Infelizmente, ainda existem muitas produções europeias, de excelente nível, que não se globalizaram. Enquanto os filmes Hollywoodianos se espalham por todo o mundo, independente de qualidade, outros mercados tem uma dificuldade impressionante de atingirem uma larga escala. Um deles é o cinema Norueguês, que com a obra O Homem da Guerra, se revelou bastante talentoso.
Produzida no ano de 2008, o longa mostra um lado da Segunda Guerra pouco visto. Como todos devem saber, no auge do domínio Nazista, os alemães se instalaram em diversos países. Polonia, França, Finlandia, Grècia, e Noruega, são apenas alguns dominados pela força do éxcercito de Hitler. Diferente da situação vivida nos EUA, quando o país não passava por qualquer tipo de conflito interno na Guerra do Vietnã, a Noruega vivia uma invasão de seu território. Inconformado com a passividade da população, que assistia a tudo de maneira pacífica, Max Manus (Aksel Hennie) resolve junto de alguns amigos liderarem um movimento rebelde contra a ação do exército Nazista em seu país. Inexperientes, e com pouco treinamento, o grupo tenta da sua maneira resistir ao dominio alemão. Apesar da "boa intenção", os amigos são facilmente desmascarados pelos Nazistas. Numa fuga sensacional, Manus consegue escapar de uma consequente pena de morte. Ao conseguir fugir, vai para a Escócia, onde recebe treinamento especial antes de ser enviado de volta para realizar várias missões de sabotagem.
Apesar de ser um drama de guerra, o longa consegue ter um ritmo muito interessante, misturando bem a tensão das missões do grupo rebelde, como todo o drama vivido no país. Além disto, as cenas de ação são muito bem filmadas, assim como todos os efeitos especiais utilizados no longa. O resultado é um filme que oferece, bem mais do que a grande maioria poderia esperar. Com direção dupla de Joaquin Ranning e Espen Sandberg, o longa alia a ótima trama, um visual brilhante, destacando toda a paisagem norueguesa. Como de costume nos filmes europeus, a fotografia é impactante e transforma o filme em uma praserosa diversão visual. Contrastando as explosões, com as belezas naturais do local, a direção acerta em cheio na tentativa de mostrar o o conflito dentro de um local visivelmente pacífico.
Somada a fotografia, o filme tem um elenco que apesar de desconhecido por aqui, cumpre bem a missão de mostrar a história real deste grupo de rebeldes. Encabeçado por Aksel Hennie, o elenco mostra ótima química, tanto para as situações mais leves, como para as cenas dramáticas. Apesar da atuação homogênea, é Hennie o grande nome do filme. Interpretando o Homem da Guerra, presente no título, Hennie convence como o inconformado Max Mannus. É muito interessante ver como a atuação dele, e de todo o elenco, se desenvolve com o caminhar da trama e o engajamento do grupo com a segunda Guerra. Além de Hennie, se destacam também Nicolai Cleve Broch, que interpreta o melhor amigo de Manus, Ken Duken, o frio e calculista comandante Alemão e Malts Eddoen, outro grande amigo de Mannus.
Trazendo um ponto de vista até então desconhecido, sobre a segunda Guerra Mundial, O Homem da Guerra é um drama eficiente e bastante envolvente. Com ótimas atuações, uma trilha sonora vibrante e efeitos surpreendentes, o longa garantiu um lugar entre os meus filmes prediletos sobre este triste período histórico. Fica a dica !!!!
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