terça-feira, 22 de maio de 2018

Top 10 (Abraços Inesquecíveis do Cinema)


Uma das manifestações de afetos mais sinceras e fraternais, o abraço se tornou um símbolo de união dentro do cinema. Ao contrário do beijo, uma manifestação íntima frequentemente utilizada dentro do romance, o abraço ganhou uma conotação mais universal, culminando em sequências dos mais variados tipos. Entre despedidas e reencontros, entre histórias de amor e histórias de amizade, este singelo gesto embalou algumas das relações mais marcantes da Sétima Arte, o que fica bem claro na lista abaixo. Neste Dia do Abraço, no Cinemaniac uma seleção com dez dos abraços mais inesquecíveis\emblemáticos do Cinema. 

10º Mãe reencontra Jack (O Quarto de Jack)


Um dos filmes mais comoventes da última safra de Hollywood, O Quarto de Jack conquistou o público e a crítica ao mostrar o fardo do amor materno. Com Brie Larson e Jacob Tremblay em fantásticas atuações, o longa dirigido por Lenny Abrahamson alcança o seu ápice num silencioso abraço, um reencontro afetuoso que simboliza o recomeço de uma mulher\mãe traumatizada encontrando no seu filho a ajuda necessária para ser reerguer.

9º Riley volta para casa (Divertida Mente)


Um dos filmes mais originais e inventivos da Pixar, Divertida Mente encanta ao tentar entender os conflitos de uma pré-adolescente sob um prisma lúdico e extremamente inteligente. Recheado de sequências comoventes, o longa dirigido por Pete Docter e Ronnie Del Carmen traduz com brilhantismo o suporte paterno numa sequência delicada que atinge o seu ponto mais alto no reconfortante abraço entre pai, mãe e filha. Um momento lindo com padrão Pixar de qualidade.

8º O adeus de Sully (Monstros S.A)


Seguindo na Pixar, Monstros S.A encantou os pequenos e também os adultos ao acompanhar a desventurada jornada de uma dupla de “operários do susto” diante de uma ameaça nada convencional. Recheado de personagens cativantes, entre eles a fofa Boo, o longa também dirigido por Pete Docter colocou todo mundo para chorar na emotiva despedida do bonachão Sully. Um abraço felpudo e afetuoso que merece figurar entre os mais inesquecíveis do cinema.

7º O adeus de Elliot (E.T: O Extraterrestre)


No que diz respeito as cenas de despedidas, entretanto, nenhum realizador supera Steven Spielberg e o seu clássico E.T: O Extraterrestre. Numa das histórias de amizade mais icônicas da  Sétima Arte, o longa conquistou uma geração ao narrar a improvável relação entre o pacato Elliot e um alienígena perdido. Uma parceria inesquecível que é pontuada num abraço emotivo capaz de dizer mais do que qualquer palavra.

6º Solo e Leia se despedem (Star Wars: O Despertar da Força)


Impecável ao resgatar a essência da trilogia clássica, J.J Abrams fez de O Despertar da Força uma inquestionável passagem de bastão. Apesar do esmero em introduzir os promissores novos personagens, o realizador não fugiu da raia ao explorar os mais populares protagonistas da franquia, tocando o coração do fã de Star Wars com cenas ora empolgantes, ora comoventes. Na melhor delas, antes da perigosa batalha final, Leia (Carry Fisher) e Han Solo (Harrison Ford) se despedem num abraço singelo e que tem muito a dizer sobre o que viria a acontecer mais a frente.

5º Um agridoce adeus (Encontros e Desencontros)


Com Scarlett Johansson e Bill Murray numa improvável história de amor, Encontros e Desencontros mostrou que o talento estava no DNA da família Coppola ao consagrar a então promissora Sofia Coppola como uma das vozes mais autorais da sua geração. Unidos em território estrangeiro, o decadente ator Bob Harris e a infeliz jovem esposa Charlotte se aproximam numa relação doce e compreensiva. Um romance maduro pontuado num memorável abraço, um gesto honesto e íntimo que só reforça o elo entre os dois personagens.

4º Um impulsivo reencontro (Titanic)


Jack e Rose estão entre os casais mais populares da história da Sétima Arte. E isso foi possível graças não só ao talento da dupla Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, como principalmente a sensibilidade de James Cameron em extrair o elemento humano numa película de grandes proporções. O que fica bem claro, por exemplo, na fantástica sequência do reencontro em meio ao naufrágio. Impulsionado pela brilhante montagem, Cameron escancara os sentimentos dos personagens num ‘mise en scene’ impulsivo, os separando por um breve momento para depois os reuni-los novamente num abraço urgente, passional e completamente impulsivo. “You jump, i jump. Wright?” 

