robô que servia de treinamento para as máquinas lutadoras que invadiram o mundo do boxe. Encontrado no ferro velho por um jovem (Goyo), Atom acaba ganhando a chance de brilhar após conseguir boas vitórias no sub-mundo do boxe de robôs. Dirigido por Shaw Levy, um dos realizadores que dificilmente erra na mão, Gigantes de Aço é um daqueles trabalhos direcionados a todos os públicos. 

- Frank e o Robô (2012)



Estrelado por Frank Langella, esse despretensioso Sci-Fi é a maior surpresa da lista. Lançado diretamente em DVD no Brasil, o longa impressiona pela sua interessante premissa, carregada de questionamentos e filosofias. Na trama futurista, que também conta com Susan Sarandon, James Mardsen e Liv Tyler, um ex-ladrão vive de forma solitária em uma isolada casa. Sofrendo de Alzheimer, o idoso acaba preocupando os seus distantes dois filhos. Numa dessas visitas, inclusive, um deles dá um robô enfermeiro para o pai, na tentativa que ele possa ajuda-lo a reorganizar a sua rotina. Apesar de relutar inicialmente, o idoso enxerga a possibilidade de voltar ao mundo do crime com a ajuda desta máquina hi-tech. Fazendo uma interessante comparação entre os dilemas existenciais de um robô, e as mazelas envolvendo o mal de Alzheimer, Frank e o Robô é um bem humorado drama, repleto de pequenos debates inerentes ao gênero. 

Menção Honrosa

- Metrópolis


Clássico do expressionismo Alemão, Metropolis é considerado por muitos o pai de todos os Sci-Fi. Lançado em 1927 pelo cultuado diretor Fritz Lang, o longa de quase 3 horas de duração não é realmente fácil de assistir, mas, ainda assim, é uma obra indispensável para os fãs da sétima arte. No longa, que se passa no então distante século XXI, uma grande cidade é dominada por um autocrático poderoso empresário. Apostando na divisão por classes, enquanto os ricos viviam no Jardim dos Prazeres, os pobres eram escravizados pelas máquinas e sobreviviam no subsolo. Em meio a esse  caótico cenário, uma líder do proletariado acaba surgindo como a grande ameaça a todo regime. Ciente desta mobilização, um cientista louco decide criar uma robô com a aparência desta líder, fazendo com que ela semeasse a discórdia entre os revoltados e destruísse a confiança que sentem por ela. Um clássico Sci-Fi, repleto de simbolismos, que está na estante de dez entre dez fãs do gênero. 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cinemaniac Indica (Anônimo)


Quem conhece a carreira do diretor Rolland Emmerich, sabe muito bem da capacidade deste realizador em desenvolver os populares "filmes catástrofe". Trazendo no currículo trabalhos como Independence Day, 2012, o Dia Depois do Amanhã e Godzilla (1999), o diretor alemão acabou se consagrando como um daqueles nomes que torna os seus blockbusters grandes sucesso de público. Aproveito essa introdução para ressaltar a minha surpresa ao assistir o drama Anônimo, um longa completamente distante dos seus principais trabalhos. Nos apresentando uma popular teoria da conspiração sobre a obra do célebre William Shakespeare, Emmerich constrói uma instigante trama, marcada por conspirações, disputas de poder, excelente direção de arte e intensas atuações.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Transformers - A Era da Extinção

Tiros, robôs e bombas.

Admitindo fazer seus filmes para os fãs, e não para os críticos, o diretor Michael Bay mostra em Transformers - A Era da Extinção que o seu faro para as grandes bilheterias segue bem apurado. Maior arrecadação de 2014 até o momento, esta quarta continuação não se esforça para tentar trazer algo novo para a poderosa série baseada nos brinquedos da Hasbro. Apostando na repetição da fórmula da trilogia original, incluindo ai a ação desenfreada, as grandes sequências de destruição, o humor claudicante e a trama cheia de furos, Bay tenta valorizar a presença humana dentro desta sequência. O que ele consegue, no entanto, é deixar claro como Optimus Prime, Bumblebee e sua turma são fundamentais para o êxito comercial desta franquia. 

