sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Animação x "Live-Action": a estonteante nova “cara” de O Rei Leão


Impulsionado pelo sucesso de títulos como Alice no País das Maravilhas, a Disney enxergou o seu novo pote de ouro na adaptação em live-action dos seus clássicos desenhos animados. No Cinemaniac, inclusive, já postamos um artigo sobre esta nova empreitada do estúdio, uma opção ousada principalmente por lidar com o vínculo afetivo daqueles que cresceram assistindo a essas obras. Embora, obviamente, o foco esteja nas novas gerações, era nítido que a Disney tinha o interesse também em tirar proveito do aspecto nostálgico, do forte elo entre o público e os personagens. O que ficou bem claro, em especial, nas minuciosas adaptações dos icônicos Mogli: O Menino Lobo e o A Bela e a Fera. O anúncio que o próximo nome desta lucrativa lista seria O Rei Leão (1994), no entanto, gerou um misto de frisson e receio. Afinal de contas, mais do que um símbolo da retomada da marca Walt Disney, a imponente obra dirigida pela dupla Roger Allers e Rob Minkoff se tornou um dos maiores longas da história da Sétima Arte, um daqueles filmes ainda hoje reverenciados por plateias ao redor do mundo. Um sentimento de expectativa que, sem sombra de dúvidas, foi elevado a máxima potência com a divulgação do espetacular primeiro trailer de O Rei Leão. Sob a batuta de Jon Favreau, o homem por trás do estupendo Mogli, a prévia aqueceu o coração dos fãs ao revelar o esmero quanto a qualidade do material original. Num trabalho indiscutivelmente reverente, em pouco mais de um minuto vemos momentos chave da animação original ganharem vida dentro de um contexto verossímil e fotorrealista, comprovando o esforço da Disney em entregar algo novo para a garotada e ao mesmo tempo reconhecível para os mais velhos de plantão. Neste artigo, portanto, resolvi dissecar o impactante teaser (assista abaixo) e revelar o quão reverente tende a ser a versão ‘live-action’ de O Rei Leão a partir dos frames deste primeiro vídeo. 

- Nascer do Sol na Savana


A prévia começa da mesma forma com que o clássico de 1994 se inicia: com um radiante pôr do sol na savana africana. Um ‘start’ inesquecível replicado de maneira quase que literal no teaser.

- Antílopes observam o horizonte


Outro elemento da abertura do longa reproduzido com extremo detalhismo fica pelos antílopes, que, assim como no trailer do original, marcam presença olhando para o local que aconteceria o batismo de Simba.   

- Aves voam sobre rios


Aqui podemos perceber melhor o peso do CGI fotorrealista. Embora as cenas se assemelhem bastante, fica claro a maior riqueza de detalhes na versão ‘live-action’.

- A imponente montanha


Talvez o take mais arrepiante do teaser, o momento em que nos deparamos com a montanha em que o leãozinho Simba será batizado remete diretamente à clássica versão original. Enquadramento, palheta de cores, tudo parece pensado para reverenciar o longa de 1994. E o resultado é indescritível.

- O sábio macaco Rafiki rouba a cena


Um dos inúmeros personagens cativantes de O Rei Leão, o curioso macaco Rafiki me parecia um dos elementos mais desafiadores na transição para a verossimilhança do ‘live-action’. O resultado, porém, é estupendo. O Rafiki na versão CGI é tão expressivo e impactante quanto o da versão clássica, mostrando o apreço de Jon Favreau pelo material fonte.

- A aparição do fofíssimo Simba filhote


O que falar do Simba filhote? É impressionante como, mesmo sob uma perspectiva fotorrealista, o teaser respeita as feições do longa original. Apesar do peso da cena em questão, está claro que estamos não de um leãozinho qualquer, mas do Simba, o grande protagonista desta inesquecível animação.

- O Batismo do Simba


Dando sequência ao teaser, Jon Favreau resgata um dos momentos mais singelos da icônica cena de abertura de O Rei Leão (1994) ao traduzir com raro esmero a sequência do batismo. Ao que tudo indica, inclusive, a expectativa é que a abertura da versão ‘live-action’ reverencie ao máximo a do original.

- Simba é apresentado (parte 1)


As imagens falam por si só. Original e ‘live-action’ se confundem de maneira memorável.

- Simba é apresentado (parte 2)


Jon Favreau, aqui, mostra como é possível reverenciar a obra original sem deixar de aproveitar as novas possibilidades permitidas pelo CGI. Embora as duas cenas causem o mesmo impacto, a mudança de perspectiva da versão ‘live-action’ só realça a imponência da situação em si.

- Ajoelhem-se perante o novo príncipe


Nesta sequência, entretanto, podemos perceber o quão alguns momentos são inigualáveis. Por melhor que sejam as novas tecnologias, a fotografia fotorrealisita, o CGI, replicar esta magnífica cena era uma missão praticamente impossível. Como costumo dizer, um daqueles quadros dignos de moldura.

- Simba se depara com a sua fragilidade infantil


Sem querer revelar muito, a relação entre Simba e Mufasa é o ponto chave de O Rei Leão. Muito em função, diga-se de passagem, de cenas como a sequência em que pai e filho conversam sobre as suas respectivas responsabilidades, uma troca de experiências sintetizada pela sequência da pegada. Um momento que, ao que tudo indica, será literalmente replicado aqui.

- A redenção de Simba


Eis que, na última sequência do teaser, Jon Favreau mostra o já adulto Simba rugindo alto numa sequência que, diretamente, remete ao desfecho de O Rei Leão (1994). Pode ser que seja uma pegadinha, uma simples cena tirada de contexto, mas a relação entre as duas cenas é clara.


Enfim, por mais que seja impossível analisar um longa pelo seu ‘teaser’, está claro que a prévia de O Rei Leão versão ‘live-action’ cumpriu com louvor a missão de gerar o ‘hype’ em torno de uma produção que só chega aos cinemas em 2019. Espero, do fundo do coração, que Jon Favreau e a sua turma consiga entregar algo à altura do longa original, uma obra que consiga causar nas novas gerações o impacto que este filme teve na minha geração. 

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