segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Celebrando o Dia das Crianças, confira uma lista com alguns dos novos sucessos da animação


Nesta segunda-feira (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, celebramos também o popular Dia das Crianças. Uma data em que a criançada assume o controle remoto e tira um enorme proveito da programação televisiva direcionada ao público mirim. Aproveitando então a chegada e os festejos em torno deste importante dia, neste especial do Cinemaniac confira uma lista com algumas das novas e bem sucedidas animações lançadas nos últimos cinco anos. E começamos com...


- Divertida Mente (2015)


Após ceder as fórmulas mais comerciais nos divertidos Carros 2 (2011), Valente (2012) e Universidade Monstros (2013), a Pixar volta a defender a originalidade que a consagrou com o fantástico Divertida Mente (confira a nossa opinião aqui). Nos conduzindo por uma mágica e absolutamente genial viagem pelo cérebro humano, o novo trabalho do expressivo diretor Pete Docter (Up - Altas Aventuras) se apropria com uma impressionante inocência de temas complexos, mostrando de um ponto de vista adoravelmente particular as oscilações emocionais de uma garotinha prestes a encarar a pré-adolescência. Uma jornada brilhante e impecavelmente universal, que se dispõe a transformar uma elaborada premissa sobre o nosso comportamento, numa leve e singela brincadeira de criança. Sucesso de crítica, o longa faturou US$ 818 milhões ao redor do mundo, se tornando um dos mais lucrativos longas desta temporada.

- Shaun, o Carneiro (2015)


O mais novo trabalho do estúdio Aardman, o mesmo dos aclamados A Fuga das Galinhas (2000) e Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais (2005), Shaun, o Carneiro - O Filme (confira a nossa opinião aqui) ousa ao dar contornos elaborados a uma singela premissa familiar. Capturando com brilhantismo a essência narrativa do cinema mudo, a adorável animação dirigida por Richard Starzak e Mark Burton abre mão dos diálogos ao privilegiar a expressividade dos seus carismáticos personagens, comprovando ser capaz de comover e arrancar honestas risadas mesmo sem o auxílio das palavras. Fiel à técnica do stop motion, um recurso extremamente artesanal que se tornou a marca desta empresa britânica, o longa se distancia das soluções mais recorrentes ao promover uma aventura descompromissada e naturalmente divertida. Uma despretensiosa pérola da animação, potencializada pelo humor universal, pelo fantástico apuro visual e pela cativante atmosfera lúdica. Aclamado pela crítica, a animação conseguiu uma média de 81 pontos no rigoroso Metacritic, Shaun, o Carneiro comprovou o brilhantismo do gênero. E aproveitando o tema confira também o nosso Top 10 envolvendo os melhores longas animados produzidos em Stop Motion.

- O Pequeno Príncipe (2015)


Longe de ser uma adaptação literal da obra de Antoine de Saint-Exupéry, a animação O Pequeno Príncipe (confira a nossa opinião aqui) cativa ao capturar com criatividade a essência deste clássico conto infantil. Visualmente irretocável, o longa dirigido por Mark Osborne (Kung Fu Panda) é encantador ao abordar de maneira lúdica alguns dos temas mais complexos por trás desta fábula, fazendo com que o livro e a jornada de uma rigorosa garotinha se cruzem numa adorável história de amizade e descobertas. Fiel aos diálogos mais icônicos do texto original, que ganham corpo com sensibilidade e extremo bom gosto, o argumento é habilidoso ao promover um ode à magia da infância, evidenciando através desta nova roupagem as dificuldades em se cultivar a inocência numa realidade cada vez mais cinza e hostil. Recebido de maneira positiva pela crítica, o longa teve 70 pontos do Metacritic, O Pequeno Príncipe é certeiro ao misturar a animação digital com o stop motion. 

- Minions (2015)


Contando com um competente trabalho de dublagem da atriz Adriana Estevez, que se sai muito bem como a bélica e rasa vilã Scarlett Overkill, Minions é uma daquelas funcionais apostas de pouco risco. Se apoiando com destreza no magnetismo destas criaturas, este competente e visualmente inquestionável derivado justifica a popularidade dos adoráveis amarelinhos numa aventura leve, descompromissada e altamente agradável para a criançada de plantão. Ainda que o marketing do longa tenha comprometido algumas das sequências mais engraçadas, que foram desastradamente utilizadas em muitas das prévias, os diretores Pierre Coffin e Kyle Bald nos conduzem por um entretenimento de difícil esgotamento, que com bom humor e inocência consegue proteger parte de suas surpresas. Vide o animado clímax, onde tudo se encaixa rumo a um desfecho completamente recompensador para os fãs desta franquia. Mesmo não sendo o melhor dos trabalhos desta lista, o longa protagonizado pelas adoráveis criaturazinhas amarelas se tornou um estrondoso sucesso de público, faturando US$ 1,51 bi ao redor do mundo. 

