O fim está próximo. Foi divulgado
nesta sexta-feira (07) o teaser de Vingadores: Ultimato, uma prévia dramática
que dialoga perfeitamente com o desfecho de Guerra Infinita. Em 2018, aliás, o
Universo Cinematográfico da Marvel completou dez anos de muito sucesso em vinte
produções com muito mais altos do que baixos. Para entrar no clima da CCXP
2018, nada mais justo que atualizar o nosso ranking com o melhor e o pior do
Universo Vingadores. Confira abaixo o trailer de Vingadores: Ultimato e siga
com a nossa lista sobre esta gigantesca saga.
O "pior" filme da lista está longe de ser uma produção propriamente ruim ou problemática. Disposto a apagar a má impressão deixada no questionado Hulk (2003), uma adaptação atrapalhada pelas tom exageradamente sério e pelo artificial uso do CGI, o diretor francês Louis Leterrier (Truque do Mestre) resgatou o monstrengo verde ao fazer de O Incrível Hulk uma versão absolutamente bem resolvida. Estrelado pelo temperamental Edward Norton, que mais tarde seria substituído pelo talentoso e boa praça Mark Ruffalo, o longa investiu pesado na ação ao tirar um excelente proveito dos efeitos digitais. O novo Hulk surge então raivoso e gigantesco, protagonizando algumas espetaculares sequências de ação. Além disso, reconhecidamente um dos poucos problemas do Universo Marvel nos Cinema, o vilão Abominável se revela um antagonista à altura deste icônico personagem, graças a competente atuação de Tim Roth. Narrativamente, porém, O Incrível Hulk é apenas eficiente, de longe o argumento mais burocrático dentro da franquia.
19º Homem de Ferro 2 (2010)
Após o fantástico primeiro longa, Homem de Ferro 2 (2010) chegou aos cinemas se revelando um entretenimento de qualidade, mas alguns degraus abaixo no que diz respeito a originalidade. Novamente dirigido por John Favreau, a continuação é certeira ao abraçar as crises do protagonista, desvendando com precisão e bom humor os dilemas e a egocêntrica personalidade de Tony Stark. Além disso, o longa é igualmente preciso ao introduzir a popular Viúva Negra (Scarlett Johansson), uma personagem forte que rouba a cena. Num todo, porém, Homem de Ferro 2 resolve caminhar por um terreno mais seguro, repetindo algumas fórmulas que consagraram o original. Visualmente impecável, o longa aposta num antagonista genérico, o russo Chicote Negro (Mickey Rourke), reduzindo o impacto desta sequência quando o comparamos com o seu antecessor. O que, verdade seja dita, não é um grande problema, já que o primeiro Homem de Ferro é primoroso.
18º Thor: O Mundo Sombrio (2013)
Uma continuação maior e mais requintada, Thor: O Mundo Sombrio corrige os deslizes do longa original ao flutuar da Terra para Asgard com absoluta precisão. Sob a batuta de Alan Taylor, realizador conhecido por episódios da série Game of Thrones, o longa ganhou uma roupagem ainda mais épica e grandiosa, explorando com habilidade a rivalidade entre Loki e Thor. Recheado de impecáveis sequências de ação, a continuação é igualmente certeira ao tirar proveito do talentoso elenco, permitindo que cada um dos personagens tenha o seu momento de destaque. Os talentosos Stellan Skarskarg, Natalie Portman e Rene Russo ganham uma participação ainda mais ativa dentro da trama, preenchendo as pequenas brechas deixadas pelo roteiro. O "calcanhar de aquiles" desta continuação, no entanto, é o insosso vilão Malekith. Apesar do visual caprichado e da competência do ator Christopher Ecclestone, o antagonista se revela o mais problemático da franquia, o que só não se torna um problema maior graças a presença do sempre dúbio Loki. Ainda assim, ora bem humorado, ora aventureiro, Thor: O Mundo Sombrio fez jus ao elevado padrão de qualidade dos seus antecessores, dando ao lendário deus nórdico uma continuação à sua altura. (Leia a nossa crítica completa)
17º Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)
De volta ao início do século XX, Capitão América: O Primeiro Vingador é preciso ao introduzir o clássico Steve Rogers. Dirigido por Joe Johnston (Jurassic Park III), o longa se revela uma aventura extremamente envolvente, principalmente pela forma como abraça o clima de época. Trazendo um dos antagonistas mais bem caracterizados da franquia, o nefasto Caveira Vermelha (Hugo Weaving), o realizador é fiel às histórias em quadrinhos ao introduzir o super soldado, realçando o seu idealismo e a sua postura ingenua durante a Segunda Guerra Mundial. Indo além das intensas sequências de ação, O Primeiro Vingador é habilidoso ao trabalhar com temas como a propaganda de guerra e a relação do herói com o seu amigo Bucky Barnes, preparando o terreno para os futuros longas da série. E isso sem falar da carismática presença de Chris Evans, que já neste primeiro filme mostrou ter sido a escolha perfeita para este importante papel. Esbanjando sutileza ao abordar as questões mais dramáticas e sentimentais, Capitão América: O Primeiro Vingador é um entretenimento completo. Um filme que diverte, empolga e emociona com a mesma facilidade.
