Lançado recentemente via Netflix no Brasil, Sing Street: Música e Sonho é mais uma das pérolas musicais do excelente diretor John Carney. Após os revigorantes Apenas uma Vez (2007) e Mesmo se Nada der Certo (2013), o eclético realizador nos brinda não só com um pulsante retrato sobre o pop\rock britânico da década de 1980, mas também com um relato comovente e vigoroso sobre a difícil missão que é amadurecer.
Com uma trilha sonora recheada de clássicos, que vão de A-Ha a The Cure com enorme energia, o cativante longa narra a jornada do deslocado Conor (Ferdia Walsh-Peelo), um adolescente vidrado na cultura pop que vê a sua rotina mudar drasticamente no momento em que é obrigado a se transferir para um conservador colégio católico. Acuado e com poucos amigos, ele se encanta repentinamente pela beleza de Raphina (Lucy Boynton), uma jovem aspirante à modelo que morava em frente ao seu novo lugar de estudo. Empurrado pelo seu único amigo, o carismático Darren (Ben Carolan), ele resolve se aproximar dela e a convida para a gravação de um videoclipe. O único problema é que Conor sequer tinha uma banda. Apoiado pelo seu irmão mais velho, o idealista Brendan (Jack Reynor, magnífico em cena), o jovem decide encontrar colegas dispostos à participar desta empreitada, encontrando no poder da música o empurrão necessário para encarar de frente os obstáculos que o cercam.
Com uma trilha sonora recheada de clássicos, que vão de A-Ha a The Cure com enorme energia, o cativante longa narra a jornada do deslocado Conor (Ferdia Walsh-Peelo), um adolescente vidrado na cultura pop que vê a sua rotina mudar drasticamente no momento em que é obrigado a se transferir para um conservador colégio católico. Acuado e com poucos amigos, ele se encanta repentinamente pela beleza de Raphina (Lucy Boynton), uma jovem aspirante à modelo que morava em frente ao seu novo lugar de estudo. Empurrado pelo seu único amigo, o carismático Darren (Ben Carolan), ele resolve se aproximar dela e a convida para a gravação de um videoclipe. O único problema é que Conor sequer tinha uma banda. Apoiado pelo seu irmão mais velho, o idealista Brendan (Jack Reynor, magnífico em cena), o jovem decide encontrar colegas dispostos à participar desta empreitada, encontrando no poder da música o empurrão necessário para encarar de frente os obstáculos que o cercam.
Com base nesta premissa tipicamente oitentista, John Carney vai bem além do romance 'teen' ao transitar por temas mais densos e delicados. Sem nunca abrir mão da vibe otimista, o diretor e roteirista expõe a castradora realidade enfrentada por estes garotos ao falar com sensibilidade sobre o conservadorismo, a violência doméstica, o divórcio, a falta de oportunidades e a frustração quanto aos objetivos que não se realizaram. Em sua essência, porém, Sing Street se rebela justamente contra esta resignação e valoriza a capacidade daquele que se livra destas amarras e segue o seu sonho. Da afetuosa relação entre Conor e Brendan, inclusive, nasce um arco irretocável, uma passagem de bastão emocionante embalada pela fantástica trilha sonora original e por lições de rara sinceridade. Sem querer revelar muito, a cena em que o garoto vê o seu "herói\mentor" desmoronar à sua frente é de cortar o coração, um momento intimista que só um diretor com faro apurado poderia extrair.
Num todo, aliás, Carney pontua este 'feel good movie' com sequências inesperadamente incisivas, momentos fortes que só tornam a transformação do protagonista mais crível aos olhos do público. Além disso, o diretor irlandês é perspicaz ao recriar o peculiar cenário oitentista, buscando inspiração no visual de algumas das grandes bandas da época para compor o figurino dos seus personagens. Contando ainda com a vibrante performance do jovem Ferdia Walsh-Peelo e a magnética presença da talentosa Lucy Boynton, Sing Street é uma produção com alma juvenil, um longa que, ao compartilhar do espírito indomável dos seus personagens, traz consigo uma mensagem esperançosa, por vezes inocente, mas absolutamente libertadora.
Num todo, aliás, Carney pontua este 'feel good movie' com sequências inesperadamente incisivas, momentos fortes que só tornam a transformação do protagonista mais crível aos olhos do público. Além disso, o diretor irlandês é perspicaz ao recriar o peculiar cenário oitentista, buscando inspiração no visual de algumas das grandes bandas da época para compor o figurino dos seus personagens. Contando ainda com a vibrante performance do jovem Ferdia Walsh-Peelo e a magnética presença da talentosa Lucy Boynton, Sing Street é uma produção com alma juvenil, um longa que, ao compartilhar do espírito indomável dos seus personagens, traz consigo uma mensagem esperançosa, por vezes inocente, mas absolutamente libertadora.
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