3º O abraço da realidade (A Lista de Schindler)



Que cena meus amigos. Diante de tanta dor e desolação, Steven Spielberg voltou a exibir a sua reconhecida sensibilidade nesta seleta lista no clássico A Lista de Schindler. Inspirado na história real de um empresário alemão que, as escondidas, salvou centenas de judeus do regime nazista, o longa estrelado por Liam Neeson chocou o público ao mostrar a perigosa\transformadora jornada de um homem. Numa cena genial, o que para muitos seria um momento de alegria, para Spielberg se torna um momento de profunda tristeza. Após tanto esforço, ao se deparar com o rosto das pessoas salvas, com aquele pequeno e fragilizado grupo, Schindler percebe a real situação que o cerca, percebe a sua impotência diante do nazismo. Num momento de desespero, ele decide fazer algo a mais, decide seguir agindo, mas é contido pelo seu fiel escudeiro num abraço emotivo que sintetiza a inércia do protagonista a partir daquele momento. Veja a cena completa aqui


2º Um homem em busca de paz (Gênio Indomável)



Responsável por catapultar a carreira de nomes do porte de Ben Affleck, Casey Affleck e Matt Damon, Gênio Indomável ganhou relevância popular após conquistar a crítica especializada. Sob a batuta de Gus Van-Sant, o longa garantiu merecidos elogios ao narrar a jornada de um jovem problemático e genial que, após anos sofrendo na marginalidade, encontra uma chance para se sobressair entre os demais. Na pele de um homem instável com uma série de traumas, Damon encanta ao traduzir os dilemas do prodígio, encontrando na terna relação com o seu psicólogo um refúgio na luta contra os seus mais íntimos fantasmas. Uma história de amizade e compreensão que atinge o seu ápice num fraternal abraço, um gesto singelo que acaba por finalmente desarmar o intransigente protagonista.Veja a cena completa aqui.

1º O reencontro (Paris, Texas)



Paris, Texas o tipo de pérola que, sabe-se lá o porquê, não alcançou o radar do grande público. Uma pena, já que se trata de um ‘road movie’ comovente protagonizado por um pai em busca do paradeiro da sua desaparecida esposa. Protagonizado pelo saudoso Harry Dean Stanton, o longa dirigido por Wim Wenders comove ao construir a jornada de reaproximação entre um errático pai e o seu querido filho, culminando numa das mais belas e emocionantes sequências de reencontro da história da Sétima Arte. Um abraço puro e silencioso que, por si só, sintetiza o estado de espírito dos seus personagens. Brilhante. Veja a cena completa aqui.

Menções Honrosas

- Um lacrimoso adeus (Interestelar)


Um dos pontos altos da obra de Christopher Nolan, a relação entre pai e filha guia o rumo da trama muito por sequências como essa, um abraço de despedida marcado pela tristeza e pela esperança de um futuro melhor.

- Willy Wonka se “desarma” (A Fantástica Fábrica de Chocolate)


Um verdadeiro clássico, A Fantástica Fábrica de Chocolate pontua a relação entre Willie e Charlie num abraço emblemático, como se ali o dono da fábrica entendesse a verdade do garoto e o quão ruim era uma vida solitária.

- Adeus a Terra Média (O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei)



Poucas obras valorizaram tão bem o poder de um abraço como a trilogia O Senhor dos Anéis. Diante de tantas sequências marcantes, porém, fica difícil selecionar apenas um. Por isso, resolvi lembrar da franquia como um todo com o comovente epílogo de O Retorno do Rei, uma despedida tocante que reforçou o esmero de Peter Jackson na construção do elo entre os personagens.

- Hermione e Harry se despedem antes da batalha final (Harry Potter: E as Relíquias Da Morte Parte 2)



Tal qual O Senhor dos Anéis, Harry Potter também sempre soube valorizar o poder do abraço. O que fica bem claro em cenas como a despedida de Hermione e Harry antes do derradeiro confronto com o Lord Voldemort, uma sequência fraterna que tira um ótimo proveito da estreia química entre os personagens.

- Um reencontro pessimista (Mad Max: Estrada da Fúria)



Um choque de realidade. A esperança da imponente Imperatriz Furiosa rui num abraço comovente, um sopro de paz diante do cenário de caos idealizado por George Miller.

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