Filmes catástrofes tem se tornado rotineiros nos últimos anos em Hollywood. Com diferentes abordagens, o fim dos tempos vem acontecendo de diversas maneiras, com as mais criativas origens. Enquanto filmes como 2012 e Zumbilândia trataram o tema de maneira divertida e otimista, O Livro de Eli e Legião se apegaram ao apocalipse religioso para finalizar a nossa sociedade. Porém, dentre todos os últimos trabalhos do gênero, nenhum conseguiu tratar o fim da civilização de maneira tão séria e realista como A Estrada faz. Explorando um visual fantástico, uma narrativa intensa e toda a tensão imposta pelo tema, o longa choca ao mesmo tempo que emociona, mostrando a relação entre pai e filho após o fim da sociedade que conhecemos.
Acredito que se uma catástrofe realmente vier a acontecer, e a civilização for dizimada, o resultado será bem próximo do apresentado em A Estrada. Sem se preocupar com o impacto do tema no espectador, ou com a frieza das imagens, o diretor John Hilcoat nos brinda com um trabalho verdadeiramente tenso. Apesar de ao longo do filme a ação ficar mais na promessa, do que propriamente na prática, o diretor mostra que não é preciso correria para prender a atenção do espectador. Com uma trama muito caprichada, baseada no livro de Cormac McCarthy, A Estrada empolga pela excelente narrativa. Destacando a relação familiar, após uma grande tragédia em nosso planeta, o diretor carrega na emoção do longa.
Acredito que se uma catástrofe realmente vier a acontecer, e a civilização for dizimada, o resultado será bem próximo do apresentado em A Estrada. Sem se preocupar com o impacto do tema no espectador, ou com a frieza das imagens, o diretor John Hilcoat nos brinda com um trabalho verdadeiramente tenso. Apesar de ao longo do filme a ação ficar mais na promessa, do que propriamente na prática, o diretor mostra que não é preciso correria para prender a atenção do espectador. Com uma trama muito caprichada, baseada no livro de Cormac McCarthy, A Estrada empolga pela excelente narrativa. Destacando a relação familiar, após uma grande tragédia em nosso planeta, o diretor carrega na emoção do longa.
Apesar de focar na tentativa de sobrevivência de um pai, interpretado pelo excelente Viggo Mortensen, com seu filho, vivido pelo jovem KodiSmit-McPhee, A Estrada vai bem além disto. Não é apenas a sobrevivência que está em jogo, afinal em quase todo o filme " a morte é considerada um luxo". Mas sim o aprendizado e a tentativa de viver em um ambiente insólito, devastado pela natureza, repleto de pessoas perigosas, que matam para sobreviver. É na tentativa de focar em todas estas lições de pai para filho, aliás, que o argumento ganha em emoção e se diferencia da grande maioria dos títulos do gênero.
Com uma abordagem super interessante, já que a criança não chegou a viver em uma sociedade civilizada, o diretor mostra a tentativa do pai, em meio a um ambiente sem expectativas, de preparar o seu filho para conviver com aquele mundo. Este recurso acaba se tornando muito eficiente, já que a direção opta por não se apegar a vida antes do catástrofe. As únicas referências com o passado do casal surgem em alguns flashbacks, que permeiam bem a trama e dão um maior ritmo a história. Explorando muito bem a devastação, o diretor capricha também no visual do longa.
Se apoiando na ótima fotografia, executada por Javier Aguirresarobe, Hilcoat "constrói a destruição" de maneira brilhante e pouco antes vista. Florestas devastadas, fazendas desabitadas, cidades destruídas, são alguns dos muitos cenários que impressionam, tamanha grandeza e realidade. Utilizando tons sempre acinzentados, no máximo amarelados, o filme preza pela ausência de cores. Este recurso se mostra fundamental para a criação da sombria atmosfera, que acaba se tornando fundamental para o êxito do longa. Além de chocar pela destruição apresentada, A Estrada também cria grande impacto através de suas fortes cenas. Sabendo explorar a tensão das situações vividas, o diretor causa grande mal estar no espectador ao evidenciar a reação da sociedade perante este cenário de pós-destruição. Ou seja, ao longo das quase 2 horas de filme, que diga-se de passagem fluem muito bem, o espectador fica com aquela sensação de insegurança, demonstrada ao longo da película pelos personagens.
