domingo, 11 de junho de 2017

Lançado na "hora perfeita", Mulher-Maravilha cruza a barreira dos US$ 400 mi nas bilheterias


Há dez dias em cartaz, Mulher-Maravilha já pode ser considerado um sucesso de público e crítica. Apesar das incertezas em torno do projeto, o mais novo lançamento do Universo Cinematográfico da DC colocou fim aos tabus envolvendo a presença feminina neste concorrido gênero. Após anos convivendo com o estigma que os filmes de super-heróis estrelados por mulheres não eram rentáveis, uma falácia justificada por filmes péssimos (entenda Mulher-Gato, Elektra e afins), Mulher-Maravilha precisou de pouco menos de dez dias para cruzar a barreira dos US$ 400 milhões nas bilheterias ao redor do mundo. Segundo os dados do site Box Office Mojo, o filme fechou o segundo final de semana novamente no topo das bilheterias americanas com expressivos US$ 57 milhões, chegando a US$ 227* milhões somente nos EUA e a US$ 460* milhões ao redor do mundo. Números expressivos e que dizem muito sobre a importância da película na busca por representatividade feminina neste popular segmento. Uma das principais responsáveis pelo sucesso da película, a diretora Patty Jenkins (The Killing) defendeu a relevância do projeto e a importância dele ter sido lançado no momento ideal. "É incrível, porque parece uma busca muito longa. Eu gostaria que o filme tivesse acontecido há tempos por muitas outras razões, mas acho que essa era a oportunidade, a hora perfeita, e adorei que as pessoas o abraçassem por esse motivo", confirmou a diretora em entrevista ao apresentador Conan O'Brien.



Para ela, a Mulher-Maravilha é uma super-heroína universal e defende uma mensagem que, por si só, já é simbólica. "Ela é um super-herói para todos. Eu (Diana Prince) sou uma incrível badass, eu posso fazer todas essas coisas. Mas, na verdade, eu não estou aqui para isso. Estou aqui para inspirar você que ser um herói é algo maior que isso, e acreditar no amor e na melhoria da humanidade". completou Jenkins. Responsável por dar vida a esta icônica super-heroína, Gal Gadot compartilhou do mesmo sentimento e fez questão de expor a sua visão sobre o pano de fundo feminista proposto pelo longa. "Em qualquer caso, há um mal entendido sobre o conceito. O feminismo é sobre igualdade, escolha e liberdade. E os escritores, Patty e eu, descobrimos que a melhor maneira de mostrar isso é mostrar a Diana como não tendo consciência de papéis sociais. Ela não tem limites de gênero. Para ela, todos são iguais." revelou a atriz israelense ao jornal New York Times. Ainda na entrevista, Gadot ressaltou a importância do filme junto as mulheres, mas admitiu a esperança que a sua Mulher-Maravilha dialogue também com o público masculino. "Tenho certeza de que o filme inspirará as meninas, mas você não pode capacitar as mulheres sem capacitar os homens. Espero que a Mulher Maravilha também seja um ícone para eles." Em sintonia dentro e fora dos sets de filmagem, Patty Jenkins e Gal Gadot fizeram de Mulher-Maravilha o filme que o universo dos super-heróis precisava, uma obra comovente e empolgante capaz de dar representatividade ao público feminino sem esquecer de preencher os principais pré-requisitos do gênero. Leia a nossa crítica completa aqui e não deixe de conferir o nosso artigo sobre a ascensão do protagonismo feminino no Cinema Blockbuster.

*Números atualizados no dia 15\06

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