quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Top 10 (Melhores Filmes de 2015)


Chegou a hora. Após um ano cinematográfico realmente interessante, com destaque máximo para os estrondosos blockbusters, neste Top 10 reunirei os filmes que mais me agradaram em 2015. Desta forma, procurando sempre valorizar elementos como a qualidade visual, as atuações e a capacidade de entreter, a lista englobará os longas que pude assistir lançados comercialmente em solo brasileiro neste ano. Dito isso, começamos com...

10º A Travessia


“Acostumado a exaltar os extraordinários feitos de pessoas comuns, Robert Zemeckis redefine o termo "andar na corda bamba" no fantástico drama A Travessia. Mestre na arte dos efeitos especiais, o realizador experimenta níveis de realismo poucas vezes visto no cinema ao reproduzir as proezas do arrojado equilibrista francês Philippe Petit. (...) Através de uma narrativa ágil e absolutamente humana, o longa parece não se contentar em valorizar somente a tão celebrada travessia, encontrando na inspirada atuação de Joseph Gordon-Levitt o talento necessário para revelar o misto de sonho e obsessão que levou o acrobata a cruzar as torres do World Trade Center caminhando apenas sobre um cabo de aço.” Leia a nossa opinião completa aqui

9º O Jogo da Imitação



“Apostando numa narrativa espirituosa, (...) o diretor Mortem Tyldum coloca o seu nome no mapa ao nos apresentar a heroica jornada do matemático Allan Turing. Empurrado pela magistral atuação de Benedict Cumberbatch, brilhante ao explorar as nuances do seu complexo personagem, este elegante drama realmente impressiona ao questionar de maneira sóbria os tabus sexuais em torno deste heroico personagem da Segunda Guerra Mundial. Um gênio que apesar da significante participação neste conflito, desvendando um dos maiores códigos do exército nazistas, não conseguiu vencer a sua guerra pessoal contra o conservadorismo do governo britânico.” Leia a nossa opinião completa aqui.

8º Phoenix 


“Fazendo um refinado uso do desolador cenário alemão no pós-guerra, (...) Phoenix comprova que as feridas emocionais são as mais difíceis de serem cicatrizadas. Sem qualquer tipo de concessão aos clichês do gênero, Christian Petzold se mantém fiel às suas intenções da primeira a última cena, evidenciando através da reconstrução de Nelly os horrores impostos por este nefasto período. Ainda que o ritmo propositalmente suave (quase lento) possa incomodar o mais desavisado, o fascinante roteiro guarda as suas revelações até a catártica sequência final, daquelas que merecem aplausos de pé, pontuando de maneira assustadoramente graciosa a jornada desta arrebatadora personagem.” Leia a nossa opinião completa aqui

7º Missão Impossível – Nação Secreta 


“Sempre fiel à essência do original, a série produzida e estrelada pelo astro Tom Cruise se aprimorou ao "beber da fonte" de cada um dos realizadores que passaram por ela. (...) Um caprichado processo de construção que culmina no estupidamente divertido Nação Secreta, longa que empolga ao reunir os principais elementos desta vertiginosa franquia de ação. Agora sob a batuta do talentoso roteirista e diretor Christopher McQuarrie (Os Suspeitos, Jack Reacher), a nova aventura do agente Ethan Hunt entrega não só algumas das melhores sequências de ação da saga, mas também um argumento absolutamente impecável, um vilão à altura da IMF e uma protagonista feminina que se revela o verdadeiro trunfo desta vigorosa continuação.” Leia a nossa opinião completa aqui. 

6º Que Horas ela Volta?



“Utilizando como pano de fundo a típica relação entre patrão e empregado, o afiado argumento é brilhante ao mostrar o impacto da desigualdade socioeconômica na rotina de duas mulheres ligadas pelo sangue, mas separadas pelas diferentes formas com que encaram os seus respectivos papeis dentro da sociedade. Revelando os contrastes e a hipocrisia por trás da estrutura de classes do nosso país, (Anna) Muyalert encontra nas vibrantes atuações de Regina Casé e Camila Márdila a força necessária para pintar -através da agitada relação entre uma resignada mãe e a sua independente filha - um moderno e espirituoso retrato social.” Leia a nossa opinião completa aqui

