Paralelamente a este período de explosão dos filmes de romance, um outro diretor se tornava um dos maiores na arte de adaptar obras literárias para o cinema. Este era um tal de Alfred Hitchcock. Diferente dos diretores citados acima, que buscavam adaptar grandes clássicos da literatura, livros que já eram bastante populares entre o público, Hitchcock nadava na contramão. Suas adaptações eram de obras não muito conhecidas do grande público, que em suas mãos viravam grandes filmes. “Alfred Hitchcock dizia que gostava de adaptar livros obscuros, talvez para não ter compromisso algum com a obra ou seu autor - além do que devia lhe pagar de direitos autorais” confirma o repórter Alessandro Giannini, em um artigo para revista set. Nas mãos de Hitchcock não eram os best-sellers que se transformavam em filmes, e sim os filmes que tornavam os livros mais vendidos.
O Inquilino, O Homem que Sabia demais e 39 Degraus: primeiros clássicos do diretor
Hitchcock começou como roteirista de filmes mudos e cenógrafo. Com o destaque nestas funções, na Paramount Pictures, ele foi efetivado como diretor e pode fazer o seu primeiro filme, intitulado O Inquilino. Neste trabalho, do ano de 1926, Hitchcock conseguiu sucesso fazendo uma adaptação de um livro homônimo, que por sua vez se baseava nos assassinatos de Jack, o estripador. Em 1934, Hitchcock faria o seu primeiro grande sucesso intitulado O Homem que Sabia Demais. Adaptado das obras de Charles Bennett e D.B. Wyndham-Lewis, este seria o primeiro filme de Hitchcock, para o seu novo estúdio Gaumont-British Picture Corporation. O seu segundo filme por este estúdio, intitulado Os 39 Degraus (1935), se tornou o seu grande sucesso deste período. Baseado na obra homônima de John Buchan, o filme abriu portas para o mercado Hollywoodiano, já que neste período ele ainda trabalhava em estúdios ingleses. Porém, foi com o filme A Dama Oculta, do ano de 1938, adaptado na obra The Wheel Spins, de Ethel Lina White, que o diretor conseguiu o seu passaporte para Hollywood.
Em 1939 Hitchcock se muda para os EUA, mas não muda a sua forma de dirigir. No ano seguinte o diretor lança o filme Rebecca (primeiro cartaz à esquerda), um dos grandes clássico de sua carreira. Com o roteiro baseado no romance Rebecca, de Daphne Du Maurier, o diretor conseguiu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor filme. O sucesso de Hitchcock continuou nos anos seguintes, mas em 1945 atingiu grande destaque com o filme Quando Fala o Coração (Spelbound na foto acima), baseado em livro de John Palmer e Hilary St. Para adaptação desta obra, Hitchcock pagou quase 40 mil dólares pelos direitos do livro, que viria a se tornar um dos filmes prediletos do diretor. O filme recebeu nomeações para o Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor ator coadjuvante, mas novamente não levou nenhuma estatueta. Seu próximo sucesso com um filme adaptado foi O Pacto Sinistro, de 1951. Com roteiro baseado em obra de Patricia Highsmith, o filme foi considerado por Roger Ebert, vencedor do Prêmio Pulitzer e crítico de filmes, um dos melhores de todos os tempos. Em 1954, outro grande clássico de Hitchcock foi produzido. Intitulado Janela Indiscreta, o filme baseado em conto de Cornell Woolrich, é considerado por muitos críticos e cinéfilos como um dos melhores da carreira dele.
