Depois do genérico e pouco expressivo terceiro capítulo da série, Resident Evil: O Recomeço chega para recolocar nos trilhos a famosa adaptação dos games da Capcom. Dirigido novamente por Paul W.S Anderson, que comandou o primeiro filme da saga, o longa é eletrizante do início ao fim, apesar de ainda passar longe da história dos games. Explorando o tão anunciado equipamento utilizado por James Cameron, em Avatar, o novo capítulo da saga apresenta um visual fantástico, que o coloca como o mais grandioso filme da série. E talvez, porque não, uma das melhores diversões cinematográficas do ano.
Após começar no prédio da Umbrella, migrar para cidade de Racoon e ir a um remoto deserto, o roteiro do quarto filme vai parar em Los Angeles, com uma pequena estadia em Tóquio. Que aliás, rende um ótimo início de filme. Assinado pelo próprio Anderson, a história segue mostrando as aventuras da heroina Alice (Milla Jovovich), e sua tentativa de desmembrar a corporação Umbrela, grande culpada pela infestação do vírus T, e consequentemente pelos sanguinários Zumbis. Nesta investida em Tóquio, os planos de Alice, e do seu exército de clones do terceiro filme, não saem como o esperado e ela acaba perdendo os poderes dados pelo vírus. Agora humana, Alice parte novamente a procura de sobreviventes e da sua própria sobrevivência. Neste caminho, ela acaba encontrado velhos amigos, que a ajudam a chegar num possível novo oasis para os humanos chamado Arcadia.
Diferente dos filmes anteriores, esta sem dúvidas é a trama menos elaborada da série. Se nos antecessores ainda existiam objetivos, ou mistérios, nestes eles parecem já bem claros e respondidos préviamente. Justamente por isto, este é o filme mais acelerado da saga. Não se perde tempo com explicações. Tudo é muito bem resumido nas primeiras cenas, quando Alice explica os motivos infestação. Extremamente intenso, a trama se desenvolve num ritmo frenético, apoiada pelas grandes cenas de ação e uma trilha sonora empolgante. Com um roteiro simples, porém eficaz, Resident Evil: O Recomeço explora bem a grande fórmula do gênero Zumbi: a sobrevivência. E talvez esta, seja a grande sacada de Anderson. Sabendo que tinha em mãos possibilidades tecnológicas para criar boas cenas de ação, o roteiro funciona como um trampolim para os tiroteios e as pancadarias, diga-se de passagem, muito bem executadas. A opção de humanizar Alice, também funciona bem neste sentido, dando um ar mais frágil a então imbatível personagem. O curioso, é que mesmo com um roteiro mais fraco, O Recomeço deixa em aberto uma série de possibilidades, que renderiam um bom quinto filme.
Apesar de novamente a trama não ser fiel a história dos games, ao menos as referências ao jogo são bem exploradas. Assim como o segundo filme da série, que na minha opinião era o melhor até então, as referências aos personagens e as criaturas criadas pela Umbrella são muitas e claras para os fãs do game. O visual do Executioner, a criatura do machado, é fantástico e extremamente fiel ao game. Aliás, é neste ponto que Resident Evil 4 se destaca entre os demais.
Diferente do jogo, que privilegiava mais o suspense e o terror, o quarto filme da série é repleto de ação. Sabendo que tinha em mãos um equipamento pioneiro e impulsionado talvez pelo advento do 3-D, Anderson capricha neste quesito, criando cenas improváveis e surpreendentes. Daquelas que arrancam suspiros do espectador. Apesar de não ter podido assisti-lo em terceira dimensão, é nítido que o recurso funciona bem. Embalado por uma trilha sonora cheia de energia, composta por Tomandandy, o filme garante a diversão do espectador, com o seu visual grandioso e seu ritmo acelerado. As tomadas aéreas, mostrando Hollywood e Los Angeles destruídas, são boas provas. Além disto, o recurso da câmera lenta utilizado por Anderson, apesar de exagerado, oferece um toque diferente, dando ainda mais detalhismo as incríveis peripécias de Alice e sua turma. Numa mistura de Zack Snider com Matrix, o resultado são cenas expressivas e realmente empolgantes.
Por falar neles, o elenco vai bem, apesar de não ter muitas obrigações na trama. Como sempre Mila Jovovich encarna bem a destemida Alice. Além dela, o Recomeço traz novamente a atriz Ali Larter, muito bem na pele da agora desmemoriada Claire. Como grande vilão do filme, o quase ariano Shawn Roberts se destaca. Com um visual meio Neo, olha novamente Matrix como referência, o ator dá vida à um antagonista bem construído. Além deles, estão no elenco Wentworth Mille, pouco explorado no papel de Chris, Spencer Locke, numa rápida participação como K-Mart e Kim Coates, que depois dos três protagonistas é, sem dúvidas, o que mais se destaca.
Redefinindo o visual dos games para a telona, Resident Evil 4: O Recomeço é diversão garantida. Trazendo novamente a franquia para o caminho certo, o diretor Paul W.S Anderson acerta em cheio, graças a um fantástico visual e ao ritmo incessante e eletrizante. Não se surpreenda, aliás, com a possibilidade de um quinto filme...
4 comentários:
O filme ´e muito, mas muito ruim.
Assisti em 3D, totalmente sem graça. Assisti a todos os Resident porque sou fã.
Achei fraco, sem roteiro, sem ação coerente, uma enrolação completa mesmo!!!!!!
Se sair o quinto filme vai ser pior ainda, já querem fazer milagre com as coisas.
Beijos
Olá visita o meu blog www.cinemaniac2008.blogspot.com e recorda os grandes clássicos ;)
Olá Greice, acho q não tivemos a mesma vusão sobre o filme. Td bem q o roteiro não é realmente um primor, mas nem de longe este é o pior filme da série. Me diverti mto assistindo. Não sei qnt ao quinto filme, mas pelo andamento da trama, acredito q ele vá sair sim. Grande abraço e volte sempre.
Dezito valeu pela visita. Agoras vc colocou o endereço errado ai. kkkkkkkkk Abraços.
Eu não vi os outros filmes da franquia, mas pelas críticas, este é o melhor deles.
Vou pensar se assisto...
Postar um comentário