16º Homem de Ferro 3 (2013)
Inegavelmente o título mais polêmico da franquia, Homem de Ferro 3 se tornou um grande divisor de águas para o estúdio. Ao contrário do seu antecessor, um longa que preferiu apostar em fórmulas mais seguras, a película dirigida por Shane Black (Beijos e Tiros) mostrou que a Marvel não tem medo de ousar. Um dos filmes mais originais da saga, Homem de Ferro 3 causou um enorme rebuliço junto aos fãs mais intransigentes, principalmente pela maneira com que descaracteriza alguns dos personagens mais marcantes das HQ's. Com liberdade para criar, Black construiu uma sequência inusitada, ora explosiva e urgente, ora familiar e divertida. A relação entre Tony Stark e o pequeno Harley Keener (Ty Simpkins), por exemplo, é inesperadamente cativante, assim como a inestimável presença do vilão Mandarim. Além disso, Homem de Ferro 3 abre espaço para a vasta coleção de armaduras do herói, que se transformam num elemento impactante dentro do frenético clímax. Aos 45 minutos do segundo tempo, no entanto, o roteiro dá uma ligeira derrapada, um fato decisivo para o rumo da série nos cinemas. Até porque, apesar do sucesso do longa nas bilheterias, os executivos do estúdio não gostaram nem um pouco das escolhas mais drásticas dos roteiristas, reduzindo desde então a liberdade criativa dos realizadores dentro do Universo Marvel.
15º Homem-Formiga e a Vespa (2018)
Mais uma peça minuciosamente encaixada na engrenagem Marvel, Homem-Formiga e a Vespa sintetiza a meu ver o melhor do MCU. Por mais que filmes eventos como Vingadores: Guerra Infinita sigam sendo o carro chefe da companhia e o principal combustível para o ‘hype’ que tomou conta dos lançamentos do estúdio, são nestas obras menores, íntimas e recheadas de detalhes que podemos perceber o misto de genialidade e perspicácia em torno desta longeva saga. Com um atemporal viés lúdico, personagens muito bem desenhados, um enérgico senso de urgência e magníficas sequências de ação, o longa novamente dirigido por Peyton Reed esbanja habilidade ao dar relevância a um super-herói subestimado, conseguindo, mesmo sem sacrificar a descomplicada aura aventuresca do seu arco, transformá-lo num elemento chave para o futuro da franquia. Um passo novamente ousado (e mais uma vez certeiro) capaz de estabelecer o tão aguardado universo quântico com leveza, bom humor e um forte senso de entretenimento. (Leia a nossa opinião completa)
15º Homem-Formiga e a Vespa (2018)
Mais uma peça minuciosamente encaixada na engrenagem Marvel, Homem-Formiga e a Vespa sintetiza a meu ver o melhor do MCU. Por mais que filmes eventos como Vingadores: Guerra Infinita sigam sendo o carro chefe da companhia e o principal combustível para o ‘hype’ que tomou conta dos lançamentos do estúdio, são nestas obras menores, íntimas e recheadas de detalhes que podemos perceber o misto de genialidade e perspicácia em torno desta