A animação computadorizada esta cada vez mais presente dentro do cinema. Diferente do que muitos pensam e do que ela já foi um dia, a animação não é mais um gênero cinematográfico, como o terror, a comédia, ou o drama. Na atualidade, ela passa a fazer parte da construção cinematográfica, independente de gênero, e por isto ocupa um lugar de destaque na produção. Então quando vemos uma animação, não podemos reduzir esta obra a um simples filme infantil, como foi no passado. As animações, vem cada vez mais tendo como temática a nossa própria realidade, recriada através de um visão hiper-real, ou seja, com uma nova cara a realidade padrão. E em Horton e o Mundo dos quem, vemos mais um exemplo desta nova característica do cinema de animação.
Quando vemos um elefante falante, metido a professor, uma canguru intransigente e uma série de bichinhos coloridos em uma floresta, pensamos se trata de um filme muito infantilizado. Porém, ai esta presente a hiper-realidade do filme. Já que dentro desta história, a temática vai além de um simples conto infantil. Baseado na obra de Dr Seuss, famoso por suas fábulas infantis, o filme discute a importancia da valorização das coisas pequenas, daquilo que não é visto, mas que existe.
Esta temática é muito interessante, já que destaca a importancia das "coisas" que não vemos, que para muitos não existem, mas que na verdade possuem vida. E foi muito bem passada no filme, já que mostra contraste, quando relaciona um elefante, um dos maiores mamíferos da natureza, com uma civilização dentro de uma simples particula de grão de poeira.
O filme conta a história de Horton (Jim Carrey na dublagem original), um elefante que, um dia, ouve um pedido de socorro vindo de uma partícula de poeira que flutua no ar. Surpreso, ele passa a desconfiar que possa existir vida dentro daquela partícula. Trata-se dos Quem, seres que ignoram a existência de vida fora da cidade em que vivem, a Quemlândia. Mesmo com todos à sua volta acreditando que perdeu o juízo, Horton decide ajudar os moradores de Quemlândia.
Esta ótima animação, uma das melhores dos últimos anos, além de inteligente e genuina, consegue passar uma bela mensagem, que cativa o espectador. Aliás, esta mesma mensagem foi muito utilizada por movimentos politicos pró-vida, que se utilizaram do filme para ilustrar toda a ideologia do movimento. Enfim, é mais uma prova que a animação, há anos, deixou de ser apenas um programa para as crianças.
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