Ridley Scott é mesmo um diretor de filmes grandiosos. Depois de grandes sucessos como Blade Runner, Falcão Negro em Perigo, O Gangster e o Gladiador, o diretor acerta mais uma vez na produção deste grande épico. Cruzada é um daqueles filmes que nos brinda com um visual magnífico. Scott, mais uma vez, consegue aliar um alto conteúdo histórico, muito bem trabalhado no filme, à uma excelente trama, com personagens fortes, ótimos dialogos e uma estrutura visual muito bem desenvolvida.
Em Cruzada, Scott nos tráz de volta ao século XII, em meio as Cruzadas à Jerusalem, a então terra de Cristo. Por se tratar de um lugar tão especial, a Terra Santa é até os dias de hoje uma terra "sem dono", local de intensos confllitos étnicos e religiosos. E justamente neste conflitos, que a história desenvolvida por Scott ganha apelo, mostrando com fidelidade, o último reinado Cristão de Jerusálem, já que desde então estas terras passaram a pertencer aos mulçumanos. E este período, não muito lembrado, já que talvez se trate da maior derrota da Igreja Católica em sua história, é muito bem recriado por Scott que consegue manter fidelidade a todos acontecimentos da época. Recriando de maneira fiel as batalhas e toda a estética do período, Scott traz o espectador para dentro do século XII. O tom cinzento e pouco chamativo, remete à um período negro de nossa história, aonde milhões de pessoas foram mortas em nome de Deus. Além da questão estética, toda a fidelidade história de A Cruzada se deve muito as grandes atuações e o ótimo elenco escalado por Scott.
Com nomes de peso como Orlando Bloom, Jeremy Irons, Eva Green, Liam Neeson, e a surpreendente atuação de Edward Norton, como o rei Leproso Baldwin, Scott teve a tarefa de criar um grande filme mais facilitada. E usando de todo o seu talento, conseguiu encaixar muito bem os personagens, fazendo um filme de conteúdo, com ótimas cenas de batalha e uma ótima trama.
Aliás, Cruzada conta a história de Balian (Orlando Bloom), um jovem ferreiro francês, que guarda luto pela morte de sua esposa e filho. Ele recebe a visita de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), seu pai, que é também um conceituado barão do rei de Jerusalém e dedica sua vida a manter a paz na Terra Santa. Balian decide se dedicar também à esta meta, mas após a morte de Godfrey ele herda terras e um título de nobreza em Jerusalém. Determinado a manter seu juramento, Balian decide permanecer no local e servir a um rei amaldiçoado como cavaleiro. Paralelamente ele se apaixona pela princesa Sibylla (Eva Green), a irmã do rei.
O filme além de nos mostrar uma ótima e consistente trama, nos brinda com uma demonstração de forte caráter, características de muitos personagens de Ridley Scott, com cenários e figurino deslumbrantes, fieis à realidade da época, além de claro, uma ótima história, que em nenhum momento se torna tediosa, mesmo com os seus 145 minutos de projeção. Não deixem de ver este ótimo épico, talvez um dos melhores das últimas décadas.
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