longeva saga. Com um atemporal viés lúdico, personagens muito bem desenhados, um enérgico senso de urgência e magníficas sequências de ação, o longa novamente dirigido por Peyton Reed esbanja habilidade ao dar relevância a um super-herói subestimado, conseguindo, mesmo sem sacrificar a descomplicada aura aventuresca do seu arco, transformá-lo num elemento chave para o futuro da franquia. Um passo novamente ousado (e mais uma vez certeiro) capaz de estabelecer o tão aguardado universo quântico com leveza, bom humor e um forte senso de entretenimento. (Leia a nossa opinião completa)
14º Homem-Formiga (2015)
Por falar em originalidade, Homem-Formiga arrematou a fase 2 mostrando o cuidado da Marvel na introdução dos seus personagens. Apesar dos problemas durante a pré-produção, situações que levaram o diretor Edgar Wright - o idealizador da adaptação - a deixar o projeto, o longa dirigido por Peyton Reed (Sim, Senhor) adicionou novos ingredientes à franquia ao apostar em elementos oriundos dos filmes de assalto. Investindo num texto cômico e numa abordagem mais intimista, o argumento mostrou habilidade ao acompanhar o início da S.H.I.E.L.D, sem esquecer de apresentar a nova versão do carismático Homem-Formiga. Com um elenco escolhido a dedo, Paul Rudd, Michael Douglas e Evangeline Lilly caíram como uma luva na saga, dando a esta descompromissada continuação um inegável peso. Além disso, após a grandiosidade defendida pelo estúdio em A Era de Ultron, Reed é brilhante ao explorar o poderes deste minimalista personagem, entregando algumas das mais autorais sequências de ação da franquia. Contando também com uma montagem repleta de energia, que, não só traz mais agilidade às sequências de ação, como também pontua as hilárias explicações de Louis (Michael Peña), Homem-Formiga é uma espécie de "respiro" dentro do cada vez mais intenso Universo Marvel. (Leia a nossa crítica completa)
13º Thor (2011)
Preciso confessar, Thor é um daqueles filmes que parece melhorar a cada vez que assisto. Trazendo o mais expressivo antagonista da franquia, o sagaz Loki (Tom Hiddleston), o diretor Kenneth Branagh (Hamlet e Henrique V) usou a sua experiência em filmes de época para introduzir o reino de Asgard. Contando com o carisma do ator Chris Hemsworth, outro que foi escolhido a dedo para o papel, o longa é impecável ao acompanhar o processo de "humanização" do herói e a rixa palaciana envolvendo o seu irmão e pai. Recheado de primorosos efeitos visuais, principalmente no que diz respeito ao cenário Asgardiano, Thor flutua da ação para a comédia com absoluta categoria, arrancando uma série de risadas ao acompanhar a chegada do deus nórdico ao planeta Terra. Mesmo sem entregar a grandiosidade esperada em uma adaptação do porte deste icônico super-herói, Thor surpreende ao investir no altruísmo, encontrando a sua força na jornada de redenção deste poderoso personagem.