- Os Pinguins de Madagascar (2015)


Apostando num humor altamente debochado, o que já fica nítido desde a sequência inicial, quando conhecemos a sua origem e a forma como eles deixam a previsível marcha dos pinguins para viver uma vida de aventuras, o longa dirigido por Simon J. Smith e Eric Darnell é certeiro ao capturar a essência que consagrou estes quatro personagens. Uma animação que, mesmo sem a profundidade de outros lançamentos da própria Dreamworks, oferece aquilo que o seu público se acostumou a ver. Arrancando inúmeras risadas, Os Pinguins de Madagascar (confira a nossa opinião aqui) se tonou um enorme sucesso nos mercados internacionais onde somou US$ 290 milhões. Nos EUA, recebido com pouco entusiasmo pela crítica, o longa somou US$ 83 milhões. Por falar nos pinguins, confira o nosso Top 10 envolvendo os maiores ladrões de cena na animação

- Operação Big Hero 6 (2014)


Inspirado numa praticamente desconhecida franquia Marvel, mais voltada ao mercado asiático, Operação Big Hero 6 (confira a nossa opinião aqui) se destaca ao conseguir apresentar, numa mesma animação, elementos marcantes da Disney, da Pixar e da Marvel Studios. No vácuo do fenômeno de público e crítica Frozen - Uma Aventura Congelante, que já havia demonstrado o quão evoluída estava a parceria entre estes dois pilares da animação, o longa dirigido por Don Hall e Chris Williams empolga ao explorar com habilidade o humor infantil e o senso de aventura da Disney, o peso narrativo, a ousadia visual e os curtas-metragens de aberturas da Pixar, e o carisma sempre marcante dos personagens Marvel. Ainda que sob a chancela criativa da Disney, que nitidamente se sobressai em meio a divertida trama, o dedo do produtor executivo e midas da Pixar John Lasseter, aliado a sempre presente figura de Stan Lee, mostram que os méritos desta certeira produção merecem ser divididos. Enorme sucesso de público, Operação Big Hero 6 superou as expectativas ao faturar US$ 657 milhões ao redor do mundo. 

- Festa no Céu (2014)


Após quase quinze anos de produção, o diretor Jorge R. Gutierrez faz de Festa no Céu (confira a nossa opinião aqui) uma ode ao vasto folclore mexicano. Apostando num tom extremamente lúdico, destacado pelo fantástico e bem característico aspecto visual, o longa produzido por Guillermo Del Toro se mostra encantador ao tornar universal uma história de amor, morte e companheirismo. Explorando com grande inspiração os traços mais marcantes da religiosidade desta região, potencializada por uma trama que não se preocupa somente com o lado comercial, a animação opta por exaltar a vida através do tão tradicional Dia dos Mortos. Um fantástica viagem não só para as crianças, como também para os adultos. Bem recebido pela crítica, Festa no Céu não se saiu tão bem nas bilheterias somando modestos US$ 97 milhões ao redor do mundo. Uma pena, já que se trata de um dos trabalhos mais interessantes lançados recentemente no gênero. 

- Como Treinar o seu Dragão 2 (2014)


Repetindo a ousadia temática do original, Como Treinar o seu Dragão 2 (confira a nossa opinião aqui) entra para o seleto grupo das continuações que conseguem se igualar ao seu antecessor. Flutuando entre os gêneros com extrema sensibilidade, a animação novamente dirigida por Dean DeBlois é perfeita ao nos apresentar a evolução comportamental de Soluço e sua turma. Embalado pela empolgante construção digital, com direito a um primoroso uso do 3-D, o longa é uma precisa e corajosa fábula sobre os dilemas e as inseguranças envolvendo a precoce chegada da vida adulta. Sucesso por onde passou, Como Treinar o seu Dragão 2 foi recebido com entusiasmo por crítica e público. Em todo o mundo, o longa somou expressivos US$ 618 milhões. 

- Uma Aventura Lego (2014)


É muito bom saber que numa época de jogos extremamente realistas, em que as crianças já nascem praticamente conectadas a Iphone’s, X-Box e Playstation's, um brinquedo criado na década de 1950 segue com um lugarzinho guardado no coração do seu público alvo. Ainda que não tenha a mesma simples funcionalidade das décadas de 1980 e 1990, atualmente ela já invadiu também o universos dos games, o tradicional Lego segue sendo um alternativa rentável junto ao público infantil. Uma grande prova é a realização de Uma Aventura Lego (confira a nossa opinião aqui), longa de animação que dá vida ao mágico universo criado pelo dinamarquês Ole Kirk Christiansen. Sem se preocupar somente em aumentar o número de vendas dos seus produtos, o novo lançamento do estúdio Warner aposta na tentativa de recriar o fantástico mundo que este passatempo acabou criando ao longo das últimas décadas. Explorando carismáticos personagens, uma série de referências ao universo pop e a visualmente expressiva animação computadorizada, Lego surpreende por conseguir aliar características que agradem a todos os públicos. Um mistura perspicaz de humor infantil, ação desenfreada e um sensível roteiro. 

