Escrever sobre um gênio do cinema é algo muito difícil. Ainda mais quando este é Alfred Hitchock, sem dúvida um dos melhores diretores de todos os tempos e que até os dias de hoje inspira o trabalho de muitos. Aproveitando que em um dos posts anteriores falei bastante sobre a carreira deste grande diretor, agora venho aqui indicar um dos grandes trabalhos do diretor, que coincidentemente pude ver há alguns dias. Trata-se da segunda versão de O Homem que Sabia demais, com Doris Day e James Stewart.
Como disse acima, elogiar um trabalho de Hitchcock é algo como "chover no molhado". Os filmes dirigido por ele, além de pioneiros e excelentes, conseguem ser atemporais, ou seja, funcionam até os dias de hoje, mesmo com toda evolução tecnológica. É comum você ver um filme antigo, como muitos de terror e suspense, que na época de lançamento provocavam arrepios e hoje não surtem o mesmo efeito. Porém, com os de Hitchock isso não acontece, e o que logo me chamou a atenção em O Homem que sabia demais é a forma como ele prende com cenas de tirar o fôlego. Momentos como a cena da ópera, sem dúvida, uma das mais incríveis que eu já assisti. Com cerca de 12 min sem diálogos, a sequência é uma das mais intensas da história do cinema e por si só já vale todo o filme.
Mas se você pensa que o filme se resume a esta cena, se engana. Além da habilidade na direção, Hitchcock tinha outra grande sabedoria que era a escolha do elenco. Com James Stewart no papel do Dr Ben e Doris Day como a sua esposa, o filme ganha com excelentes atuações, que só aumentam o suspense em torno da situação que os personagens se colocam. Aliás, o talento de James Stewart saltava aos olhos de Hitchock, tanto que o ator teve a honra de fazer outros grandes papeis com o diretor, como nos aclamados Janela Indiscreta, Um Corpo que Cai e Festim Diabólico.
O filme conta a história de um casal que, em uma viagem ao Marrocos, se mete em uma grande confusão quando encontram um agente secreto francês, que, à beira da morte, os conta sobre um plano para assassinar um diplomata durante um concerto. Para impedir que a informação chegue à polícia, os conspiradores sequestram o filho do médico.
Repleto de grandes cenas e com a direção marcante de Alfred Hitchcock, O Homem que Sabia demais se tornou um dos melhores filmes do diretor e uma presença contante nas listas de melhores filmes da história do cinema. Então se você gosta mesmo de bons filmes, não fique com o pensamento que pelo fato dele ser em preto e branco, ou velho, se trata de algo chato. Por tanto não perca tempo e vá assistir a este grande obra. Aliás, aproveito para divulgar que o canal Telecine Cult está passando diversos clássicos do diretor com grande frequência. Então consulte a grade de programação (disponível neste link http://globosat.globo.com/telecine/servicos/programacao.asp e não deixe a oportunidade passar.
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