12º Doutor Estranho (2016)
Com um elenco de fazer inveja a qualquer grande produção do Oscar, Doutor Estranho é uma aventura eficaz que alcança um patamar superior graças ao seu fantástico apuro visual. No embalo da sensível trilha sonora de Michael Giacchino, impecável ao acompanhar o estado de espírito do protagonista, Scott Derrickson é habilidoso ao transitar pela ação, pela comédia e pelo drama com enorme dinamismo, absorvendo a vasta mitologia mística idealizada por Lee e Ditko com leveza e propriedade. Mesmo diante de algumas soluções inegavelmente convenientes, o processo de aprendizado de super-herói, por exemplo, se revela um tanto quanto acelerado, o realizador constrói uma película narrativamente redonda, bem resolvida, que realmente ousa ao oferecer uma experiência estética autoral, lisérgica e totalmente inédita dentro do vasto universo cinematográfico da Marvel Studios. (Leia a nossa crítica completa)
11º Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)
De longe o melhor titulo solo do personagem desde Homem-Aranha 2 (2004), De Volta ao lar acerta ao não depender exclusivamente do viés super-heroico. Embora cumpra os pré-requisitos mais básicos do segmento, entre eles a presença de um ótimo vilão, de um plot realmente consistente e de empolgantes sequências de ação, o longa dirigido por Jon Watts se esquiva dos clichês dos filmes de origem ao valorizar a figura do jovem Peter Parker. No melhor estilo comédia 'high-school', o criativo realizador revigora o grandiloquente Universo Marvel com uma película simples e contida no seu próprio mundo, uma aventura engraçadíssima sobre um nerd deslocado em busca da popularidade e da garota perfeita. E isso, senhoras e senhores, é Homem-Aranha em sua mais pura forma. Nem só de Peter\Tom, porém, vive o longa. Fazendo um bom uso do entrosado e diversificado elenco, Jon Watts permite que cada um dos coadjuvantes contribua para a extraordinária dinâmica do filme, principalmente o eufórico melhor amigo Jacob Batalon e a sarcástica Zendaya, ressaltando a sincera conexão entre os personagens através de diálogos genuinamente engraçados. Um desempenho tão consistente e harmonioso que nos faz esquecer, até mesmo, da presença de Robert Downey Jr., bem menos atuante do que a prévias pareciam sugerir. (Leia a nossa crítica completa)
10º Thor: Ragnarok (2017)
Um dos heróis mais poderosos do selo Marvel, o popular Thor foi, de longe, um dos personagens mais modificados na transição das páginas dos quadrinhos para as telas dos cinemas. Embora os competentes dois filmes solos do lendário deus nórdico tenham resgatado algumas das características mais marcantes das hq's, entre elas a imponência visual, o elemento fantástico e o constante jogo de poder palaciano, o protagonista ganhou uma perspicaz roupagem mundana, uma faceta convencida\imatura que o transformou num natural alívio cômico dentro do MCU. Ele, no entanto, merecia mais. E a Marvel tratou de reconduzi-lo ao time A dos Vingadores. Após se tornar uma espécie de coadjuvante de luxo em A Era de Ultron, o príncipe de Asgard volta das "férias" após Guerra Civil no irreverente Thor: Ragnarok, uma comédia aventureira que finalmente soube explorar o potencial "zueiro" do remodelado protagonista em sua máxima potência. Um dos projetos mais autorais da franquia, o longa dirigido pelo extravagante Taika Waititi empolga ao ampliar a mitologia do herói com extrema espontaneidade, se afastando mais do que o costume da geralmente "confortável" fórmula Marvel ao tratar o fim de forma irônica e indiscutivelmente audaciosa. Numa proposta irreverente, escapista, mas nada despretensiosa, o realizador neozelandês justifica o frisson em torno da sua improvável escalação ao pregar o desapego, ao subverter o teor épico\super-heroico presente no arco original, fazendo jus ao drástico subtítulo da película sem nunca abrir mão do seu afiado senso do humor. Além disso, Waititi esbanja virtuosismo técnico ao reverenciar o legado de cores e formas do cultuado quadrinista Jack Kirby, contornando os pontuais problemas de tom ao valorizar o 'fan service' na composição dos exuberantes cenários e das imagéticas sequências de ação.