 Star Wars – O Despertar da Força 


“Grandioso do início ao fim, Star Wars: O Despertar da Força não é só o longa que os fãs de Luke, Han Solo e da Princesa Leia esperavam. Na verdade, esta audaciosa sequência simboliza o resgate do espírito aventureiro que transformou a franquia num dos maiores fenômenos - senão o maior - da cultura pop mundial. Completamente fiel à trilogia clássica, o longa dirigido por J.J Abrams nos leva a euforia ao buscar nas origens as ferramentas para atualizar a série, encontrando no icônico Uma Nova Esperança (1977) a inspiração necessária para introduzir os incríveis novos personagens.” Leia a nossa opinião completa aqui.

4º Perdido em Marte



“Se arriscando ao cultivar uma inesperada atmosfera descompromissada, Ridley Scott mostra em Perdido em Marte que um velho mágico ainda pode guardar novos truques. Fazendo um sofisticado uso do 3-D, que só amplia a sensação de angústia ao longo da turbulenta jornada de sobrevivência do protagonista, esta autoral aventura espacial empolga ao injetar uma invejável dose de vigor a ficção científica, se distanciando quase que por completo das mais recentes e aclamadas produções do gênero. Na verdade, à critério de comparação, o metafórico Gravidade, o mirabolante Interestelar e o irreverente Perdido em Marte têm apenas em comum o fato de comprovarem que a profissão astronauta está longe de ser uma das mais confortáveis.” Leia a nossa opinião completa aqui.

3º Whiplash – Em Busca da Perfeição


“Whiplash: Em Busca da perfeição é muito mais do que uma simples ode ao Jazz. Dirigido pelo prodígio Damien Chazelle (Toque de Mestre), que com apenas 29 anos filmou e editou o longa em dez dias, esse intenso drama musical é primoroso ao ressaltar o esforço técnico por traz do sonho em se tornar uma estrela da música. Se concentrando na relação de um opressor maestro, numa atuação soberba de J.K Simmons (Juno), com um pragmático aluno, vivido com energia por Miles Teller (Finalmente 18), essa obra empolga ao mostrar quão tênue é a linha entre a obsessão e a perfeição.” Leia a nossa opinião completa aqui.  

2º Divertida Mente 


“Divertida Mente se revela mais um dos magistrais trabalhos da Pixar, daqueles que parece ter orgulho em se manter fiel à identidade que consagrou o estúdio. Num período em que as mesmas fórmulas e personagens são requentadas em busca do necessário sucesso comercial, a empresa deixa a crise financeira de lado e volta aos trilhos com um trabalho comovente, inteligente, revigorante, ousado e acima de tudo original. Utilizando o fantástico mundo da animação para levantar preciosas questões inerentes à nossa existência, Pete Docter mais uma vez nos conduz por uma jornada repleta de situações divertidas e reflexivas, evidenciando que, tal qual a alegria e a tristeza, a inocência e a complexidade podem sim caminhar lado a lado.” Leia a nossa opinião completa aqui.


1º Mad Max – Estrada da Fúria 


“Trazendo um surpreendente frescor ao longa, que nem de longe se resume as magníficas sequências de ação, George Miller mostra fôlego ao liderar esta trabalhosa continuação, dando uma verdadeira aula de cinema ao construir uma aventura engajada, empolgante e - acima de tudo - surtada. (...) Uma daquelas peças que só poderiam ser pregadas por um experiente realizador, daqueles com energia de sobra para brincar com as expectativas e produzir um material visceral e genuinamente ousado. Viva Furiosa." Leia a nossa opinião completa aqui.

Merecem Destaque

- Ponte de Espiões




“Sóbrio, inteligente e absolutamente sagaz, Ponte de Espiões nos brinda com um retrato revelador sobre os bastidores de uma incrível história real. No seu mais completo trabalho desde o elegante Munique (2008), Steven Spielberg encontra na versatilidade de Tom Hanks e no excelente argumento os predicados necessários para narrar os magníficos feitos de um cidadão comum diante de duas potências bélicas.” Leia a nossa opinião completa aqui 

