Definitivamente o primeiro semestre deste ano vai ficar marcado pelo lançamento de inúmeros blockbusters. Filmes que surgiam cercado de grandes expectativas, mas que acabaram se tornando "apenas" boas opções de entretenimento. Foi assim com Sherlock Holmes, Alice, Robin Hood e agora com o eficiente Fúria de Titãs. Dirigido por Louis Leterrier (O Incrível Hulk), e com o "popular" Sam Worthington (Avatar) como o heroi Perseu, o longa é mais um daqueles trabalhos que tinha tudo para ser melhor aproveitado. Confesso que após o fantástico trailer, esperava mais do longa, mas ainda assim, Fúria de Titãs é diversão garantida.
Nos apresentando o remake do clássico da década de 1980, Leterrier consegue nos brindar com um trabalho eficiente. Se o trailer prometia um visual fantástico, o filme consegue cumprir todas estas expectativas. Com uma fotografia brilhante, realizada por Peter Menzies Jr, e efeitos digitais realmente expressivos, Fúria de Titãs conquista o espectador pelo aspecto visual da projeção. Repleto de cenas empolgantes, como as batalhas com a Medusa e os gigantes escorpiões, o diretor consegue aproveitar a força de suas criaturas e criar intensos e bem desenvolvidos takes de ação. Apesar deste êxito, algumas destas cenas podem parecer confusas para o espectador, tamanha velocidade da ação apresentada. O ponto positivo, é que mesmo com estes equívocos, toda a estrutura visual apresentada empolga, desde os personagens, com figurinos realmente interessantes, até os cenários, como por exemplo, o Olimpo e o Sub-Mundo. Personagens como o Kraken, os deuses, e as inúmeras criaturas apresentadas são bem construídas e sem dúvidas vão impressionar o espcetador.
Se o visual chama a atenção, o roteiro apesar de simplório é bem explorado. Sem muita enrrolação, a trama se desenvolve de maneira objetiva, simples, porém, pouco inventiva. Fica claro que poderia haver um capricho maior na construção dos personagens, que em alguns casos são quase que "jogados" na tela. Mas também é nítida a tentativa da direção em tornar fácil o rumo da trama, e consequentemente, maior o alcance da obra. Então esqueça você tudo aquilo que conhece sobre os deuses do Olimpo, já que o filme se preocupa mais em mostrar os "imortais", como criaturas vingativas e autoritárias. A trama narra a história de Perseu, um homem abandonado no mar quando recém-nascido que descobre ser o filho mortal de Zeus, mas recusa-se a aceitar tal condição. Contudo, para salvar a cidade de Argos da fúria dos deuses do olimpo e da vingança de seu tio Hades, ele vai ter que enfrentar uma perigosa jornada contra terríveis criaturas como a Medusa para salvar os simples mortais e a bela Andrômeda do sacrifício para o monstro Kraken, criatura criada pelo poderoso Hades.
Apesar do êxito de Leterrier nas cenas de ação, o mesmo não acontece no comando do elenco. Com um ótimo elenco em mãos, fica a impressão que grande parte dos atores não consegue fugir de uma atuação automática. As únicas exceções são os ótimos Pete Postlethwaite (Um amor para Toda a Vida) e Mads Mikkelsen (007 - Cassino Royale). Os dois tem excelentes atuações, e apesar de não protagonizarem o longa, são os grandes detaques na trama. Protagonista de Avatar e O Exterminador do Futuro, Sam Worthington tem uma atuação apenas regular, que não decepciona em virtude da pouca profundidade de seu personagem. Fúria de Titãs ainda traz interpretações pouco expressivas de Ralph Fiennes, que se mostra melhor vilão em Harry Potter, Liam Neeson (Busca Implacável), muito pouco para o seu talento, Gemma Arterton, bem na pele de Io e a pequena participação de Danny Huston (30 Dias de Noite), praticamente esquecido no personagem Poisedon. Como prêmio de consolação, o longa nos brinda com a beleza de Alexa Davalos (Banquete do Amor), que apesar de ser pouco explorada, vai bem na pele da princesa Andromeda.
Enfim, com um visual excelente, uma trama eficiente, um elenco pouco aproveitado e uma trilha sonora bem desenvolvida, Fúria de Titãs vai satisfazer o "novo" espectador, mas frustrar os fãs da obra original. Não é o melhor trabalho de Louis Leterrier e nem a grande obra que o excelente trailer prometia, mas ainda assim, tem o seu valor. Tanto que nem o final extremamente forçado, consegue influenciar no bom resultado do filme.
Por que assistir ?
- Pelo visual fantástico do longa.
- Pelas boas cenas de ação.
- Por ótimos efeitos digitais, que empolgam com personagens como a Medusa.
2 comentários:
Olá, td bom? Ouvi dizer que o filme não é legal, mas confesso que adoro a versão dos anos 80 e apesar dos maus comentários que ando lendo ainda quero conferir este remake.
Seja bem vinda Silvia. É verdade as criticas não foram mto positivas, mas tb pegaram pesado em alguns pontos. É uma boa diversão. Como passatempo funciona. Infelizmente eu esperava mais, mas tem os seus pontos positivo. Grande abraço e obrigado pela visita.
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