

Este foi o primeiro filme falado de Chaplin, que sempre foi contrário a inclusão deste inovador recurso no cinema. Porém, foi a “fala” que possibilitou um dos maiores discursos políticos contrários aos regimes ditatoriais da época (realizado no final do filme). Reza a lenda que ali não era Carlitos, nem o barbeiro judeu, muito menos Adenoyd Hinkel (personagem criado por Chaplin para satirizar Hitler) e sim o próprio Chaplin usado de suas armas para expressar os seus ideias políticos. O filme teve um impacto tão grande que logo depois do lançamento, Chaplin em visita a Casa Branca ouviu essa pérola do então presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt - “Sente-se, Charlie, o seu filme nos está dando muitas dores de cabeça”. Outra história que muitos contam também é que Hitler (um apaixonado pelo cinema) teria visto pelo menos duas vezes o Grande Ditador.
O filme conta a história de um barbeiro judeu que luta pela Tomânia, país fictício criado por Chaplin, na primeira guerra mundial. Ele acidentalmente cai de um avião de guerra e acaba perdendo a memória. Durante 20 anos o barbeiro fica internado em um hospital, e quando volta a sua cidade vê um cenário completamente distinto, de aliado ele passa a perseguido por Adenoyd Hinkel, ditador que domina a Tomânia. Com toda a sua genialidade, Chaplin faz diversas referências à Segunda Guerra Mundial, sem perder o humor (a cena da moeda é impagável). Espero que todos gostem e não tenham preconceitos por o filme ser em preto e branco, pois garanto: é melhor que grande parte dos blockbusters atuais.
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