- Vingadores: A Era de Ultron



"Vingadores: Era de Ultron surpreende ao apostar numa abordagem mais humana e sombria envolvendo os seus super-heróis. Se apoiando no primoroso trabalho de todo o elenco, (...) Joss Whedon mostra perícia ao equilibrar as eletrizantes sequências de ação com os momentos mais singelos, fazendo do altruísmo o verdadeiro elo para este supergrupo." Leia a nossa opinião completa aqui

- Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)



“Atores, indústria, críticos, espectadores, ninguém passa impune pela poderosa e original critica proposta por Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), um relato vigoroso sobre o egocentrismo em torno das estrelas de Hollywood. (...) Se concentrando na jornada de um decadente ator marcado por um super-heroico personagem do passado, Iñarritu encontra no arrebatador Michael Keaton o nome perfeito para dar vida ao insano e obstinado Riggan Thompson.” Leia a nossa opinião completa aqui.

- Sicario: Terra de Ninguém



“Com o padrão Denis Villeneuve de tensão, Sicario: Terra de Ninguém é contundente ao escancarar a espiral de violência envolvendo o tráfico de drogas nos EUA. Num tom altamente crítico, o diretor canadense, aclamado pelos igualmente intensos Incêndios (2010) e Suspeitos (2013), aponta a sua mira feroz para o próprio governo norte-americano ao colocar em cheque as suas atitudes diante de um cenário cada vez mais alarmante.” Leia a nossa opinião completa aqui

- A Espiã que Sabia de Menos



"A Espiã que Sabia de Menos presta acima de tudo uma espirituosa homenagem aos clássicos da espionagem. (...) Demonstrando um louvável senso estético ao longo das velozes duas horas de projeção, Paul Feig eleva o seu patamar com esta vigorosa e ácida comédia de ação, arrancando genuínas gargalhadas ao comprovar que um vestido e uns quilinhos a mais podem sim combinar com um agente secreto." Leia a nossa opinião completa aqui

- Homem-Formiga


“Com pleno controle criativo sobre suas produções, a "casa das ideias" mais uma vez foge da obviedade, mostrando que mesmo conectados por uma linha narrativa os seus lançamentos podem diferir essencialmente um dos outros. Prova disso é que após a seriedade de O Soldado Invernal, a extravagância de Guardiões da Galáxia e a megalomania de A Era de Ultron, a Marvel Studios fecha a fase 2 dos Vingadores (...) comprovando através de uma bem humorada aventura que o menos ainda pode ser mais.” Leia a nossa opinião completa aqui

- Expresso do Amanhã



“Propondo um anárquico e violento duelo de classes em um gélido futuro pós-apocalíptico, o realizador asiático nos convida a embarcar numa viagem tensa, irônica e absolutamente original, criticando a partir de espertas metáforas não só o papel do Estado, como também a nossa própria conduta diante desta alegórica representação da vida em sociedade.” Leia a nossa opinião completa aqui

- O Ano mais Violento




“Utilizando como pano de fundo um dos momentos mais nocivos da história recente dos EUA, onde a criminalidade atingiu índices elevados nas grandes cidades, O Ano mais Violento é brilhante ao discutir as questões morais por trás do tão cobiçado sonho americano. Dirigido pelo promissor J.C Chandor (Até o Fim), (...) o longa segue um caminho perspicaz ao mostrar a voracidade das grandes empresas sob o sufocante ponto de vista de um empreendedor avesso às ilegalidades.” Leia a nossa opinião completa aqui

- Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros



"Oferecendo aquilo que o público gostaria de ver, Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros empolga ao fazer questão de manter viva a chama acesa pelo original, defendendo a atmosfera de fascínio promovida pelo icônico blockbuster noventista. Por mais que em alguns momentos o longa flerte com os clichês e as soluções exageradamente convenientes, forçadas até mesmo para um filme sobre criaturas pré-históricas, a nova aventura (...) conquista pela forma como quase venera o original sem esquecer de atualizar a franquia." Leia a nossa opinião completa aqui. 

- Shaun, O Carneiro



“Fiel à técnica do stop motion, um recurso extremamente artesanal que se tornou a marca desta empresa britânica, o longa se distancia das soluções mais recorrentes ao promover uma aventura descompromissada e naturalmente divertida. Uma despretensiosa pérola da animação, potencializada pelo humor universal, pelo fantástico apuro visual e pela cativante atmosfera lúdica.” Leia a nossa opinião completa aqui

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