domingo, 8 de maio de 2016

Top 10 (Dia das Mães)


Neste domingo (08) comemoramos mais um Dia das Mães, uma data especial para ser celebrada em família. E como o nosso assunto é o mundo da sétima arte, neste Top 10  iremos listar algumas das figuras maternas mais significativas do cinema atual. Nesta matéria especial, iremos atualizar a relação apresentando personagens que se destacaram na última década. E aproveitando o tema confira aqui uma outra lista com as mamães mais queridas do Cinema.

10ª Violet (Meryl Streep), Álbum de Família (2013)




Longe de ser um tipo fácil, a ranzinza Violet encontra uma oportunidade de unir as sua família no intenso Álbum de Família. Interpretada com maestria por Meryl Streep, esta envelhecida personagem aproveita o sumiço do marido para se reaproximar das filhas, num final de semana absolutamente revelador. Apesar da sua postura intragável, Violet esconde uma fragilidade comovente, construindo uma relação vibrante com a indomável Barbara (Julia Roberts). Sem querer revelar muito, a sequência do almoço é de tirar o fôlego de tão bem desenvolvida. Um interessante trabalho do diretor John Wells (A Grande Virada). Confira a nossa opinião aqui

9ª Sara Fitzgerald (Cameron Diaz), Uma Prova de Amor (2009)



Tendo o seu amor de mãe colocado em cheque, Sara Fitzgerald enfrenta um drama nada convencional no lacrimoso Uma Prova de Amor. Diante de uma situação naturalmente dolorosa, a personagem interpretada por Cameron Diaz se vê numa encruzilhada quando a sua filha, uma paciente terminal, decide interromper o tratamento. Apesar do tom ligeiramente melodramático, o diretor Nick Cassavetes explora este complexo tema com delicadeza, tirando um excelente proveito da relação entre ela e as duas filhas (Sofia Vassilieva e Abigail Breslin). Inegavelmente, Sara se revela uma personagem resiliente e exemplar. 

8ª Alice Ward (Melissa Leo), O Vencedor (2010)



Ainda que não seja um exemplo propriamente positivo, a super-protetora Alice Ward roubou a cena no aclamado O Vencedor. Dando vida a uma figura bem intencionada, mas nociva, a vencedora do Oscar Melissa Leo impressiona ao capturar a humanidade desta personagem, potencializando a relação com os seus filhos Micky (Mark Wahlberg) e Dicky (Christian Bale). Um relação ora explosiva, ora afetuosa, naturalmente um dos pontos altos do mise-en-scene familiar criado pelo diretor David O.Russel. 

7ª Maria (Naomi Watts), O Impossível (2012)



Inspirado numa poderosa história real, O Impossível atesta o poder do amor materno ao narrar a jornada de uma mulher disposta a salvar o seu filho de um devastador tsunami. Numa atuação física e vigorosa, Naomi Watts traduz com absurda contundência as consequências desta aterrorizante experiência, principalmente na poderosa relação com o seu jovem e assustado filho (Tom Holland). Indicada ao Oscar por este papel, a atriz australiana faz de Maria uma figura exemplar, uma verdeira sobrevivente. 

6ª Diane (Anne Dorval), Mommy (2015)


Da mente do jovem realizador Xavier Dolan, Mommy expõe com rara inspiração o fardo do amor materno. Através da irresponsável Diane, magnificamente interpretada por Anne Dorval, acompanhamos a jornada de uma mãe prestes a tomar uma drástica decisão envolvendo o seu problemático Steve. Diane é aquela personagem apaixonante, humana, que como muitas mães não parecem preparadas para lidar com a sua  cria. O resultado é uma relação marcada pelo vigor, pela instabilidade e pela dor. Confira a nossa opinião aqui

5ª Alice (Juliane Moore), Para Sempre Alice (2014)



Interpretada com absoluta categoria, a talentosa Juliane Moore comove ao dar vida a independente Alice. Na pele de uma mãe precocemente diagnosticada com Alzheimer, a atriz é impecável ao evidenciar o impacto desta devastadora doença, traduzindo a deterioração intelectual da sua personagem com suavidade e emoção. Com destaque para a relação entre ela e a sua filha Lydia (Kristen Stewart), uma jovem aspirante a atriz que se aproxima da mãe à medida que Alice começa a padecer diante da doença. Em suma, um drama profundo e intimista, um tocante relato sobre o amor materno em meio a esta desafiadora condição. Confira a nossa opinião aqui

4ª Val (Regina Casé), Que Horas ela Volta? (2015)