Falando em grandes trabalhos, no ano de 1958 Alfred dirigiu Um Corpo que cai, um dos melhores filmes de sua carreira, eleito pela AFI (American Films Institute) como um dos 100 melhores de todos os tempos. Baseado em livro de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, o longa consagrou o diretor como um dos mestres do suspense. Aliás, foram os seus últimos trabalhos, quase todos adaptados de obras literárias, que ficariam marcados na cabeça dos fãs de cinema. Filmes como Psicose (1960) e Os Pássaros (1960) sem dúvida se tornariam grandes clássico da carreira do diretor e dois grandes marcos do cinema. Adaptação das obras, respectivamente, dos autores Robert Bloch, cuja qual Hitchcock adquiriu de forma anônima, e Daphne Du Maurier, a mesma que escreveu Rebecca, os longas-metragens fizeram história. Ambos os filmes marcaram pela ótima trama, inesquecível trilha sonora e excelentes cenas. Em Psicose é impossível esquecer a famosa cena do chuveiro, e em os Pássaros é incrível como o diretor, com pouquíssimos recursos, conseguiu fazer um ataque em conjunto de muitos pássaros.
Em 1939 Hitchcock se muda para os EUA, mas não muda a sua forma de dirigir. No ano seguinte o diretor lança o filme Rebecca (primeiro cartaz à esquerda), um dos grandes clássico de sua carreira. Com o roteiro baseado no romance Rebecca, de Daphne Du Maurier, o diretor conseguiu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor filme. O sucesso de Hitchcock continuou nos anos seguintes, mas em 1945 atingiu grande destaque com o filme Quando Fala o Coração (Spelbound na foto acima), baseado em livro de John Palmer e Hilary St. Para adaptação desta obra, Hitchcock pagou quase 40 mil dólares pelos direitos do livro, que viria a se tornar um dos filmes prediletos do diretor. O filme recebeu nomeações para o Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor ator coadjuvante, mas novamente não levou nenhuma estatueta. Seu próximo sucesso com um filme adaptado foi O Pacto Sinistro, de 1951. Com roteiro baseado em obra de Patricia Highsmith, o filme foi considerado por Roger Ebert, vencedor do Prêmio Pulitzer e crítico de filmes, um dos melhores de todos os tempos. Em 1954, outro grande clássico de Hitchcock foi produzido. Intitulado Janela Indiscreta, o filme baseado em conto de Cornell Woolrich, é considerado por muitos críticos e cinéfilos como um dos melhores da carreira dele.
Grandes momentos de Hitchock: Janelas Indiscreta (acima/esquerda), Um Corpo que cai (abaixo/esquerda), O Homem que sabia de mais (abaixo/direita), Os Pássaros (acima/direita) e o clássico Psicose (ao centro).
Falando em grandes trabalhos, no ano de 1958 Alfred dirigiu Um Corpo que cai, um dos melhores filmes de sua carreira, eleito pela AFI (American Films Institute) como um dos 100 melhores de todos os tempos. Baseado em livro de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, o longa consagrou o diretor como um dos mestres do suspense. Aliás, foram os seus últimos trabalhos, quase todos adaptados de obras literárias, que ficariam marcados na cabeça dos fãs de cinema. Filmes como Psicose (1960) e Os Pássaros (1960) sem dúvida se tornariam grandes clássico da carreira do diretor e dois grandes marcos do cinema. Adaptação das obras, respectivamente, dos autores Robert Bloch, cuja qual Hitchcock adquiriu de forma anônima, e Daphne Du Maurier, a mesma que escreveu Rebecca, os longas-metragens fizeram história. Ambos os filmes marcaram pela ótima trama, inesquecível trilha sonora e excelentes cenas. Em Psicose é impossível esquecer a famosa cena do chuveiro, e em os Pássaros é incrível como o diretor, com pouquíssimos recursos, conseguiu fazer um ataque em conjunto de muitos pássaros.
Simplesmente Hitchcock
Apesar dos seus 50 anos de carreira, e dos inesquecíveis trabalhos, alguns deles descritos aqui, Alfred Hitchcock nunca ganhou uma estatueta do Oscar como melhor diretor. Apesar disto, o diretor foi responsável por criar grandes clássicos do cinema, grande parte deles apoiados em obras não muitos conhecidas, que atingiram o auge, graças à direção estupenda de Hitchcock.
2 comentários:
Hitchcock é uma lenda viva, o cinema sem ele não teria o conceito de hoje.
Concordo plenamente, já que muitos grandes diretores da atualidade, ainda nos dias de hoje, seguem o modelo de Hitchock.
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