Quem disse que os filmes de ação não podem ter classe? Em um gênero cada vez mais redundante e repleto de poucas ideias novas, eis que surge Drive, sucesso de público e critica nos EUA que nos apresenta um trabalho diferenciado, aliando violência à sensibilidade com precisão impressionante. Estiloso, o filme dirigido por Nicolas Winding Refn aposta numa trama envolvente e na qualidade do poderoso elenco para conquistar o espectador. Méritos para o heroi solitário Ryan Gosling, que com mais uma atuação impactante, mostra que em alguns casos os brutos também pode amar.
Com roteiro assinado por Hossein Amini, baseado no livro de James Sallis, Drive aposta numa trama repleta de nuances para narrar a história de um misterioso dublê de filmes de ação (Ryan Gosling), que se divide entre as atividades em uma oficina e o trabalho como piloto de fuga em assaltos. Tudo muda, no entanto, quando o piloto acaba entrando na vida dos seus vizinho Irene (Carey Mulligan) e Benicio, mãe e filho que levam uma vida dura desde a prisão do marido Standard (Oscar Isaacs). O que começa como uma simples amizade, passa a ganhar novos contornos na cabeça do misterioso piloto, cada vez mais encantado pela rotina em família. Nesse meio tempo, no entanto, Standard sai da cadeia e volta a assumir a missão de chefe da casa, frustrando os planos do motorista. O problema é que o ex-presidiário estava devendo a máfia, e para pagar esse débito e livrar a família de qualquer ameaça, precisará fazer um último roubo. Contando com a ajuda do piloto e de Blanche (Christina Hendricks), Standard parte para o grande assalto, só que o golpe dá errado, colocando em risco as vidas do motorista, Irene e seu filho.
Apoiado pela eficiente trama, o diretor Nicolas Winding Refn consegue uma trabalho brilhante e tecnicamente expressivo a frente de Drive. Apesar do tom extremamente violento, Refn apresenta um contraste interessante com takes belos e uma fotografia vibrante. Se equilibrando entre as velozes cenas de perseguição e a câmera lenta dos momentos mais expressivos, o diretor destaca não só os momentos de ultra-violência, como também aqueles pequenos detalhes mais emotivos e de maior valor humano, principalmente, na relação do piloto com Irene e Benicio. Com uma montagem bem envolvente, Drive encontra em pequenos flashbacks e em momentos criativos, a fórmula para ganhar ritmo. Com cenas de capricho estético, a trama ganha em estilo, quase sempre com momentos surpreendentes e de relevância para o desenvolvimento da roteiro. Vale destacar ainda, o belo trabalho realizado pela equipe de som, que aliás, representou a - injusta- única indicação ao Oscar para Drive. Sabendo utilizar bem os efeitos sonoros nas perseguições, com direito a muito ronco de motor, e até mesmo no silêncio, a edição de som é muito bem conduzida e só contribui para o resultado final de Drive. Destaque total para a trilha composta por Cliff Martinez, ex-baterista do Red Hot Chilli Pepers,
Outro mérito do longa fica pela qualidade do elenco de Drive. A começar por Ryan Gosling, que após Tudo pelo Poder e Amor a Toda Prova consegue aqui a sua melhor atuação em 2011. Numa interpretação de grande entrega, mesmo sem a necessidade de muitas palavras, Gosling tem uma das mais impactantes atuações de sua carreira. Contrastando com a dureza de Gosling, aparece o charme e a delicadeza de Carey Mulligan. Em mais uma atuação acima da média, Mulligan vai muito bem na pele da zelosa mãe e mostra uma interessante química com o piloto. Explorando a qualidade da dupla, Refn aposta muitas vezes na expressividade dos seus comandados para conseguir cenas impactantes. Com direito a poucos diálogos e muita química, por exemplo, a relação de Ryan Gosling e Carey Mulligan convence a todo o momento, conseguindo um resultado invejável e de uma sensibilidade impar. Além da dupla de protagonistas, o longa ainda apresenta um elenco de apoio de tirar o chapéu, com direito a grandes atuações de Oscar Isaacs (Sucker Punch), Ron Pearlman (Hellboy), Albert Brooks (Taxi Driver) e Bryan Cranston (Contágio).
Sem derrapar nas curvas mais difíceis do roteiro, Drive é um daqueles raros filmes que conseguem ser cult e pop ao mesmo tempo. Apostando em um herói vingativo, sem nome e fora dos padrões, o diretor Nicolas Winding Refn consegue dar um "ar moderno" ao velho espirito do caubói solitário. Só que agora ao invés do cavalo e das grandes pistolas, o herói usa carro potente e um martelo como arma. No fim da contas, no entanto, os dois ainda seguem rumo ao sol, na busca pela luz.
Outro mérito do longa fica pela qualidade do elenco de Drive. A começar por Ryan Gosling, que após Tudo pelo Poder e Amor a Toda Prova consegue aqui a sua melhor atuação em 2011. Numa interpretação de grande entrega, mesmo sem a necessidade de muitas palavras, Gosling tem uma das mais impactantes atuações de sua carreira. Contrastando com a dureza de Gosling, aparece o charme e a delicadeza de Carey Mulligan. Em mais uma atuação acima da média, Mulligan vai muito bem na pele da zelosa mãe e mostra uma interessante química com o piloto. Explorando a qualidade da dupla, Refn aposta muitas vezes na expressividade dos seus comandados para conseguir cenas impactantes. Com direito a poucos diálogos e muita química, por exemplo, a relação de Ryan Gosling e Carey Mulligan convence a todo o momento, conseguindo um resultado invejável e de uma sensibilidade impar. Além da dupla de protagonistas, o longa ainda apresenta um elenco de apoio de tirar o chapéu, com direito a grandes atuações de Oscar Isaacs (Sucker Punch), Ron Pearlman (Hellboy), Albert Brooks (Taxi Driver) e Bryan Cranston (Contágio).
Sem derrapar nas curvas mais difíceis do roteiro, Drive é um daqueles raros filmes que conseguem ser cult e pop ao mesmo tempo. Apostando em um herói vingativo, sem nome e fora dos padrões, o diretor Nicolas Winding Refn consegue dar um "ar moderno" ao velho espirito do caubói solitário. Só que agora ao invés do cavalo e das grandes pistolas, o herói usa carro potente e um martelo como arma. No fim da contas, no entanto, os dois ainda seguem rumo ao sol, na busca pela luz.
3 comentários:
Boa definição: cult e pop ao mesmo tempo. Um grande filme, uma bela atuação de Ryan Gosling. Merecia mais destaque e ainda tem potencial para se tornar um filme cultuado por gerações.
abraços
Ahh se vai amanda. Um dos grandes filmes que vi nos últimos anos. Pena tb q demorou a chegar no Brasil né. Mais uma vez obrigado pela visita.
Parabéns pelo blog, Barata, acompanhou você na rádio e agora aqui, gostaria de saber se você tem twitter.
Sobre o filme Drive, um dos melhores que vi nos últimos anos, muito bom, ação pura, como disse a Amanda, merecia mais destaque. Abraços
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