Primeira animação lançada pelo Illumination Studios, estúdio fundado por Chris Mellandri, ex-presidente da 20th Century Fox Animation, Meu Malvado Favorito mostra que não é necessário a utilização da fórmula Pixar para conseguir êxito. Explorando muito mais o lado infantil do gênero, sem esquecer claro daqueles que pagam o ingresso, o longa dirigido por Pierre Coffin e Chris Renaud é criativo, expressivo e extremamente fofo. Flutuando da singela trama à momentos extremamente divertidos, Meu Malvado Favorito acerta em cheio na arte de entreter.
Diferente dos filmes recentes da Pixar, que em certos momentos flertam muito mais com o drama, Meu Malvado Favorito é uma comédia repleta de aventuras, mas que sabe aproveitar a carga dramática proposta pelo roteiro. Desenvolvido por Ken Daurio e Cinco Paul, a trama é simples, mas não subestima o espectador. Nela conhecemos a história de Gru (dublado no Brasil por Leandro Hassum), um homem considerado o maior vilão do século. Tudo ia bem na vida maléfica de Gru, até que um novo inimigo, de nome Vetor, consegue fazer um roubo considerado impossível: as piramides do Egito. Com seu orgulho letalmente ferido, Gru parte na tentativa de fazer o maior crime da hisória: roubar a lua. Só que para realizar o roubo, terá que tomar de Vetor um raio que consegue diminuir o tamanho de tudo que atinge. Sem conseguir invadir a fortaleza do inimigo, Gru encontra o plano perfeito quando vê as três órfãs Margo, Agnes e Edith entrarem no local para vender biscoitos. Ele então vai ao orfanato e resolve adotá-las. Só não esperava que, aos poucos, fosse se afeiçoar às menina e construir um laço, nunca antes sentido em sua vida de crimes.
Apesar da trama parecer clichê, a típica história do vilão que vira mocinho, o roteiro desenvolvido pela dupla não permite que a história caia no lugar comum. Mostrando porque Gru virou um super vilão, a trama foca de maneira eficaz no relacionamento impróvavel dele com as crianças, rendendo boas piadas e momentos singelos. Sem se prender a um drama mais maduro, a história se desenvolve de maneira que atinja não só ao público infantil, que se encanta com as "peraltices" das meninas em seu novo e sombrio lar, como também aos adultos, destacando a relação de Gru com sua mãe e como isto foi responsável pelo seu lado vilão. Além disto, como grande alívio cômico, o roteiro explora bem os divertidos mínions, criaturas amarelas que auxiliam o Gru em seus planos. Com um visual extremamente divertido, e atitudes que vão agradar as crianças, os mínions funcionam melhor quer a encomenda, dando ainda mais humor a bem equilibrada trama do filme.
Se o roteiro é bem desenvolvido, a animação apresentada pelo estúdio, mesmo não trazendo nada de inovador, funciona. A casa de Gru, assim como a fortaleza de Vetor, são bem desenvolvidas e possuem uma estética toda particular. Os personagens, principalmente as crianças e os mínions, são criativos e agradáveis de se assistir. Além disto, o estúdio acerta em cheio em manter uma estética maléfica no personagem Gru. Cativante desde os primeiros minutos, apesar de sua aparência vilanesca, o personagem conquista o espectador pelas suas atitudes e seu divertido sotaque, que felizmente funcionou muito bem também na versão dublada graças ao talento do humorista Leandro Hassum. Somado a tudo isto, apesar de não ter podido assisti-lo em 3-D, percebo que o estúdio teve a preocupação em utilizar este recurso como parte integrante da projeção. Mesmo em duas dimensões, a cena do parque de diversões funciona, assim como todas as tomadas aéreas.
Como se não bastasse todos os méritos, a trilha sonora supervisionada por Hans Zimmer é excelente e só contribui para o resultado final do filme. Aliás, a cena inicial, que mostra a rotina matinal de Gru embalada a canção título do filme, é empolgante e já basta para atrair a atenção do espectador para o universo maléfico do personagem. Enfim, após um louvável batizado, a Illumination Studios tem estreia de gente grande. Com isso quem ganha é o espectador que, além das tradicionalíssimas Pixar e Dreamworks, passa a ter mais um promissor realizador de grandes filmes.
4 comentários:
Também achei um filme bem divertido, Thiago.
abraços
Infelizmente não pude assistir no cinema, mas assim que chegar o DVD eu vejo. Pelo que li a respeito, deve ser bem legal.
Ah, até prefiro ver em DVD que aí ouço as vozes originais. Steve Carrel é muito bom..
Abraços e desculpe o sumiço
Sem dúvidas Amanda, um filme surpreendentemente divertido. Bjos e volte sempre.
Jardel veja sim, pq é uma obra realmente interessante. Qnt a dublagem, realemnet o trabalho nacional foi mto bom. Mas com Steve Carell o resultado deve ser bem melhor. Apareça sempre q puder. Grande abraço.
Este sim é um filme muito legal! Crianças! Aproveitem!
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