sábado, 10 de abril de 2010

Cinemaniac Indica (300)

Considero Zack Snyder um dos grandes diretores da atualidade. Seu pioneirismo tecnológico, somado ao seu estilo de filmar, nos proporcionaram ótimos trabalhos como Watchmen e Madrugada dos Mortos. Mas foi em 300, que Snyder marcou o seu nome na história do cinema. Com um visual realmente sensacional, construído todo digitalmente, Snyder fez o primeiro grande Épico rodado todo em estúdio. O resultado é um trabalho envolvente, esteticamente brilhante, que se transformou em um dos grandes clássicos deste novo século.

Adpatando a Grafic Novel homônima escrita por Frank Miller e Lynn Varley, 300 é um dos filmes que mais me impressionou dentro de um sala de cinema. A HQ por si só já era grandiosa, afinal recriava a grande batalha de Termópilas, onde 300 soldados Espartanos resistiram vários dias a invasão do terrível exército Persa, considerado a maior força armada da época. Porém, a sua adaptação, conseguiu superar todas as expectativas, e se tornou referência para a maioria dos grandes filmes realizados ultimamente, inclusive o não menos genial Avatar. Rodado completamente em um estúdio fechado, com pouquíssimos cenários construídos fisicamente, o longa impressiona tamanha é a realidade apresentada na projeção. Inspirando-se no visual da Grafic Novel, o trabalho de Snyder é realmente deslumbrante. As cores, a natureza, a fotografia, tudo remete com fidelidade a obra de Miller, conseguindo um resultado realmente satisfatório . Apesar de toda violência estilizada, contida no filme, as cenas de batalha são deslumbrantes e já valem o preço do ingresso. Além disto, é impressionante como a computação gráfica foi bem utilizada, recriando toda a grandiosidade que um filme épico necessita ter.

Somado a toda esta beleza, Snyder aplica efeitos que acabaram virando sua marca registrada. Principalmente a inclusão da super camêra lenta, recurso que já fora utilizado antes, mas nunca com a criatividade e a expressão aplicada pelo diretor. Através deste recurso, as cenas de batalhas se tornam ainda mais fantásticas e impressionantes, combinando brilhantemente com todas as técnicas de computação utilizadas. Além desta expressiva técnica, a estilização do sangue e na construção dos personagens, tornam 300 uma experiência única. Conseguindo seguir à risca a obra de Frank Miller, é visível o trabalho de Snyder, não só na construção estética dos personagens, como também na direção dos atores.

Sem astros de grande porte, o diretor acerta na escolha do elenco, que conta inclusive com o galã brasileiro Rodrigo Santoro. Diferente do que muitos pensam, apesar de interpretar o Rei Persa Xérxes, Santoro não tem grande partcipação em número de cenas. Mas não dececpiona em sua atuação, dando forma a um excêntrico e afeminado vilão. Escolhido a dedo por Snider, em função de seu papel como travesti em Carandiru, o ator consegue uma atuação convicente. Além dele, o longa constatou que Gerard Butler, interprete do bravo e guerreiro rei Leônidas, era uma realidade em Hollywood. Com uma atuação realmente expressiva, que destaca a imponência do soldado espartano, Butler mostra todo o seu talento. Diferente da sua atuação em O Fantasma da Opera, Butller oferece toda a masculinidade e o testosterona que o personagem necessitava. Desde a voz enfática, à explêndida forma física, tudo contribui para a interpretação de Butler, que também não decepciona nos raros, porém existentes, momentos dramáticos da trama. Junto deles, se destacam o ator Dominic West, muito bem na pele do inescrupuloso Theron, e Lena Headey, a rainha Gorgo, que em meio a um filme extremamente machista, dá um toque feminino na trama.

Como se não bastasse todos estes pontos positivos, 300 possui um ótimo andamento, graças ao excelente roteiro adaptado por Kurt Johnstad, Zach Snyder e Michael Gordon. Destacando todo o heroismo do exército espartano, o longa fica marcado também por bons diálogos, e excelentes frases de efeitos, como as inesquecíveis "This is Sparta" e "This Night will dinner in Hell", todas esbravejadas pela voz impactante do rei Leonidas. Com um ritmo intenso, a trama foge visivelmente do contexto histórico da batalha, enfocando mais na resistência do exército espartano. Esta alternativa se mostra acertada, principalmente pelo impacto das batalhas apresentada no filme que garantem a diversão para todos os fãs do gênero.

Enfim, Zack Snider provou também que a tecnologia, quando bem utilizada, pode baratear a produção cinematográfica. Prova disto é que diferente da grande maioria dos filmes épicos, 300 custou apenas U$ 60 milhões, faturando quase meio bilhão de dólares em todo o mundo. Aliás, esta lucratividade, abriu fronteiras para que filmes como Avatar conseguissem bater recordes de bilheteria. Trabalho inestimável, difícil de se revelar com algumas palavras.

Por que Assistir ?

- Pelo pioneirismo visual apresentado por Snyder.
- Pelas excelentes cenas de batalhas, que garanto, vão surpreender à todos os espectadores.
- Pela ótima história, baseada na grafic novel de Frank Miller.

4 comentários:

Bruno Cunha disse...

O filme é espantoso! Tecnicamente é quase perfeito...
Snyder é um visionário!


Abraço
Cinema as my World

P.S.- É Snyder, enganaste-te.

thicarvalho disse...

Valeu pela dica Nekas, o texto já está corrgido. Qnt ao filme é realmente assustador o visual. Virou, inclusive, tema da minha monografia sobre animação, colaborando para minha boa nota. kkkkkkkkkkkkk Grande Snyder !!!!!! Abração e vote sempre.

Amanda Aouad disse...

Quando Butler pergunta: Espartanos o que vocês são e o coro responde: Guerreiros. É de arrepiar. O filme é muito bem feito e concordo que Santor está muito bem, alguns reclamaram da voz mecânica dele, não me incomoda.

thicarvalho disse...

A voz era até mesmo parte do personagem de Santoro, considerado um Deus na época do confronto. Acho q a voz veio para dar ainda mais imponência ao personagem. Mais um dos recursos bem utilizados por Snyder. Valeu pela vista Amanda. Beijos.