Na minha opinião, um bom filme de super-herói tem que ter um vilão a altura do mocinho, até mesmo maior, se possível. Nos encanta mais ver o herói com dificuldades, tamanha a força do vilão. E em Batman: O cavaleiro das trevas, esta fórmula é respeitada, o que torna o filme um dos melhores do gênero das últimas décadas, talvez um dos melhores de todos os tempos. Isso pode parecer exagero meu, acredito até que seja, mas o novo Batman tem algo que muitos filmes de super-heróis esquecem: grandes atores.
Ao lembrar grandes atores, não tem como não começar escrevendo sobre a mágica atuação de Heath ledger, que é a alma do filme. Ledger, na pele do vilão coringa, encanta desde sua primeira aparição, com os seus trejeitos e suas infâmias. O ator, se entrega ao personagem de uma forma invejável, deixando no chinelo, a interpretação de nada mais, nada menos, que Jack Nicholson. Em função da diferença de clima dos filmes, já que o Batman de Tim Burton era um pouco mais light e o de Cristopher Nolan, mais pesado, a interpretação de Ledger se torna mais intensa, mais sádica, mais dark, como em nenhum momento Nicholson conseguiu fazer. E só pela atuação de Ledger, o filme já mereceria ser visto. Porém, Batman: O cavaleiro das trevas não se reduz a Ledger e isso o torna ainda mais sensacional.
Além de Ledger, o filme também possui uma outra ótima atuação, que não é a de Christian Bale, que por sinal vai bem também. Trata-se de Aaron Eckhart, que interpreta o promotor público Harvey Dent. Eckhart consegue ter uma atuação também intensa, mostrando toda a força de seu personagem. Somadas a atuação de Morgam Freeman e Gary Oldman, o filme ganha em conteúdo, e em personagens, não se resumindo apenas ao duelo do herói contra o vilão. Até por isto, o filme consegue desenvolver uma história, uma trama paralela a este duelo e isso se deve a todo o talento de Christopher Nolan.
Qualquer outro diretor, com uma franquia de sucesso como esta, teria dividido estas duas partes, Batman Begins e Dark Knight, em pelo menos uns três filmes. Mas Nolan não quer simplesmente conquistar grandes bilheterias. Quer, também, fazer grandes filmes. E mais uma vez ele consegue. O filme tem uma trama muito bem montada, esquematizada, aonde os personagens são explicados, bem desenvlvidos. É visível que o diretor tem a preocupação em conduzir o filme sob mãos fortes, sem descaracterizar os personagens ou mesmo reduzir a importância deles, independente do tempo de aparição no longa. Além disto, o diretor não deixa o clima sombrio do filme cair em nenhum momento, fazendo com que as mais de duas horas de projeção, sejam as mais satisfatórias possíveis para o espectador. O resultado é um filme tenso, denso, que reflete o estilo de Cristopher Nolan.
A trama do filme acontece dois anos após o surgimento do Batman (Christian Bale), que fez os criminosos de Gotham City têr muito o que temer. Com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman luta contra o crime organizado. Acuados com o combate, os chefes do crime aceitam a proposta feita pelo sarcástico Coringa (Heath Ledger) e o contratam para combater o Homem-Morcego.
Este é mais um filme que entra para a minha lista dos melhores de 2009, apesar dele ter sido lançado em 2008 nos EUA. Mesmo com toda a grande expectativa, Batman não decepciona em momento algum e irá conquistar a todos que o verem. O triste é saber que depois de duas horas e pouco de filme, aquelas são as últimas aparições do ótimo Heath Ledger. Porém, fica a certeza que se ele morreu para este mundo, no universo cinematográfco, ele viverá para sempre.
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