sábado, 13 de setembro de 2008

Cinemaniac Indica (Colateral)

Na minha opinião Tom Cruise é um dos atores mais injustiçados no cinema, pois tem ótimos filmes, ótimas interpretações mas não é reconhecido como um ótimo ator. Com certeza muitos filmes deles estarão aqui nesta sessão de dicas, mas o primeiro será Colateral, que não é o filme de maior sucesso dele, mas é um dos meus preferidos.

Dirigido pelo ótimo Micahel Mann (Inimigos Públicos e Fogo Contra Fogo), Colateral tem a assinatura de um dos melhores diretores do gênero na atualidade. Com excelente trama, o diretor consegue prender o espectador com um suspense cheio de ritmo e de ótimas cenas. Filmado em Los Angeles, Mann consegue explorar todas as vertentes da cidade de maneira bastante interessante. Utilizando camêras digitais, que em 2004 ainda não eram muito usadas em função dos altos gastos, o diretor consegue passar uma sensação de realidade ainda maior. Além da qualidade técnica, ponto chave em quase todos os filmes de Mann, as cenas de ação são sempre um caso à parte. Mann é aquele cara que quando faz, gosta que tudo saia certo, semelhante à realidade. Então os seus filmes não trazem um ritmo frenético, mas as cenas de ação, são de uma verossimilhança impressionante. Desde a sonoplastia ao próprio desenrolar da cena, tudo preza a realidade e arrasta o espectador para mais perto da tela.

Outra coincidência notável nos trabalhos de Mann é a escolha do elenco. Seus grandes trabalhos sempre trazem nomes de peso em seu elenco. Desde Al Pacino, em Fogo Contra Fogo à Johnny Depp em Inimigos Públicos, a escolha do elenco passa a ser de grande importancia para o êxito de seus filmes. E em Colateral os escolhidos foram os ótimo Tom Cruise e Jamie Foxx. Como disse no início do texto, Cruise é um dos atores mais injustiçados. Protagonizando grandes personagens, em ótimos filmes como Nascido em 4 de Julho, Rain Man e O ùltimo Samurai, o ator ainda não é bem aceito pel crítica. No filme, Cruise vive um assassino frio, focado e bastante enigmático. Com um atuação na medida certa, o ator encarna com brilhantismo este difícil papel.

Aliás, nos filmes de Michael Mann interpretar um vilão é uma das situações mais complicadas para um ator. Seus antagoniostas são sempre humanizados, com atitudes que se confundem, até mesmo, com as do protagonista, neste caso vivido pelo ótimo Jamie Foxx. Diferente de muitos dos seus trabalhos, aonde interpretava caras durões e valentes, em Colateral, Foxx encara um personagem comum, mais um indivíduo dentro de uma metrópole. Cheio de sonhos e expectativas, o personagem de Foxx aproxima o espectador do filme, que acaba enxergando características suas nas atitudes do personagem. Com uma excelente atuação, a dupla proporciona além das gradnes cenas de ação, ótimos diálogos, muito bem desenvovidos no roteiro de Stuart Beattie.

O filme conta a história de Max (Jamie Foxx) um simples motorista de táxi há 12 anos, que já levou os mais diversos passageiros a todos os locais de Los Angeles. Porém, em uma noite aparentemente tranquila, ele encontra Vincent (Tom Cruise), um homem que pega o táxi como se fosse um passageiro qualquer. Porém Vincent é um assassino de aluguel, que está na cidade para completar o plano de um cartel do narcotráfico, que está prestes a ser condenado por um júri federal. Vincent precisa matar 5 testemunhas-chave do processo e conta com Max para fugir da polícia local e do FBI, logo após cometer os assassinatos. Obrigado a seguir as ordens de Vincent, Max precisa ainda lidar com a possibilidade de ser morto por seu passageiro a qualquer momento, já que Vincent pode usá-lo para proteção pessoal.

É realmente uma pena que Michael Mann realize tão poucos filmes ao longo dos anos. Desde de 1972, quando seu primeiro filme foi lançado, o diretor só assumiu 13 filmes, entre eles os ótimos O ùltimo dos Moicanos, Fogo Contra Fogo, Ali, O Informante, Miami Vice, Inimigos Públicos e claro, Colateral, um dos trabalhos mais interessantes em sua filmografia. Por isso não deixe de assistir este ótimo thriller de ação, repleto de boas cenas, grandes diálogos e algumas metáforas bastante interessantes para serem discutidas.

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