quarta-feira, 2 de março de 2016

Brie Larson e Alicia Vikander roubam a cena e se tornam as duas sensações do Oscar 2016

Saiba mais sobre a carreira destas promissoras atrizes

Mark Rylance, Brie Larson, Leonardo DiCaprio e Alicia Vikander 
Recheado de caras novas, o Oscar 2016 cumpriu a sua missão ao apresentar duas das mais ascendentes atrizes da nova geração. Após três anos praticamente "dominados" pela carismática Jennifer Lawrence, com uma pequena brecha para a talentosa Lupita Nyong'o e a sua dolorosa performance no intenso 12 Anos de Escravidão (2014), a edição realizada no último domingo (28) apresentou aos cinéfilos e a indústria do entretenimento as belas e talentosas Brie Larson e Alicia Vikander. Vencedoras do Oscar nas categorias Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, as duas jovens polarizaram as atenções ao longo da premiação, comprovando o apetite voraz de Hollywood pela renovação das suas estrelas. Desta forma, no embalo do sucesso dos longas O Quarto de Jack e A Garota Dinamarquesa, conheça um pouco mais sobre as duas das maiores sensações do Oscar 2016.


Larson no telefilme da Disney Rodas de Fogo
Aos 26 anos de idade, Brie Larson já pode ser considerada experiente dentro da indústria do entretenimento. Californiana de nascimento, a atriz se mudou para Los Angeles ainda criança e lá se aproximou do sonho de se tornar uma atriz. Após algumas experiências no talk show The Tonight Show with Jay Leno (1998), em séries como O Toque de um Anjo (1999) e Raising Dad (2002) e no telefilme Rodas de Fogo (2003), Larson (nome artístico inspirado na sua avó) decidiu investir também na carreira de cantora. Dona de músicas como "Not a Freak," "Invisible Girl" e "Go, Goodbye", a atriz assinou um contrato com a gravadora Casablanca Records, lançando no fim de 2004 o single "She Said" (confira o clipe aqui). Seu grande sucesso musical, o hit ocupou a posição 31 na Bilboard Hot 100 e trouxe a ela uma visibilidade maior. Ainda neste ano, Brie Larson fez uma pequena participação na comédia De Repente 30 e marcou presença no longa 'teen' Dormindo fora de Casa.

Larson é elogiada no drama Temporário 12
Seu primeiro trabalho de maior alcance no cinema, porém, veio na comédia Os Heróis do Pedaço (2006). Dividindo a tela com Logan Lerman e Luke Wilson, a atriz deu vida a uma jovem valentona que se une a dois amigos na tentativa de proteger um ninho de corujas. Após trabalhar com Danny DeVito em De Pernas pro Ar (2009), com o diretor Noah Baumbach em O Solteirão (2010) e de soltar a voz como coadjuvante em Scott Pilgrim contra o Mundo (2010), a atriz finalmente alcançou o sucesso ao coestrelar a série de TV United States of Tara (2009-2011). Interpretando a filha revoltada da protagonista vivida por Tony Collette, Larson aproveitou a visibilidade para emplacar três dos seus maiores trabalhos. Entre 2012 e 2013, a atriz encarou a hipster descolada que conquista Jonah Hill no hilário Anjos da Lei (2012), a namorada de Miles Teller no singelo romance O Maravilhoso Agora (2013) e o seu primeiro papel de protagonista no drama independente Temporário 12 (2013). Este último longa, aliás, acabou aclamado pela crítica, conquistando 82 pontos no criterioso site Metacritic.

Brie Larson ao lado do talentoso Jacob Tremblay em O Quarto de Jack
Experimentando um novo patamar dentro da indústria, a atriz interpretou o interesse amoroso de Mark Wahlberg no surpreendente O Apostador (2014). Remake do drama setentista estrelado por James Caan, o longa narra a história de um professor viciado em jogos que se vê preso no submundo das apostas após perder uma grande quantia em dinheiro. Larson vive uma de suas alunas que, através seu talento, dá um novo sentido para a rotina do protagonista. Um elegante suspense que merece ser descoberto. Já em 2015, após atuar na aclamada comédia Descompensada, a atriz encontrou o papel da sua carreira no sensível O Quarto de Jack. Na pele de uma jovem mãe sequestrada, Larson brilhou ao traduzir com sensibilidade e sofrimento o misto de emoções experimentados por sua personagem. Uma mulher que, para proteger o seu pequeno filho, transformou o seu cativeiro num lugar mágico e único no mundo. O resultado vocês sabem. Além do Oscar de Melhor Atriz, ela levou merecidamente para casa o Globo de Ouro, o Bafta, o SAG Awards e (Ufa!) o Spirit Awards. E Brie Larson promete ter um ano de 2016 igualmente cheio nos cinemas. Sem tempo a perder, a atriz já finalizou o promissor Free Fire, a comédia musical Basmati Blues e o blockbuster Kong: Skull Island (2017). 