- Vidas ao Vento (2014)


Tecer elogios sobre Hayao Miyazaki é uma missão praticamente desnecessária. Seus trabalhos, ou melhor, as suas obras de arte animadas falam mais do que qualquer palavra, evidenciando a originalidade e a expressividade por trás das criações do "pai" do estúdio Ghibli. Responsável por nos apresentar a uma série de mágicas e exuberantes viagens, com destaque para os fantásticos A Princesa Mononoke (1997), A Viagem de Chiriro (2001) e Ponyo (2008), Miyazaki opta por seguir um caminho bem mais realista em Vidas ao Vento (confira a nossa opinião aqui). Acompanhando o crescimento do genial projetista Jiro Horikoshi, que durante a 2ª Guerra Mundial surpreendeu o mundo ao desenvolver o mais avançado e letal avião de combate, o experiente realizador encontra na história deste engenheiro uma forma de passar uma mensagem humana e extremamente pacifista envolvendo os devastadores ecos de um conflito. É praticamente impossível fazer uma lista de sucessos da animação e não ter um trabalho do estúdio Ghibli. 

- Frozen (2013)



Desde o curta metragem que antecede Frozen, o original Get a Horse, com Mickey Mouse indo do clássico ao 3-D, percebemos que estamos diante de um verdadeiro filme da Disney. É inevitável a comparação, mas no momento em que o estúdio passou a distribuir os filmes da Pixar, no ano de 1995 com Toy Story, ele foi deixando de lado o seu estilo marcante, consagrado por filmes como O Rei Leão, Aladdin e A Bela e a Fera. Muito em função, é verdade, do êxito comercial e de crítica dos títulos criados por John Lesseter e sua turma. Desde então, poucos lançamentos concebidos pelo Walt Disney Studios tiveram êxito junto a público e a crítica. Pior, menos ainda conseguiram mostrar a verdadeira "cara" do estúdio. Puxando pela memória, lembro-me de O Irmão Urso (2003), A Princesa e o Sapo (2009) e Enrolados (2010). Felizmente, temos mais um nome para adicionar nesta lista, já que Frozen: Uma Aventura Congelante é, sem dúvidas, um dos melhores trabalhos recentes com a verdadeira essência Disney. Se inspirando no clássico A Rainha da Neve, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, o musical consegue criar uma história que oferece uma nova abordagem a temas geralmente batidos dentro do gênero. Entre eles a amizade, o companheirismo e o amor.

- Ernest e Celestine (2013)


Uma das maiores surpresas do Oscar 2014, a tradicionalíssima animação Ernest e Celestine merece figurar nesta lista. Uma das poucas animações em 2-D da lista, esta adorável produção franco-belga promove uma incrível mensagem de tolerância e integração social. Dirigida pelo trio Stéphane AubierVincent Patar e Benjamin Renner, a animação narra a jornada de Celestine, uma ratinha curiosa que não aceita a posição de inferioridade da sua classe. Aprendendo desde cedo a temer os Ursos, que residiam nas cidades acima do seu subterrâneo lar, Celestine acaba esbarrando no grande Ernest, um urso palhaço que não pensa duas vezes em expulsa-la de sua casa. Aos poucos, no entanto, ele conhece um pouco mais sobre a realidade desta ratinha, iniciando uma amizade que iria colocar em cheque as normas desta sociedade. Aclamado pela crítica, o longa conseguiu 86 pontos no Metacritic, Ernest e Celestine é de uma sensibilidade rara. 

- O Conto da Princesa Kaguya (2013)


Outro representante do estúdio Ghibli, O Conto da Princesa Kaguaya chegou com muito atraso aos cinemas brasileiros e por pouco não passou despercebido. Dirigido por Isao Takahata, esta história inspirada num popular conto nipônico narra a jornada de Kaguya, um minúsculo bebê encontrado em um tronco de bambu brilhante por um lenhador. Criada com muito carinho por esta família, ela se transforma em uma bela jovem que passa a ser cobiçada por 5 nobres, dentre eles, o próprio Imperador. Disposta a não se casar com nenhum deles, ela resolve criar missões praticamente impossíveis, tentando adiar o inadiável. Uma solução arriscada, que a fará enfrentar o destino por trás das suas próprias escolhas. Poético e visualmente maravilhoso, O Conto da Princesa Kaguya representou a tradição do estúdio Ghibli ao ser indicado na categoria de Melhor Animação no Oscar 2014. 