Por falar neles, o elenco dá um show à parte. Com mais uma atuação inspirada de Viggo Mortensen, o longa ganha em emoção e ao mesmo tempo em intensidade. É impressionante a entrega do ator, que mais uma vez tem uma atuação realmente brilhante. Todas as cenas dele com seu filho são tocantes. O resultado é uma atuação que não deixa a trama perder em tensão, passando aquela sensação de insegurança citada acima. Além dele, o filme ainda conta com a surpreendente presença do jovem Kodi Smit-McPhee. Pouco conhecido, o ator tem uma atuação segura. Conseguindo mostrar a fragilidade e inocência que o personagem demandava, o jovem parece não ter sentido a responsabilidade de atuar ao lado de um nome de peso, conseguindo ótima química e cenas que realmente emocionam o espectador. Somado aos dois, que praticamente dominam a ação do longa,A Estrada ainda conta com participações de peso como as de Robert Duvall, fantástico, Charlize Theron, infelizmente deixando a desejar, e Guy Pearce, que surge com uma aparência realmente mudada.
Não podemos esquecer, aliás, do ótimo trabalho de maquiagem, que se mostra fantástico na caracterização dos atores. Enfim, com uma história pesada, cenas fortes e um desfecho bastante interessante, A Estrada surpreende pela nova roupagem oferecida aos filmes catástrofes. Misturando sensibilidade, tensão e sobriedade, A Estrada pode pecar pela falta de ação, mas não pela ausência de emoção, que se torna fundamental para provocar a reflexão no espectador.
Por que assistir ?- Pela grande atuação de Viggo Mortensen, que já desponta como um dos nomes fortes ao Oscar 2011.
- Pela excelente trama, muito bem adaptada da obra de Cormac McCarthy, o mesmo de onde os fracos não tem vez.
- Pela destruição apresentada no longa, que apesar do impacto visual, choca pela realidade apresentada.
7 comentários:
Mais que um filme pós-apocalíptico, é um filho de um pai e um filho...
Abraço
Cinema as my World
O gênero "catástrofe" teve seu auge nos setenta ("Terremoto", "Inferno na Torre" e tantos outros) e agora no século XXI, com os profetas do apocalipse soltos por aí, o gênero voltou a tona com tudo.
Gosto deste tipo de filme, mesmo que alguns deles sejam verdadeiras bombas em qualidade.
Abraço
Nekas concordo plenamente. A Estrada é mais do que um simples filme pós-apocaliptico. Sem dúvidas um belo filme. Valeu pela visita.
Hugo, realmente este gênero semrpe este vivo. No início era o medo da modernização, de alienigenas. Depois veio os medos naturais, como vc bem citou. Agora, a partir do início do novo século, começaram a surgir o medo do fim do mundo, 2012, apocalipse, enfim, somos uns medrosos mesmos. kkkkkkkk Até por isto é que estes filmes conseguem sempre fazer sucesso. Mesmo as "bombas' como vc disse. Grande abraço e volte sempre.
Podia ter sido uma obra verdadeiramente sublime, mas ainda assim é um bom filme. Arrepiante e assustador. 4/5
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Oi, obrigado pela visita ao meu blog.
A interpretação de Viggo Mortensen é realmente notável. Ele é um dos melhoes atores em atividade. Ah, infelizmente, ele não pode ser cotado para o Oscar, pois o filme foi lançado ano passado. A oportunidade dele já passou. Uma Pena.
Abraço.
Roberto concordo plenamente. Se tivese um pouco mais de ação e um andamento mais veloz, o resultado seria perfeito. Mas sem dúvidas, ainda assim, o resultado é brilhante. Obrigado pela visita.
Realmente Matheus, vc temn toda A razão. Ele é um ator brilhante mesmo, mas a estreia lá nos Eua foi no ano passado. Infelizmente, pois poderia sim ter concorrido na categoria melhor ator. Grande abraço e valeu pela visita. Volte sempre.
assisti esse filme e gostei muito...tem até um bom tempo que vi!
abs
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