Da Suécia para o Oscar 2016

Vikander em O Amante da Rainha
Trilhando um caminho consolidado por nomes como os de Greta Garbo (Ninotchka), Ingrid Bergman (Casablanca), Anita Ekberg (A Doce Vida), Bibi Anderson (O Sétimo Selo) e Lena Olin (A Insustentável Leveza do Ser), Alicia Vikander voltou a fincar a bandeira da Suécia em Hollywood com a sua sensível performance em A Garota Dinamarquesa. Nascida em Gotemburgo, a atriz de 27 anos começou a sua carreira trabalhando em séries de TV e curtas-metragens ainda em sua terra natal. Seu primeiro papel de destaque veio no longa Puro (2009), um suspense que lhe rendeu os prêmios de Estrela em Ascensão no Festival de Estocolmo, o Shooting Star do Festival de Berlim e o Guldbagge Award de Melhor Atriz. Após protagonizar o desconhecido drama Kronjuvelerna (2011) e o elogiado romance de época O Amante da Rainha (2012), a jovem ganhou a chance de atuar pela primeira vez em inglês no longa Anna Karerina (2012). Sob a batuta do talentoso Joe Wright (Orgulho e Preconceito), a atriz deixou uma excelente impressão mesmo num papel coadjuvante, o interesse amoroso do também novato Domhnal Gleeson (Questão de Tempo), abrindo as portas necessárias para conseguir construir a sua carreira internacional. 

Vikander recebe elogios por seu desempenho em Juventudes Roubadas
No ano seguinte, Alicia Vikander viria se destacar em O Quinto Poder (2013), um suspense dramático sobre Julian Assange, a mente por trás do Wikileaks. Interpretando uma membro do Partido Pirata, a atriz teve a oportunidade de dividir a cena com Daniel Brühl, Benedict Cumberbatch, Stanley Tucci e Laura Linney num projeto que praticamente passou despercebido pelo grande público. Após arrancar elogios no sueco Hotell (2013), Vikander voltou aos holofotes no drama britânico Juventudes Roubadas (2014). Recebido com críticas positivas, o longa sobre o impacto da Segunda Guerra na rotina de uma jovem romântica  rendeu a ela uma indicação ao British Independent Film Awards na categoria de Melhor Atriz. Muito merecido! Neste mesmo ano, aliás, ela coestrelou o interessante thriller australiano Sangue Jovem (2014), exibindo o seu reconhecido magnetismo ao interpretar uma imigrante ilegal que se envolve com um criminoso de bom coração. Ainda em 2014, aliás, a sueca experimentou o seu primeiro fracasso na genérica aventura O Sétimo Filho. Detonado pela crítica e com um desempenho apenas regular nas bilheterias, o longa protagonizado por Ben Barnes, Juliane Moore e Jeff Bridges ao menos permitiu que Alicia Vikander ganhasse um pouco mais de espaço junto ao grande público. 

A atriz sueca esbanja categoria ao dar vida a uma robô em Ex-Machina
Disposta a mudar este cenário, Alicia Vikander transformou o ano de 2015 no grande divisor de águas na sua carreira. Após alguns altos e baixo, a atriz entregou "A" atuação de sua carreira no instigante suspense Ex-Machina: Instinto Artificial (2015). Lançado diretamente em DVD no Brasil, o reflexivo longa dirigido por Alex Garland (roteirista de Extermínio e Sunshine: Alerta Solar) resolveu investigar a nossa interação com o mundo virtual ao narrar a jornada de uma sedutora inteligência artificial disposta a interiorizar as emoções humanas para validar a sua existência. Atuando ao lado dos talentosos Oscar Issac e Domhnall Gleeson (olha ele aqui de novo), Vikander rouba a cena numa obra pequena, mas inegavelmente preciosa, nos brindando com uma performance única. De volta às grandes produções, a jovem sueca também conseguiu se destacar na adaptação da série de TV O Agente da Uncle. Atuando ao lado de Henry Cavil e Armie Hammer, ela encheu a tela de charme ao interpretar a filha de um cientista alemão desaparecido. Apesar da recepção mista por parte da crítica, Alicia Vikander mais uma vez teve o seu potencial destacado, conquistando elogios ao dar corpo uma enigmática personagem.

A "verdadeira" Garota Dinamarquesa
Após novamente roubar a cena em Pegando Fogo, um interessante drama sobre o universo dos chefes de cozinha estrelado por Bradley Cooper, Alicia Vikander atingiu o ápice da sua meteórica ascensão no elegante drama A Garota Dinamarquesa. Inspirado numa história real, o comovente longa dirigido por Tom Hooper encontra no talento da sua protagonista o misto de emoções necessários para dar vida a uma incrível personagem. À frente da independente Gerda, uma mulher forte que vê o seu casamento ruir à medida que o marido decide abraçar a sua transsexualidade, Vikander dá um verdadeiro show ao traduzir as inúmeras nuances desta compreensiva personagem. Pra ser sincero, apesar da singela atuação de Eddie Redmayne, é da sueca a grande performance do longa, merecidamente premiada com o Oscar e o SAG Awards de Melhor Atriz Coadjuvante. Assim como Brie Larson, inclusive, Alicia Vikander já tem uma série de lançamentos previstos para este ano de 2016. Além de coestrelar o quinto capítulo da saga Jason Bourne, que tem previsão de estreia para o dia 29 de julho nos EUA, a promissora atriz irá protagonizar também o romance dramático Tulip Fever e o drama The Light Between Oceans, onde dividirá tela com o astro Michael Fassbender. 

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