E para fortalecer o lado humano, em meio a grande batalha Transformer, Bay decidiu contar com um verdadeiro "herói" dos filmes de ação. Sai então o carismático, mas histérico Shia Labeouf, para a entrada do experiente e versátil Mark Wahlberg. Uma mudança que - inegavelmente - traz mais marketing ao filme, ainda mais pessoas aos cinemas, mas que pouco acrescenta ao resultado final do longa. E isso, é verdade, se deve a incompetente trama, que não consegue ser minimamente plausível e justificável. Com roteiro assinado por Ehren Kruger, dos igualmente frágeis A Vingança dos Derrotados e O Lado Oculto da Lua, a quarta continuação se passa poucos anos após a grande batalha entre Autobots e Decepticons.


Perseguidos por uma organização governamental, que pretende usar a tecnologia Transformers para a construção de robôs civis, Optimus e seus amigos decidem se espalhar pelos EUA a procura de refúgio. É ai que conhecemos o fracassado Cade (Wahlberg), um fanático por tecnologia que segue a procura da invenção que lhe dará rios de dinheiro. Com problemas para criar a filha adolescente Tessa (Nicola Peltz), ele vê a sua vida mudar quando encontra um sucateado Optimus Prime. Sem saber dos perigos que estão por vir, Cade acaba trazendo o líder dos Autobots de volta a vida. Contando com a ajuda do inventor, da filha e do namorado dela (Jack Reynor), Optimus precisará reunir os Autobots resistentes para combater LockDown, um caçador de recompensas alienígena que está ao lado desta poderosa organização militar.


Buscando criar uma ligação entre a trilogia original e esta nova continuação, Michael Bay tenta ampliar todo o universo que cerca os Transformers. Em meio às explosivas e recorrentes batalhas, já visando futuras sequências, uma série de novos personagens e sub tramas são praticamente jogadas na cara do espectador. Sem qualquer cuidado nesta condução, a entrada de Cade na história é o menor dos problemas. Na verdade, a ideia de utilizar um inventor frustrado como o novo elo entre os Transformers e os humanos se mostrou uma sacada interessante. Pena que essa seja, talvez, a unica ideia original desta continuação. Com uma confusa trama em mãos, toda a promissora descrença dos Autobots é muito mal explorada, assim como a tentativa de tornar os humanos mais significativos perante os gigantescos robôs. Explorando de forma preguiçosa os dilemas envolvendo Cade e sua família, Bay perde a oportunidade de conseguir criar algo semelhante ao apresentado no ótimo primeiro longa. Por mais que Mark Wahlberg tenha uma segura atuação, se empenhando nas boas cenas de ação, o resto do elenco parece trabalhar no piloto automático, não contribuindo nas poucas brechas entre as frenéticas batalhas.


Com gigantescas falhas de continuação, personagens somem e aparecem como num passe de mágica, o roteiro se mostra repetitivo em muitos momentos. Voltando a velha caça dos humanos aos Autobots, as soluções encontradas por Kruger são tão frágeis e confusas quanto toda a história. Ainda que o personagem de Stanley Tucci seja realmente interessante, e que a ideia de explorar comercialmente a tecnologia Transformers funcione visualmente, Bay não consegue trazer qualquer tipo de profundidade a contestada trama. A impressão é que fizeram um grande "brainstorm" na hora de conceber o roteiro, pegaram todas as ideias possíveis e inimagináveis, e realizaram um longa de 2 h e 35 min de duração. Tudo é desculpa para uma explosão maior do que a outra, um robô maior do que o outro, uma batalha maior do que a outra. Como se não bastasse isso, os vícios narrativos de Bay chegam a irritar em muitos momentos. Além da frustrada tentativa de fazer humor a todo o instante, o que diminui o impacto de algumas boas situações, as aceleradas cenas de ação, o nacionalismo excessivo e a forma sexista como explora a bela Nicola Peltz soam completamente desnecessárias.


As muitas falhas, porém, ficam de lado diante da inegável capacidade de Bay em empolgar com seus trabalhos. Ainda que os Autobots já não tenham o mesmo impacto, e que as espetaculares batalhas não segurem todo o longa, o carisma de Optimus Prime e Bumblebee seguem sendo o grande responsável pelos milhares de dólares nas bilheterias mundiais. Enquanto a trama se mostra pouco inspirada, o visual dos novos personagens é realmente inventivo. O samurai Drift e o militar Hound, por exemplo, surpreendem pelos muitos detalhes, conseguindo se destacar rapidamente. O mesmo, aliás, pode-se dizer do vilão LockDown e sua tropa espacial. Carregando no peso desse inimigo, e na sua aura dark, o visual sombrio do antagonista é impecável.