Um excelente representante do cinema brasileiro, Que Horas ela Volta? encontra investiga as incoerências da nossa sociedade através da cativante Val. Na pele de uma submissa empregada doméstica, a atriz Regina Casé dá um verdadeiro show ao capturar as nuances da sua fantástica personagem, uma mulher que passa a enxergar a sua rotina de maneira diferente no momento que reencontra a sua indomável filha. Numa poderosa crítica social, a relação entre as duas é absolutamente envolvente, colocando o dedo na ferida ao expor alguns dos mais enraizados problemas sociais do nosso país. Um baita filme, marcado pelo humor afiado, pelo roteiro envolvente e pelas expressivas atuações de Regina Casé e Camila Márdila. Confira a nossa opinião aqui

3ª Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), Um Sonho Possível (2009)



Baseado em uma incrível história real, Sandra Bullock dá vida a incrível Leigh Anne Tuohy, um exemplo de figura materna. Casada, mãe de dois filhos, Leigh é uma daquelas mulheres cheia de atitude. Zelosa com seus filhos, ela acaba se comovendo pela situação do calado Big Mike (Quinton Aaron), um jovem de passado nebuloso que vive sem local definido. Indignada com a situação, Leigh acaba dando abrigo ao garoto e descobre um futuro brilhante para a sua vida. Uma grande atuação de Bullock, que a colocou novamente no caminho dos grandes filmes, lhe rendendo, inclusive, o Oscar como Melhor Atriz. Confira a nossa opinião aqui

2ª Mãe (Patricia Arquette), Boyhood (2014)



Aclamado pela crítica norte-americana, Boyhood traz entre os seus inúmeros predicados uma forte figura materna. Interpretada pela vencedora do Oscar Patricia Arquette, a Mãe se revela uma das forças motoras da obra de Richard Linklater, absorvendo como poucas as nuances desta personagem humana, falha, mas absolutamente determinada. Um tipo determinado a aprender com os seus próprios erros. Sem dúvida alguma, um dos pontos altos deste ousado longa. Confira a nossa opinião aqui

1ª Ma (Brie Larson), O Quarto de Jack (2016)



Numa atuação vigorosa, Brie Larson entrega uma soberba atuação ao dar vida a uma esperançosa figura materna em O Quarto de Jack. Na pele da indomável Ma, a atriz vencedora do Oscar absorve com rara inspiração o misto de emoções enfrentadas pela sua personagem, uma jovem sequestrada que resolve fazer do seu cativeiro um lugar especial para o seu ingenuo filho. Embalado pela primorosa presença do pequeno Jacob Tremblay, o diretor Lenny Abrahamson esbanja sutileza ao narrar o drama desta forte personagem feminina, nos brindando com um longa sensível e comovente. Confira a nossa opinião aqui

Menções Honrosas

- Dona Hermínia (Paulo Gustavo), Minha Mãe é uma Peça (2013)



Longe de ser uma película memorável, Minha Mãe é uma Peça tem os seus momentos. Apesar dos clichês, a comédia autobiográfica de Paulo Gustavo cativa ao fazer de Dona Hermínia um tipo absolutamente universal. Mesmo irreverente e espalhafatosa, a adorável personagem dialoga com situações comuns à qualquer família, entre elas a preocupação com a saúde dos filhos, a irritação com a imaturidade deles e o peso do fardo do amor materno. E isso sem perder o bom-humor, que dita o tom do longa até o exageradamente doce desfecho. 

- Kate (June Squibb), Nebraska (2013)



Apesar de coadjuvante, a carismática June Squibb é a força motora do excelente Nebraska. Numa trama sobre a relação entre um senil pai e um acomodado filho, a espevitada Kate toma o filme de assalto ao adicionar um tempero todo especial a este intimista drama independente. Sagaz, inteligente e dona de um humor afiado, a idosa adiciona peso à película e coloca em cheque o velho jargão. Aqui, atrás de dois homens aparentemente apáticos, existe uma indomável mulher. Confira a nossa opinião aqui

- Rosie (Scarlett Johansson), Jojo Rabbit (2019)


Não tem como não deixar de atualizar esta lista com esta mamãe magnífica chamada Rosie. Scarlett Johansson mostrou em Jojo Rabbit um sólido repertório dramático ao dar vida a uma mulher de fibra, uma figura materna disposta a enfrentar um sistema para dar ao seu querido (e manipulável) filho o futuro que ele merecia. Uma personagem radiante, sábia, valente e inesquecível. 

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