Lançado no ano de 2005, Constantine foi uma produção norte-americana que realmente me chamou bastante a atenção. Baseado na HQ Hellbaizer, o filme consegue criar um universo muito bem definido, se apoiando em ótimos recursos visuais, que se destacam ao longo de todo o filme. Com uma trama, por sinal muito bem conduzida, o longa teve como grande destaque a flexibilidade em variar nos gêneros, trazendo o filme do terror, para a aventura, num piscar de olhos. Dirigido por Francis Lawrence, Constantine agrada por ser eficiente e bastante interessante, tratando temas bíblicos com uma abordagem bem mais atual.
de arte David Diferente de outros filmes do gênero, envolvendo exorcismos e coisas semelhantes, Constantine trata o tema de maneira bem mais pop. Sem gosmas verdes e sangue, o filme se apoia em um visual bastante estilizado, desenvolvido pelo diretorLazan, que em diversos momentos me lembrou muito algumas obras sacras. É inevitável não comparar, por exemplo, as cenas que mostram o inferno, aos desenhos de Dante Alighieri, ou então não perceber que a figura do anjo gabriel, interpretação sensacional de TildaSwiton, saiu diretamente de algum quadro. Enfim, o mais "cool" nisso tudo é que toda esta estilização visual é trazida para a nossa realidade, não denotando a uma coisa velha e já utilizada pelo cinema.
Em vez de colocar aquela famosa luta entre o céu e o inferno, a HQ/Filme cria personagens humanos, combatentes de todo este mal. De maneira criativa, todos os personagens do filme tem uma característica interessante, que sem dúvida, cativam o espectador. A começar pelo próprio Constantine, que talvez por um grande milagre, foi muito bem interpretado por Keanu Reeves. Não que eu seja um crítico ferrenho do ator, mas suas interpretações sempre são as mesmas, com exceção de Constantine. Em um personagem repleto de cinismo e sarcástico, Reeves tem uma de suas melhores atuações, parecendo está super a vontade no papel. Além dele, o longa traz a minha musa Rachel Weisz, que em qualquer gênero sempre vai muito bem. Apesar de a trama centralizar neles, outro grande mérito do filme é saber explorar o elenco de apoio, repleto de grandes atores em excelentes participações. Entre eles estão a já citada Tilda Swinton, sensacional, o ótimo Djimoun Hounsou, que em cada aparição se destaca, o jovem Shia Labeouf, antes da consagração em Transformers e a criativa participação de Peter Stormare, muito bem na pele do coisa ruim em pessoa.
Constanine conta a história do irreverente detetive sobrenatural John Constantine (Reeves), que literalmente vai ao inferno e volta. Ele junta-se à cética policial Angela Dodson (Rachel Weisz) para solucionar o misterioso suicídio da irmã gêmea dela (também interpretada por Weisz). A investigação da dupla os leva a um mundo sombrio, com anjos malignos e demônios, provocando vários acontecimentos terríveis, em um mundo paralelo à Los Angeles moderna.
Enfim, Constantine é aquele típico filme que garante a diversão. Repleto de muito suspense e efeitos visuais bem realizados, o filme tem tudo para agradar aos fãs menos exigentes, como eu, que curtem uma boa aventura. Aliás, para aqueles que gostem de fumar, o filme faz uma grande crítica anti-tabagismo, que na minha opinião, foi uma das grandes sacadas. Espero que todos gostem e curtam o filme até o fim. Por falar nisso, assistam até o fim mesmo, pois depois dos créditos finais, uma cena muito importante irá acontecer. Bom filme para todos.
OBS: Quem já tiver visto o filme e não o assisitiu até o fim, deixa uma mensagem nos comentários deste post, que eu conto o que acontece no final.
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