Essas três novas adições, inclusive, ganham mais destaque do que os tão comentados Dinobots. Apesar do visual fantástico dos dinossauros\robôs, os três não tem grande participação na trama, se tornando úteis somente no grandioso clímax. Abrindo mais espaços para os embates entre humanos, Michael Bay aproveita toda a aptidão de Mark Wahlberg dentro do gênero, conseguindo conceber eletrizantes sequências de ação. Levando boa parte do seu filme para a China, o diretor utiliza com habilidade todo o cenário local, que ganha ainda mais destaque devido a competente fotografia de Amir Mokri e o eficiente uso do 3-D. Além de contribuir visualmente, a presença asiática no longa foi mais uma das bem sucedidas estratégias de marketing dos produtores. Prova disso é que em menos de quinze dias, o novo Transformers já é a maior bilheteria de todos os tempos em território Chinês. 


Preferindo pecar pelo excesso do que por omissão, Michael Bay faz de Transformers - A Era da Extinção um daqueles trabalhos que oferecem tudo em troca da diversão. Cada vez menos se levando a sério, o que fica nítido na autocrítica presente em uma das cenas iniciais, Bay aposta em fórmulas repetidas e no carisma de seus Autobots para faturar rios de dinheiro em todo mundo. Por mais que a paciência com a falta de lógica da franquia já esteja se esgotando, se você conseguir deixar o seu cérebro em casa a diversão ainda é garantida.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Cinemaniac Indica (The Normal Heart)

Produzido pela HBO, o telefilme The Normal Heart é mais um dos relevantes trabalhos sobre o "boom" da AIDS nos EUA. Dirigido pelo eclético Ryan Murphy, da série Glee, o longa nos apresenta a impactante história real de Larry Kramer, um dos primeiros ativistas a perceberem toda a nocividade deste vírus. Equilibrando no elenco nomes consagrados da TV e do Cinema, Murphy encontra no competente Mark Rufallo (Os Vingadores) a figura perfeita para viver este importante ícone na luta pelos direito dos homossexuais. Contando com uma narrativa crua e extremamente pesada, o diretor não foge dos conflitos e das divergências que marcaram todo o crescimento do movimento gay norte-americano.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ainda inédito no Brasil, novo Transformers já é a maior bilheteria de 2014


Não demorou muito para que Transformers: A Era da Extinção mostrasse toda a sua força ao redor do mundo. Ainda inédito no Brasil, o longa dirigido por Michael Bay chegou aos US$ 752 milhões em bilheterias nesse final de semana, ultrapassando os US$ 731 milhões conseguidos por X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido. Embalado pelo grande desempenho no mercado internacional, com destaque para os US$ 262 milhões arrecadados na China, o novo Transformers ultrapassou com facilidade longas como Capitão América: O Soldado Invernal, O Espetacular Homem-Aranha 2 e Malévola. Estrelado por Mark Wahlberg, Transformers: A Era da Extinção estreia nesta quinta-feira, dia 17, em solo brasileiro.


Grande estreia do final de semana nos EUA, Planeta dos Macacos: O Confronto apresentou números relativamente bons. Liderando as bilheterias deste final de semana, a continuação dirigida por Matt Reeves faturou US$ 73 milhões em solo americano, somando US$ 103 milhões em todo mundo. Esses números, no entanto, acabaram ficando abaixo dos principais blockbusters lançados nesse ano, incluindo ai as quatro mlhores bilheterias de 2014. Muito elogiado pela crítica internacional, Planeta dos Macacos: O Confronto estreia no Brasil no próximo dia 24 de Julho. Confira abaixo as dez principais bilheterias de 2014. 

1º Transformers: A Era da Extinção US$ $752,000,000
2º X-Men: Dias de um Futuro Esquecido US$ 731,400,000
3º Capitão América: O Soldado Invernal US$ 712.200,000
4º O Espetacular Homem-Aranha 2 US$ 703.700,000
 Malévola US$ 668.994,000
6º Godzilla (2014) US$ 489.608,951
7º Rio 2 US$ 487.000,000
8º Uma Aventura Lego US$ 467.200,000
9º Noé US$ 359.200,000
10º  No Limite do Amanhã US$ 350.600,000