12º Doutor Estranho (2016)
Com um elenco de fazer inveja a qualquer grande produção do Oscar, Doutor Estranho é uma aventura eficaz que alcança um patamar superior graças ao seu fantástico apuro visual. No embalo da sensível trilha sonora de Michael Giacchino, impecável ao acompanhar o estado de espírito do protagonista, Scott Derrickson é habilidoso ao transitar pela ação, pela comédia e pelo drama com enorme dinamismo, absorvendo a vasta mitologia mística idealizada por Lee e Ditko com leveza e propriedade. Mesmo diante de algumas soluções inegavelmente convenientes, o processo de aprendizado de super-herói, por exemplo, se revela um tanto quanto acelerado, o realizador constrói uma película narrativamente redonda, bem resolvida, que realmente ousa ao oferecer uma experiência estética autoral, lisérgica e totalmente inédita dentro do vasto universo cinematográfico da Marvel Studios. (Leia a nossa crítica completa)
11º Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)
De longe o melhor titulo solo do personagem desde Homem-Aranha 2 (2004), De Volta ao lar acerta ao não depender exclusivamente do viés super-heroico. Embora cumpra os pré-requisitos mais básicos do segmento, entre eles a presença de um ótimo vilão, de um plot realmente consistente e de empolgantes sequências de ação, o longa dirigido por Jon Watts se esquiva dos clichês dos filmes de origem ao valorizar a figura do jovem Peter Parker. No melhor estilo comédia 'high-school', o criativo realizador revigora o grandiloquente Universo Marvel com uma película simples e contida no seu próprio mundo, uma aventura engraçadíssima sobre um nerd deslocado em busca da popularidade e da garota perfeita. E isso, senhoras e senhores, é Homem-Aranha em sua mais pura forma. Nem só de Peter\Tom, porém, vive o longa. Fazendo um bom uso do entrosado e diversificado elenco, Jon Watts permite que cada um dos coadjuvantes contribua para a extraordinária dinâmica do filme, principalmente o eufórico melhor amigo Jacob Batalon e a sarcástica Zendaya, ressaltando a sincera conexão entre os personagens através de diálogos genuinamente engraçados. Um desempenho tão consistente e harmonioso que nos faz esquecer, até mesmo, da presença de Robert Downey Jr., bem menos atuante do que a prévias pareciam sugerir. (Leia a nossa crítica completa)
10º Thor: Ragnarok (2017)
Um dos heróis mais poderosos do selo Marvel, o popular Thor foi, de longe, um dos personagens mais modificados na transição das páginas dos quadrinhos para as telas dos cinemas. Embora os competentes dois filmes solos do lendário deus nórdico tenham resgatado algumas das características mais marcantes das hq's, entre elas a imponência visual, o elemento fantástico e o constante jogo de poder palaciano, o protagonista ganhou uma perspicaz roupagem mundana, uma faceta convencida\imatura que o transformou num natural alívio cômico dentro do MCU. Ele, no entanto, merecia mais. E a Marvel tratou de reconduzi-lo ao time A dos Vingadores. Após se tornar uma espécie de coadjuvante de luxo em A Era de Ultron, o príncipe de Asgard volta das "férias" após Guerra Civil no irreverente Thor: Ragnarok, uma comédia aventureira que finalmente soube explorar o potencial "zueiro" do remodelado protagonista em sua máxima potência. Um dos projetos mais autorais da franquia, o longa dirigido pelo extravagante Taika Waititi empolga ao ampliar a mitologia do herói com extrema espontaneidade, se afastando mais do que o costume da geralmente "confortável" fórmula Marvel ao tratar o fim de forma irônica e indiscutivelmente audaciosa. Numa proposta irreverente, escapista, mas nada despretensiosa, o realizador neozelandês justifica o frisson em torno da sua improvável escalação ao pregar o desapego, ao subverter o teor épico\super-heroico presente no arco original, fazendo jus ao drástico subtítulo da película sem nunca abrir mão do seu afiado senso do humor. Além disso, Waititi esbanja virtuosismo técnico ao reverenciar o legado de cores e formas do cultuado quadrinista Jack Kirby, contornando os pontuais problemas de tom ao valorizar o 'fan service' na composição dos exuberantes cenários e das imagéticas sequências de ação.
