
Glória não é o grande trabalho da carreira de John Cassavetes, que também foi ator, e até por isto podemos perceber como ela foi boa. Com um jeito de filmar todo particular, buscando encontrar a espontaneidade, a veracidade de cada interpretação, John permitia que os atores tivessem livre permissão para atuar. E isso percebemos em vários instantes de Glória, através da câmera sempre inquieta e em movimento.
Além da excelente direção, o filme conta com ótimas atuações, principalmente a de Gena Rowlands, que foi sua esposa na vida real. Numa época, no início da década de 1980, onde as mulheres estavam começando a buscar seu espaço atuante dentro do cinema de ação, John cria uma heroína como pouco foi visto na história do cinema. Uma mulher forte, vibrante, autêntica e com total autonomia que recebe uma missão um tanto quanto complicada. E para conseguir viver um papel tão significativo, sem se tornar caricato, Gena desfila todo o seu talento, mostrando a grande atriz que é.
Glória conta a história de Jack Dawn, um contador da máfia sob suspeita de estar passando informações para o FBI. Por este motivo, Jack e a família são eliminados. No entanto, o filho de seis anos, Phil, consegue escapar e foge com Glória, uma vizinha que namorou um dos mafiosos. Ai acontece uma jornada de redenção e confiança, onde Gloria e Phil terão de se conhecer e aceitar cada dia mais para conseguir fugir de toda a máfia de Nova Iorque.

Em um período onde os filmes de romances quase sempre descambam para o clichê, O diário de uma Paixão, consegue algo quase impossível para o gênero: a surpresa. Confesso que nos primeiros minutos de exibição acreditava que este fosse apenas mais um títulos do gênero e quase desligo a tv com o filme pela metade. Porém, a química entre os atores, Ryan Gosling e Rachel MacAdams, começou a me cativar e por isso continuei a vê-lo. Foi então que comecei a perceber que o filme era muito mais do que uma simples história de amor e sim uma lição de vida. À medida que a trama passa a se desenrolar, e o casal idoso vivido por James Garner e Gena Rowlands começa a ganhar espaço, o longa deixa de ser bom e passa a excelente. Me arrisco a dizer que apesar da trama girar em torno de Gosling e McAdams, que diga-se de passagem vão muito bem, o grande destaque está com os mais "experientes" do filme.
Diário de uma Paixão conta a história de amor de Noah e Allie, dois jovens enamorados que em 1940 se conheceram num parque de diversões. Apeara do intenso amor vivido em um verão, eles são separados pelos pais dela, que nunca aprovaram o namoro, pois Noah era um trabalhador braçal e oriundo de uma família sem recursos financeiros. Sete anos depois, Alie conhece um charmoso oficial, Lon Hammond Jr. (James Marsden), que serviu na 2ª Grande Guerra e pertencia a uma família muito rica. Ele então pede a mão de Allie, que aceita, mas o destino a faria se reencontrar com Noah. Como seu amor por ele ainda existia e era recíproco, ela precisa escolher entre o noivo e seu primeiro amor.
Enfim, tanto Glória quanto O Diário de uma Paixão são grandes filmes que merecem ser assistido por todos os fãs da sétima arte. Então não perca tempo e vá encontrá-los. Garanto que vocês não irão se arrepender.
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