- Frankenweenie (2012)


Adotando novamente uma estética sombria, Tim Burton volta a lista com Frankenweenie. Inspirado num curta metragem realizado pelo diretor no início da carreira, o longa subverte o clássico Frankenstein ao narrar a história de um inteligente jovem que resolve dar vida ao seu cãozinho morto após um atropelamento. Contando com personagens cativantes e um visual retrô que homenageia os mais clássicos filmes de terror, Frankenweenie acabou indicado ao Oscar de Melhor Animação comprovando o talento de Burton para estas animações mais dark's.

ParaNorman (2012)



Indicado ao Oscar de Melhor longa animado, ParaNorman se tornou um das grandes surpresas do ano de 2012. Convidando o espectador a uma daquelas divertidas jonadas, o longa dirigido por Chris Butler e Sam Fell apresentou uma brilhante mistura entre terror e aventura, fazendo referência a uma série de clássicos do cinema de Horror. Na trama, acompanhamos o jovem Norman, uma garoto de 11 anos que tem o dom de ver e falar com os mortos. Levando uma vida aparentemente normal no colégio, ele vê a sua rotina mudar quando um dos seus tios revela que uma velha maldição está próxima de atingir a cidade e que só o garoto poderia livrar todos os habitantes da região. Através de traços criativos e personagens particulares, ParaNorman é tecnicamente um dos trabalhos mais bem resolvidos desta lista, sendo lançando, inclusive, em 3-D. Toda a sequência final, aliás, é digna de aplausos. 

- Detona Ralph (2012)



Fazendo de um vilão um grande herói, Detona Ralph injetou energia ao gênero ao brincar com o universo dos games. Recheado de personagens carismático, a começar pelo próprio protagonistas, este colorido e adorável longa cativou ao equilibrar -  com incrível sutileza - a atmosfera aventureira do longa com uma premissa absolutamente sensível. Na trama, cansado de não ser reconhecido pelos cidadãos do jogo Conserta Félix, o vilanesco Ralph decide abandonar o seu fliperama na tentativa de conseguir sorte melhor em outra plataforma. Após passear desastradamente por alguns jogos, ele acaba parando num adocicado game de corrida, conhecendo a subestimada pilota Vanellope. Convencido que ela iria lhe ajudar a conquistar a sua medalha, Ralph decide ajuda-la, iniciando assim uma tocante relação de amizade. Recheado de sequências fantásticas, Detona Ralph acabou nomeado ao Oscar 2013 e se tornou um enorme sucesso ao conseguir US$ 471 milhões ao redor do mundo.

Rango (2011)


Numa época em que os longas animados estão se mostrando mais engajados que os grandes blockbusters, Rango promove uma bem-vinda crítica através de carismáticos personagens. Dirigido por Gore Verbinski, o longa narra a história de um camaleão criado em cativeiro. Após muito tempo preso, o animal se torna uma espécie de herói de um pequeno vilarejo ao se colocar a disposição para os protege-los de um fora da lei. As coisas mudam, no entanto, quando ele acaba sendo o responsável pela escassez de água nesse vilarejo, tendo que comprovar a sua verdadeira coragem ao resolver esse grande problema. Brincando com o popular gênero Western, Verbinski constrói uma trama recheada de interessantes questões, a principal delas envolvendo a falta de água.

- Operação Presente (2011)



Uma grande surpresa de Natal, Operação Presente atraiu a atenção do público e da crítica ao narrar uma divertidíssima história envolvendo os bastidores do trabalho do Papai Noel. Dirigida por Sarah Smith, o longa acompanha a jornada do atrapalhado Arthur, um dos filhos do velho Noel e entusiasta das festas natalinas. Responsável por uma espécie de Recursos Humanos, Arthur faz o possível para que todas as cartas sejam respondidas, alimentando sempre o espírito de Natal. Após uma véspera de Natal muito bem planejada, no entanto, ele descobre que - por acidente - apenas uma criança do mundo não recebeu o seu presente. Indignado com a falta de atenção do Papai Noel e do seu irmão mais velho, Arthur decide fazer a entrega com a suas próprias mãos, contando apenas com a experiência do vovô Noel, de um duende embrulhador e das velhas renas natalinas. Uma premissa adorável que, sem dúvidas, se tornou um inesperado sucesso, somando US$ 147 milhões em todo o mundo. 



Menções não menos honrosas: As Aventuras de Tintim (2012), Madagascar 3 (2012), Universidade Monstros (2013), Meu Malvado Favorito 2 (2013), O Menino e o Mundo (2014), Um Time Show de Bola (2014) e Cada um na Sua Casa (2015).

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