9º Vingadores: A Era de Ultron (2015)
Embalado por uma série de arrebatadoras cenas, daquelas capazes de nos levar à euforia, Era de Ultron surpreende ao apostar numa abordagem mais sombria envolvendo os seus super-heróis. Explorando os contrastes em torno da premissa, Joss Whedon é impecável ao construir um longa denso, mas absolutamente divertido, grandioso, mas cuidadosamente intimista. Fazendo o melhor uso possível deste supergrupo, que aqui tem um desenvolvimento surpreendentemente humano, a continuação ganha contornos épicos ao se apoiar não só na primorosa presença do vilão Ultron, e na pitada de insanidade que ele adiciona ao 'status quo' dos heróis, mas principalmente ao introduzir esta perceptível mudança de tom sem renegar a essência "pipoca" da franquia. Até porque, independente do senso de urgência da trama, sempre vai existir espaço para as espetaculares sequências de ação, para algumas participações inesperadas e para o humor afiado de Tony Stark e sua turma. (Leia a nossa crítica completa)
8º Capitão América: O Soldado Invernal (2014)
Impulsionado pelas empolgantes cenas de ação, a pancadaria come solta nas mãos dos diretores Anthony e Joe Russo, e pela grandiosidade dos efeitos visuais, O Soldado Invernal é muito mais do que um simples filme pipoca. É um sólido trabalho, responsável por dar um novo rumo ao universo Vingadores nos cinemas. Eu diria mais, esta continuação é uma resposta àqueles que duvidavam da capacidade do estúdio em produzir uma obra com um teor mais sério. Um verdadeiro thriller de espionagem, o longa é impecável ao revelar a nocividade da HYDRA, protegendo os segredos em torno dos nebulosos antagonistas. Com um Chris Evans cada vez mais à vontade no papel, o filme prepara o terreno para o desfecho da fase 2 da Marvel, levantando uma série de questões em torno do futuro deste supergrupo. Além disso, o longa introduziu personagens como o intenso Soldado Invernal (Sebastian Stan) e o empolgado Falcão (Anthony Mackie), um elemento que se tornou extremamente funcional nas grandiosas sequências de ação. E isso sem esquecer de trazer uma contextualizada crítica envolvendo a política armamentista norte-americana. (Leia a nossa crítica completa)
7º Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)
7º Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)
Uma continuação com o frescor do original, Guardiões da Galáxia Vol. 2 eleva o nível da brincadeira ao transformar um inusitado supergrupo no produto solo mais atraente do atual Universo Cinematográfico da Marvel. Com carta branca para criar após o bem sucedido primeiro longa, o audacioso James Gunn esbanja a sua reconhecida irreverência ao entregar uma sequência com uma identidade própria, uma película capaz de expandir os seus horizontes de maneira independente e sem a necessidade de se manter "presa" as engrenagens da franquia. Indo de encontro à maioria das continuações do gênero, o realizador não quis somente reciclar a estrutura do material fonte, ampliar o escopo da trama ou introduzir as tão esperadas novas ameaças. Na verdade, Gunn resolveu se aprofundar na natureza dos seus personagens, nas camadas brevemente introduzidas no filme anterior, estreitando os laços familiares entre eles ao investir numa premissa íntima, densa e sinceramente comovente. E isso, obviamente, sem abrir mão do "tempero" Guardiões da Galáxia. Com o pleno domínio narrativo sobre a sua obra, James Gunn nos brinda com uma mistura ainda mais apimentada, uma aventura exuberante potencializada pelo humor sacana, pelas inúmeras referências pop, pela poderosa trilha sonora e pelo incrível apuro estético. Em suma, embora tropece aqui ou ali, Guardiões Vol. 2 é o triunfo do patinho feio, a consolidação de um produto que encontrou no cinema a liberdade para alçar voos bem mais altos. (Leia a nossa crítica completa)
6º Pantera Negra (2018)
Pantera Negra é o filme mais importante da Marvel Studios. Simples assim. Após ficar atrás da concorrência quando o assunto foi a representatividade feminina no gênero, ponto para a DC e o empolgante Mulher-Maravilha, a empresa correu atrás do prejuízo com agilidade, fincando os dois pés na realidade ao entregar o super-herói negro que o cinema precisava. Sob a refinada batuta do talentoso Ryan Cogler, o longa exalta a nobreza da cultura negra com rara energia, respeitando o doloroso passado de uma raça numa obra que não se omite ao explorar o contexto histórico. E isso, obviamente, sem abrir mão do fator entretenimento que, por trás das sólidas discussões morais em torno da trama, guia a ação exaltando com propriedade as raízes afro. No embalo da arrepiante trilha sonora de Ludwig Göransson (Fruitvale Station), que, no ritmo dos riffs do talento rapper Kendrick Lamar, transita entre o afro, o rap e o hip-hop com maestria, Pantera Negra faz jus as expectativas ao se revelar uma obra recheada de estilo do primeiro ao último minuto de projeção. Sem medo de imprimir a sua reconhecível visão de realidade num universo tão bem consolidado quanto o MCU, Ryan Coogler reflete sobre o passado e o presente da raça negra com desenvoltura, conseguindo sair em defesa do poder da igualdade em um mundo globalizado enquanto reverencia a majestosa, inestimável e frequentemente esquecida cultura africana. Finalmente temos super-herói negro capaz de sair das sombras, capaz de “brigar” em condições igualitárias com qualquer outro gigante do gênero. O triunfo nas bilheterias não me deixa mentir. (Leia a nossa crítica completa)
5º Guardiões da Galáxia (2014)
Se você quer saber o porquê de todo o sucesso dos filmes da Marvel, assista a Guardiões da Galáxia e terá a sua resposta. Apostando no carisma e na excentricidade destes desconhecidos personagens, a o estúdio supera todas as expectativas ao encontrar a alternativa perfeita para conseguir ampliar o seu universo cinematográfico. Transformando o supergrupo b dos quadrinhos em um avassalador sucesso de público e crítica, o diretor James Gunn nos apresenta uma obra exótica e original, completamente distante do que vem sendo produzido dentro do gênero. Equilibrando de forma primorosa ação, comédia, aventura e o ótimo repertório musical, esta adaptação é um tiro certeiro capaz de reunir toda a essência da Marvel em um mesmo longa. Mesmo com alguns pequenos deslizes, a maioria deles reduzidos ao problemático vilão Ronan, o longa surpreende ao investir numa estética absolutamente pop, potencializada pelo fantástico elenco, pelo cenários ultra coloridos e pela trilha sonora setentista. (Leia a nossa crítica completa)
4º Vingadores: Guerra Infinita (2018)
Um dos “calcanhares de Aquiles” da Marvel na última década, obviamente, ficou pelo inegável apego dos produtores pelas suas produções. Embora, à essa altura, seja difícil contestar os feitos de Kevin Feige e sua turma, é fato que, seguindo a (lucrativa) fórmula familiar proposta desde a fase um, o Universo Vingadores se tornou um ambiente seguro demais nos cinemas. A ousadia, na verdade, se fez presente muito mais na narrativa dos longas, do que propriamente no destino dos (principais) personagens. O sacrifício se tornou um tabu dentro desta escapista engrenagem. Isso, pelo menos, até o lançamento do imponente Vingadores: Guerra Infinita, um filme capaz de redefinir o conceito de épico dentro da franquia. Consciente das elevadas expectativas do público quanto ao poder de destruição do ameaçador Thanos, um personagem que, ao longo da última década, se tornou um dos mais bem construídos da história do segmento, os irmãos Anthony e Joe Russo entregam um blockbuster raro, um longa impiedoso capaz de ir da empolgação ao choque com um estalar de dedos. Um filme evento que, embora tenha um satisfatório senso de conclusão, é ainda esperto ao alimentar as possibilidades para os próximos capítulos, o que fica claro na inventiva cena pós-crédito, estabelecendo algumas possibilidades que só comprovam a criatividade do MCU em seguir movendo as suas peças mirando o futuro sem esquecer do presente.
4º Vingadores: Guerra Infinita (2018)
Um dos “calcanhares de Aquiles” da Marvel na última década, obviamente, ficou pelo inegável apego dos produtores pelas suas produções. Embora, à essa altura, seja difícil contestar os feitos de Kevin Feige e sua turma, é fato que, seguindo a (lucrativa) fórmula familiar proposta desde a fase um, o Universo Vingadores se tornou um ambiente seguro demais nos cinemas. A ousadia, na verdade, se fez presente muito mais na narrativa dos longas, do que propriamente no destino dos (principais) personagens. O sacrifício se tornou um tabu dentro desta escapista engrenagem. Isso, pelo menos, até o lançamento do imponente Vingadores: Guerra Infinita, um filme capaz de redefinir o conceito de épico dentro da franquia. Consciente das elevadas expectativas do público quanto ao poder de destruição do ameaçador Thanos, um personagem que, ao longo da última década, se tornou um dos mais bem construídos da história do segmento, os irmãos Anthony e Joe Russo entregam um blockbuster raro, um longa impiedoso capaz de ir da empolgação ao choque com um estalar de dedos. Um filme evento que, embora tenha um satisfatório senso de conclusão, é ainda esperto ao alimentar as possibilidades para os próximos capítulos, o que fica claro na inventiva cena pós-crédito, estabelecendo algumas possibilidades que só comprovam a criatividade do MCU em seguir movendo as suas peças mirando o futuro sem esquecer do presente.
3º Capitão América: Guerra Civil (2016)
Cultivando sentimentos até então raros dentro do Universo Vingadores, como a dor, a raiva e a vingança, Capitão América: Guerra Civil marca o amadurecimento de uma franquia que não se cansa de ousar e surpreender. Auxiliados pela invejável química entre os atores, os irmãos Anthony e Joe Russo são corajosos ao escancarar as consequências por trás deste gigantesco embate, revelando o quão nocivo e extremo podem ser os espólios de uma guerra. Recheado de momentos memoráveis, o longa empolga ao construir um história sóbria, com forte carga dramática, sem abrir mão dos aguardados alívios cômicos e das espetaculares sequências de ação. Desta forma, ao aliar tensão, drama e humor com absoluta propriedade, a Marvel Studios comprova que seriedade e diversão podem caminhar lado a lado dentro deste concorrido gênero. (Leia a nossa crítica completa)
2º Homem de Ferro (2008)
O Abre Alas da Marvel Studios, Homem de Ferro conquistou a crítica e o público ao investir numa aventura irônica e repleta de personalidade. Responsável por ditar o tom que viria a guiar esta poderosa franquia, o longa dirigido por Jon Favreau (Chef) reuniu tudo aquilo que um filme de super-herói deveria ter. Com personagens carismáticos, espetaculares cenas de ação e um argumento impecável, a cereja do bolo caiu nas mãos do ator Robert Downey Jr. Numa performance magnífica, o ator deu a volta por cima em sua carreira ao absorver as nuances por trás do complexo Tony Stark. Além disso, Downey Jr. trouxe popularidade a este personagem do time B da Marvel, o transformando numa das peças chaves dentro do Universo Vingadores. Uma aposta de risco do estúdio que, ao contrariar todas as expectativas, começou a redefinir o gênero ao valorizar acima de tudo a diversão e o entretenimento.
1º Os Vingadores (2012)
Reunindo pela primeira vez a super equipe de heróis Marvel, Os Vingadores (2012) figura na minha lista pessoal de melhores filmes do gênero. Estupidamente divertido, o longa dirigido por Joss Whedon conquistou o público ao valorizar a dinâmica deste grupo, abrindo espaço para as rixas, as diferenças ideológicas e para a construção da tão celebrada química entre eles. Através de uma premissa bem resolvida, a película premiou o público com uma sucessão de momentos empolgantes, oferecendo muita ação, personagens bem construídos e uma premissa naturalmente envolvente. Investindo no humor e nos primorosos efeitos visuais, Whedon esbanjou categoria ao abraçar as características mais marcantes de cada um dos super-heróis, realçando a pluralidade deste carismático supergrupo. O resultado não podia ser outro. Recebido com entusiasmo pela crítica, Os Vingadores se tornou um estrondoso sucesso comercial ao faturar US$ 1,5 bi ao redor do mundo.
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2 comentários:
Com certeza a maioria foi bons mesmos os filmes, poucos deram maus resultados, a Marvel tem muitos heróis formidáveis, e atualmente vem criando outros como o Pantera Negra, um herói Afro.
Sem dúvidas Jotat. O pior filme da Marvel é melhor do que muita coisa que vemos por ai. Valeu pela visita.
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